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Matérias / Personalidade

Hedda Hopper: jornalista e pesadelo das antigas estrelas de Hollywood

Responsável por uma coluna de fofocas, Hopper fez sucesso através de boatos

Pamela Malva Publicado em 16/08/2020, às 09h00

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Hopper em foto pessoal - Wikimedia Commons
Hopper em foto pessoal - Wikimedia Commons

Entre os holofotes e as câmeras, as estrelas de Hollywood são o alvo preferido das grandes manchetes. Sua vida pessoal são um prato cheio de fofocas e boatos que podem ser espalhados por jornalistas e colunistas.

Foi exatamente sobre isso que Hedda Hopper escreveu quando começou a trabalhar como jornalista de fofocas, em meados de 1930. Uma vez atriz, a mulher não encontrou muito trabalho no ramo cinematográfico e decidiu mudar.

Em 1935, ela já trabalhava como colunista e criava sua carreira, que, no futuro, se tornaria gigante. Em 1940, por exemplo, ela já atingiria seu auge e teria mais de 35 milhões de leitores.

No entanto, sua grande carreira como jornalista não seria motivada pela boa escrita ou pelos furos de reportagem. Hedda, na verdade, construiu toda sua fama baseando-se em boatos e intrigas sobre artistas tão famosos quanto ela.

Hedda, com um de seus chapeús extravagantes / Crédito: Wikimedia Commons

Seu primeiro grande furo veio quando a jornalista escreveu sobre o relacionamento de James Roosevelt, filho do presidente Franklin Roosevelt. A colunista dizia que ele estaria se divorciando de sua esposa após ser pego traindo-a com uma enfermeira.

Apaixonada por chapéus extravagantes e com um nome sinônimo de polêmica, Hedda foi até usada pela propaganda nazista, como símbolo da decadência americana. Com sua reputação, ela recebia cerca de 250 dólares, o que lhe permitia um estilo de vida sofisticado, em uma grande mansão em Beverly Hills. 

Tijolo por tijolo, a jornalista ergueu-se espalhando boatos e fofocas picantes sobre todos os artistas que passavam pela sua vida. Durante seus anos atuando como colunista, portanto, ela arrecadou diversos processos e inimigos — que a odiavam.

Mesmo assim, detestada por grande parte dos artistas de Hollywood, Hedda era absolutamente influente. E essa influência era colocada em prática sempre que ela queria fazer valer todas as suas opiniões políticas. Republicana, a jornalista era conhecida por seu nacionalismo e conservadorismo.

Lizabeth Scott, Hedda Hopper e Mark Stevens, respectivamente / Crédito: Wikimedia Commons

Foi exatamente assim que Hedda ajudou a formar a lista negra de Hollywood. Com mais de 35 milhões de pessoas lendo e acreditando no que ela dizia, era fácil acabar ou construir carreiras de artistas que ela gostava ou não.

Assim, em pouco tempo, a colunista descobriu que suas palavras poderiam castigar aqueles que ela acreditava que fossem comunistas ou homossexuais. Hedda, inclusive, foi membro líder da Aliança para a Preservação de Ideais Americanos, fundada em 1944. A ideia do grupo era acabar com todos os comunistas em Hollywood.

Charlie Chaplin foi um dos maiores alvos de Hedda, e sofreu com as colunas da jornalista por muito tempo. Para ela, o ator silencioso era claramente comunista, sem dizer imoral, já que se relacionava com mulheres muito mais jovens.

Em 1943, por exemplo, Chaplin negou ser pai da criança que Joan Barry carregava na barriga. Hedda julgou a atitude dele irresponsável e decidiu ajudar a mãe a abrir uma ação contra o comediante. Em sua coluna, ela lançou uma campanha contra ele e pediu que Chaplin fosse deportado.

A extravagante Hedda Hoppper / Crédito: Wikimedia Commons

Quando a atriz Ingrid Bergman mentiu para Hedda, seu nome também foi colocado na lista negra. Na época, a jornalista teria tentado descobrir se a atriz estava grávida de Roberto Rossellini. Reservada, Ingrid teria negado a paternidade, furo que Hedda publicou em sua coluna sem pensar duas vezes, em 1949.

A relação entre o bebê e Roberto, entretanto, foi confirmada posteriormente e Hedda ficou furiosa com a mentira. Pior ainda foi quando a notícia foi dada primeiro à Louella Parsons, a rival de Hedda.

Em resposta, a colunista deu início a uma campanha de relações públicas que condenava Ingrid. Em sua campanha, ela dizia que era imoral que a atriz estivesse grávida de um homem casado, ainda mais estando em outro relacionamento também.

Todas as intrigas, fofocas e boatos de Hedda acabaram em fevereiro de 1966, quando ela morreu de pneumonia dupla. Ela tinha 80 anos de idade e ainda morava em Beverly Hills. Postumamente, seu inventário foi calculado em um valor próximo a 473 mil dólares.


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