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Matérias / China

Estupros e decapitações: Há 83 anos, acontecia o brutal Massacre de Nanquim

Cerca de 300 mil chineses foram mortos e 20 mil mulheres foram estupradas e transformadas em escravas sexuais pelos japoneses

Giovanna Gomes Publicado em 13/12/2020, às 00h00

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Soldados japoneses durante a guerra em foto colorizada - Wikimedia Commons
Soldados japoneses durante a guerra em foto colorizada - Wikimedia Commons

Em 1937, exatos 83 anos, começava um dos episódios mais violentos da história da humanidade: o Massacre de Nanquim.

Durante as seis semanas que se seguiram desde que chegaram a antiga capital chinesa, os japoneses eliminaram cerca de 300 mil pessoas. Em um cenário desumano, mulheres foram estupradas e mortas, incluindo crianças.

Tensão

Desde 1926, a China enfrentava uma grande guerra civil entre nacionalistas e comunistas. Por esse fator, o país se enfraqueceu e algumas regiões passaram a ser controladas por potências estrangeiras.

A Manchúria era dominada pelos japoneses, que expandiram sua zona de controle quando perceberam que os nacionalistas estavam se preparando para lutar contra eles.

A situação ganhou contornos em 1937. Foi nesse ano que o Japão preparou um ataque à costa da China e tomou Xangai. O resultado? Bom, 250 mil chineses mortos.

Aqueles que sobreviveram conseguiram escapar para Nanquim e devastaram os campos que originavam o arroz. Todo e qualquer suprimento que pudesse ajudar os inimigos deveria ser eliminado.

Nanquim foi invadida pelo Exército Imperial Japonês em 1937 / Crédito: Wikimedia Commons

Traumático episódio

Era 5 de dezembro quando as tropas japonesas entraram na cidade. O general chinês Tang Shengzhi, que atuava como comandante das tropas em Nanquim, optou por recrutar soldados para defender o país. Foram 8 dias marcados pelos caos até o Japão ser capaz de derrubar a resistência.

O general japonês Asaka Yasuhiko ordenou a execução de todos os prisioneiros de guerra. Muitas pessoas, tanto militares quanto civis, foram torturadas, enforcadas e fuziladas. Além disso, os japoneses conduziram os cidadãos a uma cratera em uma pedreira, onde promoveram uma verdadeira execução em massa. 

Corpos empilhados durante o Massacre de Nanquim - Wikimedia Commons

Por mais horrível que fosse a situação, tudo piorou com a chegada do general Iwane Matsui. A partir daí, a decapitação tornou-se um esporte. Os soldados começaram a competir para ver quem era mais preciso no corte. Em um cenário caótico, bebês eram mortos e fetos arrancados.

As mulheres foram sequestradas e transformadas em escravas sexuais. Milhares delas foram enviadas para bordéis militares do Japão no continente asiático. Muitas ainda foram mutiladas, violadas por grupos e mortas.

Ataque

A derrota do governo chinês se deu oficialmente no ano de 1938. Ainda assim, o Japão continuou com sua política expansionista, de modo que tentou invadir a Rússia, sem sucesso. Posteriormente, invadiu e tomou o controle de Hong Kong e Xangai, além de atacar a base de Pearl Harbor, resultando em episódios ainda piores nos anos seguintes.

Celebração da vitória / Crédito: Wikimedia Commons

Até hoje, no entanto, os japoneses evitam tocar no assunto que compreende a maioria dos crimes cometidos contra os chineses. Apesar de o massacre ser reconhecido, em 1982, o Ministério da Educação chegou a proibir a menção do massacre nos livros que eram distribuídos em instituições de ensino. Como era de se esperar, a proibição desapareceu, contudo, não há qualquer menção aos estupros. 

No aniversário do fim da Segunda Guerra, em 2015, o presidente Shinzo Abe demonstrou sentir um profundo remorso pelas ações do país. Contudo, disse que não caberia às próximas gerações se desculparem eternamente.

No ano seguinte, o país se recusou a pagar a sua parte do financiamento da Unesco em resposta à inclusão de documentos do Massacre de Nanquim no Registro de Memória do Mundo. Hoje, no local, existe um memorial em homenagem às vítimas do massacre.


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