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Matérias / Civilizações

De Fidel a Mussolini: as origens de 9 ditadores

Descubra os primeiros anos que antecederam o despotismo

André Nogueira Publicado em 02/12/2019, às 14h50

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Mussolini durante a infância - Wikimedia Commons
Mussolini durante a infância - Wikimedia Commons

1. Fidel Castro

Crédito: Domínio Público

Fidel nasceu em 1926, fruto de um caso de amantes. Seu parto ocorreu dentro da fazenda de cana do pai Ángel, um imigrante galego. Tinha seis irmãos e, aos seis anos de idade, foi enviado para Santiago, onde aprofundou seus estudos. Lá, foi batizado como católico.

Pelo batismo, Fidel conseguiu ingressar no colégio La Salle, do qual foi expulso por péssimo comportamento e enviado para o colégio privado jesuíta, Dolores e, depois, o Belén. Não se esforçava na vida escolar, e se interessou bastante por esportes, principalmente baseball.

2. Josef Stalin

Crédito: Wikimedia Commons

Stalin nasceu na aldeia georgiana de Gori, filho de Besarion Dzhugashvili, um sapateiro alcóolatra casado com uma carinhosa mulher chamada Ekaterine Geladze. Koba, apelido que ganhou na adolescência, foi o único que sobreviveu à infância. Beso Louco - apelido do pai de Stalin - era bastante abusivo com a esposa e o filho, os agredindo em estado de embriaguez. 

Como consequência, a infância do futuro tirano foi repleta de momentos trágicos, havendo relatos, até mesmo, de abusos sexuais. Beso queria que Stalin assumisse a oficina de sapatos da família, entretanto, o filho não se interessava pela profissão. Sua mãe insistiu em manter Stalin nos estudos, pois via seu potencial e tinha como objetivo ver o filho se tornar padre. Foi em vão.

3. Adolf Hitler

Crédito: Wikimedia Commons

O futuro ditador nasceu em 1889, na atual Áustria, filho entre seis frutos do casamento entre Alois Hitler e Klara Polzl. Aos três anos, mudou-se com a família para a Alemanha, onde desenvolveu uma marca na voz própria dos bávaros. A família ainda retornaria à Áustria, onde Alois se aposentou e trabalhou como apicultor, enquanto Hitler estudava em uma escola pública.

Inconformado com a disciplina escolar, Adolf vivia em constante briga com o pai. Distante de Alois, começou a participar de grupos de coral. Enviado para a escola secundária, Hitler repetiu de ano de propósito para poder se livrar da escola.

Após acordos com o pai, foi colocado numa escola em Steyr, onde melhorou seu desempenho, e pôde se dedicar às artes plásticas e desenvolveu a ideologia pan-germanista.

4. Benito Mussolini

Crédito: Wikimedia Commons

Nascido numa pequena cidade na província de Forlì, em 1883, o pioneiro do fascismo era filho de Alessandro, um ativista anarquista, e de Rosa, uma professora da escola católica. Seu nome é uma homenagem a dois grandes nomes da esquerda: Benito (Juárez) e Andrea (Costa). Era o mais velho de dois irmãos. Como trabalhava junto com o pai, Benito desenvolveu, no início da vida, a ideologia socialista, mesmo que também nacionalista.

Por divergências religiosas, Benito não foi batizado, mas ingressou numa escola interna cristã, em respeito a um acordo que fez com a mãe. De nada adiantou. Ele foi expulso da instituição por rebeldia. Somente quando foi transferido de escola, se tornou um bom aluno.

5. Antônio de Oliveira Salazar

Crédito: Wikimedia Commons

Sem grandes problemas na infância, Salazar completou os estudos primários em 1900, aos 11 anos, e ingressou num seminário católico em Viseu. Isolado da realidade política externa, só ficou sabendo das crises que atingiam Portugal em seu último ano de estudo, entrando em contato com as críticas à Igreja e ao rei, que culminaram no assassinato de Carlos I. Salazar saiu em defesa da monarquia e do catolicismo nos jornais.

Em 1910, ingressou em Coimbra para estudar Direito, onde se formou com mérito e, rapidamente, tornou-se chefe da pasta de Finanças do governo.

6. Getúlio Vargas

Crédito: Wikimedia Commons

Nascido na cidade de fronteira São Borja, Rio Grande do Sul, em 1882, Getúlio era filho de estancieiros. Boa parte de sua criação ocorreu no campo, entre as fazendas cujo gado era de responsabilidade da família Vargas. 

Também possuía origens paulistanas por parte de pai. Depois que Pinheiro Machado percebeu a aptidão do jovem gaúcho para a política, incentivou que Getúlio fosse estudar em São Paulo e Minas Gerais, antes de voltar ao estado de origem para seguir carreira militar.

7. Idi Amin Dada

Crédito: Domínio Público

Existem uma quantidade mínima de informações sobre o ditador da Uganda. Nascido em 1925, era católico e, depois, islâmico, num curto período de tempo entre as conversões. Amin foi abandonado pelo pai quando era jovem, sendo criado por sua mãe numa fazenda no noroeste da Uganda.

Ele entrou numa escola islâmica em 1941, onde estudou até a quarta série e abandonou a instituição, descrente de sua utilidade. Começou a viver de trabalhos temporários até ser convocado para o alistamento no Exército Colonial Britânico. Fez carreira militar, ascendendo rapidamente por sua dedicação e considerável violência.

8. Alfredo Stroessner

Crédito: Wikimedia Commons

Stroessner nasceu em Encarnación, próximo à fronteira com a Argentina. Era filho do imigrante alemão Hugo, então funcionário de uma cervejaria, e da paraguaia Heriberta. Teve uma infância tradicional e mediana, sem grandes riquezas, mas nunca passou fome ou sofreu com as misérias comuns do Paraguai.

Aos dezessete anos de idade, ingressou no exército, onde teve uma carreira meteórica. Aos 19, se tornou tenente, patente com a qual lutou na Guerra do Chaco e, com isso, subiu na hierarquia até se tornar o general mais jovem da América Latina, com menos de 40 anos.

9. Pol Pot

Crédito: Wikimedia Commons

O genocida da Indochina nasceu em Prek Sbauv, numa família rica de fazendeiros do Protetorado do Camboja, de colonização francesa. Estudando nas melhores escolas de elite do país, Pot foi educado pela família para ser frio e racional, com uma absoluta adesão à autoridade e proibido de expressar emoções pessoais. 

Pol Pot, ao mesmo tempo, nunca foi reconhecido plenamente pelo pai. Inimigo da monarquia, ingressou no Partido Comunista Francês durante sua mudança para Paris e se tornou adepto do radical marxismo-leninismo.


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