Jornalista e historiador, Moskvin violou centenas de túmulos e roubava os cadáveres para criá-los como seus filhos
Anatoly Moskvin é um homem inteligente. Professor universitário, jornalista e historiador, o russo domina 13 idiomas diferentes. Apesar de respeitado, Moskvin tinha um hobby secreto macabro: mumificar cadáveres de meninas.
Ele mantinha um gosto peculiar por cemitérios, onde realizava desde criança passeios com seus amigos. Segundo Anatoly, passou por 752 deles dentro e nas proximidades de sua cidade natal, Níjni Novgorod, na Rússia. A partir dessas visitas ele redigiu reportagens que foram veiculadas no jornal Necrologias.
Esse fascínio se originou de um episódio traumatizante, contou Moskvin. Em sua adolescência ele teria sido obrigado, por um grupo de homens, a beijar o cadáver desconhecido de uma menina de 11 anos, durante o funeral dela.
DESCOBERTA MACABRA
Em 2009, famílias de mulçumanos começaram a notar que os túmulos de seus entes queridos tinham sido violados. O governo não tinha pistas sobre os suspeitos, e as ações se intensificaram. Os atos de vandalismo combinavam com as datas nas quais Anatoly visitava os cemitérios em Nizhny Novgorod, entretanto ele foi inicialmente descartado devido a suas passagens terem fins acadêmicos.
Até que em 2011, Anatoly Moskvin foi preso após ser flagrado vandalizando fotos de mulçumanos mortos. Policiais consideraram sua atitude suspeita, levaram-no preso e emitiram um mandato de busca em seu apartamento.
Chegando à residência na qual o russo morava com seus pais, a cena que encontraram foi chocante. Ao todo existiam 26 múmias de meninas mortas no local. Quando os detetives moveram os cadáveres uma música começou a tocar, foi concluído que Moskvin havia implementado caixas de música nas cavidades torácicas dos corpos roubados.
Levado a julgamento, ele foi condenado à cinco anos de prisão. Apesar de ter sido encontrado duas dezenas de restos mortais em sua casa, a acusação afirmou que Anatoly era responsável por violar cerca de 150 sepulturas, ao longo de dez anos.
Uma avaliação psiquiátrica foi realizada, ficou provado que o homem sofria de esquizofrenia paranóica. Sua sentença foi alterada para "medidas médicas coercitivas", ele foi transferido para uma clínica psiquiátrica, onde permanece até os dias de hoje.
EXPLICAÇÃO DO HOBBY BIZARRO
Em entrevista, Moskvin explicou o motivo por trás de seu bizarro hobby. Ele alegou que sentia um carinho pelas crianças mortas, e que as ouvia chamando seu nome. Também acreditava que poderia trazê-las de volta à vida, por meio de ciência ou de magia negra.
No depoimento ele afirmou nunca ter sentido atração sexual pelas múmias, e que as tratava como filhas. Realizava festas de aniversário, comemorava feriados, assistia desenhos e cantava canções para elas.
A explicação com o objetivo de sensibilizar quem ouvisse não foi bem recebida. Natalia Chardymova, mãe da primeira vítima de Moskvin declarou que seus atos eram doentios, pois sua filha, que morreu com dez anos de idade, passou tanto tempo com ele quanto com sua própria família: “Eu a tinha há dez anos, ele a teve por nove. Ele morava com minha filha mumificada em seu quarto”.
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