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Matérias / Personagem

Há exatos 155 anos, o presidente Abraham Lincoln era executado a sangue frio

Enquanto assistia uma peça, Lincoln foi surpreendido por John Wilkes Booth, um jovem que queria ser reconhecido como herói nacional

Caio Tortamano Publicado em 15/04/2020, às 07h00

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Ilustração retratando morte de Abraham Lincoln - Wikimedia Commons
Ilustração retratando morte de Abraham Lincoln - Wikimedia Commons

A encenação da peça Our American Cousin no Teatro Ford em 14 de abril de 1865 entraria para a história dos Estados Unidos, não da maneira artística, mas sim por conta do notório assassinato ocorrido durante sua exibição.

A Guerra de Secessão ainda deixava marcas aparentes na sociedade americana, muitos defensores dos Estados Confederados (que perderam o conflito) se encontravam contestados pela sociedade que agora estava aos moldes da União — sem escravos, unidade territorial, etc.

Uma figura era predominante neste cenário: o presidente Abraham Lincoln, um dos grandes responsáveis pela derrota dos Confederados. Foi justamente ele que foi assassinado neste fatídico dia de abril, pelo ator e espião John Wilkes Booth.

Booth era de uma famosa família de dramaturgos, e apoiava a manutenção da escravidão. Seu plano inicial, quando descobriu que Lincoln, sua esposa e o comandante geral Ulysses Grant iam até o teatro, era sequestrar o presidente em troca da libertação de prisioneiros da guerra.

Porém, dias antes, tinha assistido um discurso de Lincoln onde ele defendia o direito de voto aos negros. Neste momento, Booth sabia que deveria matar o presidente, e foi o que ele fez. O guarda-costas do presidente, John Parker, saiu do teatro para ir ao bar com o cocheiro, nesse momento, John viu uma oportunidade e adentrou no escuro camarote.

Assim que ele entrou, viu a parte de trás da cabeça de Lincoln — eternizada por uma cartola preta ao topo dela —, mas que agora estava completamente desprotegida. Eram 22h13 da noite quando o disparo foi feito, atingindo a parte de trás da cabeça do presidente. O major Henry Rathbone, que estava junto de Abraham no camarote, lutou contra Booth mas acabou levando uma facada e o assassino fugiu.

Ilustração representando o momento do assassinato de Lincoln / Crédito: Wikimedia Commons

O assassino pulou do camarote e aterrissou no palco, e muitos achavam que fazia parte da peça. Depois de gritar algo em latim para a plateia — muitos dizem ser Sic Semper tyrannis, algo como "assim Sempre aos tiranos" — Booth fugiu por uma porta lateral do teatro, onde tinha deixado um cavalo pronto para sua saída.

O cirurgião militar, Charles Leale, estava no teatro e ajudou o presidente, mas ele não apresentou reação. A bala havia atingido a sua cabeça, e o médico tentou limpar o coágulo que havia sido formado, ajudando o republicano a respirar um pouco melhor. Ao ser retirado do teatro, o presidente entrou em coma.

Ele ficou nesse estado por um total de nove horas. Depois desses dolorosos momentos de tensão absoluta, na manhã do dia 15 de abril, o décimo sexto presidente da história dos Estados Unidos havia falecido, vítima de uma fatal bala que atingiu sua cabeça.

Presidente americano Abraham Lincoln / Crédito: Wikimedia Commons

A morte aconteceu em Washington, mas não seria na capital onde o presidente seria enterrado. Envolto em uma bandeira americana, a chuva marcou presença em seu velório. Ninguém usava chapéu, em sinal de respeito. Três horas depois de sua morte, às dez da manhã, seu vice, Andrew Johnson assumiu o mais alto lugar da nação.

Depois de três dias completos de velório, um trem fúnebre começou a levar os restos mortais do presidente por um trajeto com diversas paradas ao norte do país. O destino era Springfield, em Illinois, sua cidade natal.

Até lá foram centenas de milhares de pessoas que prestavam suas homenagens quando o corpo do presidente passava, criando grandes memoriais, isso sem contar as famílias que se reuniam informalmente para lembrar a vida de um dos mais importantes americanos de todos os tempos.

John Booth / Crédito: Wikimedia Commons

Apesar das homenagens, o autor do crime continuava a solta, e logo a caçada pelo homem se tornou a mais cara da história até então. Milhares de tropas do exército e incontáveis civis se juntaram para coletar informações e seguir os rastros de Booth, que agora tinha a cabeça valendo 50 mil dólares da época (equivalente a 800 mil atualmente).

Os soldados conseguiram localizar o esconderijo do assassino, um celeiro  que havia sido cercado. Os militares anunciaram que iriam atear fogo ao local se Booth não se rendesse, quando o homem proferiu: “Vocês nunca irão me pegar vivo!”. Depois de sair pela porta traseira do celeiro, levou um tiro na cabeça, perto do local onde atingiu, dias antes, o presidente.


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