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Matérias / Guerras

Vitórias pírricas: 10 conquistas que foram derrotas

Ao longo da história, múltiplos generais ganharam a batalha para se verem arruinados, perdendo a guerra

Thiago Lincolins Publicado em 12/10/2019, às 10h00

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Batalha das Termópilas - Wikimedia Commons
Batalha das Termópilas - Wikimedia Commons

Uma vitória pírrica é quando o lado vencedor, ainda que obtenha seu objetivo imediato, sofre tantas perdas que termina arruinado. A seguir, a começar pela que deu o nome ao termo, as maiores vitórias que, no fim das contas, foram derrotas.

10. Batalha de Ásculo 

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: 279 a.C.
Quando: gregos e aliados / italianos x romanos

Durante a Guerra Pírrica, os romanos lutaram contra o exército grego do Epiro, sob o comando do rei Pirro. O plano dele era vencê-los e fazer com que os italianos – sob o domínio dos romanos – passassem para o seu lado. Pirro esmagou as tropas romanas, mas, ao mesmo tempo, perdeu muitos comandantes e oficiais que havia levado para a Itália. Os romanos, que perderam mais, puderam repor suas baixas, mas não os epirenses. Pirro perdeu, Roma começou a se tornar uma potência, e daí vem a expressão “vitória pírrica”.

9. Batalha de Avarair 

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: 26 de maio de 451
Quem: rebeldes armênios x Império Sassânida

De um lado, as tropas rebeldes armênias lideradas por Bardanes II Mamicônio e, do outro, os exércitos sassânidas da planície de Avarair. Os persas sassânidas pretendiam converter e impor o rito do sol e do fogo (do zoroastrismo) aos armênios, que se recusaram a abandonar a sua fé. Os sassânidas foram vitoriosos, mas os cristãos só ganharam mártires, lutando ainda mais motivados. Em 484, o Tratado de Nvarsak deu aos armênios o direito de manter sua fé.

8. Batalha de Lützen 

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: novembro de 1632
Quem: Império Sueco x Sacro-Império Romano-Germânico

Travada nas proximidades do povoado alemão de Lützen, envolveu tropas protestantes (maioria de suecos) e católicas (maioria de romano-germânicos). Os suecos estavam sob a liderança do general Gustavo Adolfo II, que usou de sua superioridade em armas e tática para adquirir vantagem – e conseguiu. Mas não viveu para ver. Desatento por causa das más condições climáticas, acabou baleado pelos inimigos. Sem seu líder, os protestantes desistiram da guerra e os católicos mantiveram seu poder.

7. Batalha de Malplaquet

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: 11 de setembro de 1709.
Quem: Monarquia Habsburgo, Províncias Unidas, Grã-Bretanha e o Reino de Prússia x Bourbons da França e Espanha. 

A aliança holandesa-britânica, sob a liderança do duque John Churchill de Marlborough, era composta de 100 mil soldados. Os franceses, liderados pelo general Claude de Villars, contavam com cerca de 90 mil homens. Na batalha mais sangrenta do século 18, os britânicos venceram, perdendo 20 mil homens, duas vezes mais que os franceses, que se retiraram de forma organizada.

6. Batalha de Bunker Hill

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: 17 de junho de 1775
Quem: milícias dos Estados Unidos do movimento pró-independência x Exército britânico

Foi travada no início da Guerra Revolucionária Americana, durante o Cerco de Boston. Os líderes revolucionários dos EUA descobriram o plano dos britânicos de levar as tropas até as colinas ao redor de Boston – com isso teriam controle sobre o porto da cidade. Os milicianos cercaram a colina de Bunker Hill e foram atacados pelos britânicos. Apesar da vitória do Reino Unido, houve mil mortes, enquanto os americanos perderam 450 homens.

5. Batalha de Borodino 

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: 7 de setembro de 1812
Quem: França x Império Russo

Sob a liderança de Napoleão Bonaparte, o objetivo dos franceses era capturar Moscou, forçando os russos a se renderem. Após a vitória em Borodino, em 14 de setembro, a cidade estava sob seu controle. A batalha havia custado 35 mil vidas. Do lado russo, apesar das perdas elevadas — 40 mil mortos —, as tropas foram rapidamente substituídas. Na primeira noite de Napoleão em Moscou, a cidade foi incendiada. Ao final, os franceses tiveram de abandoná-la e recuar pela Rússia no inverno. Uma catástrofe.

4. Guerra de Inverno

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: 30 de novembro de 1939
Quem: Finlândia x União Soviética

A guerra começou quando a União Soviética atacou a Finlândia com o objetivo de obter partes do território. Os soviéticos possuíam mais soldados, aeronaves e tanques. O Exército Vermelho havia sofrido danos consideráveis pelos expurgos de Stalin, possibilitando que a Finlândia lhe infligisse perdas substanciais – 328 mil foram mortos ou feridos, contra 70 mil finlandeses. A União Soviética ganhou território finlandês, ao custo de sua reputação: foi expulsa da Liga das Nações. E outra guerra teve de ser travada em 1941.

3. Ofensiva do Tet

Crédito: Reprodução

Quando: 30 de janeiro de 1968
Quem: Vietcongues e Vietnã do Norte x Vietnã do Sul, Estados Unidos e aliados

Diante dos ataques, as forças dos EUA e do Vietnã do Sul perderam o controle de várias cidades, mas terminaram por causar baixas arrasadoras aos vietcongues. Apesar da vitória, houve um grande impacto na opinião pública dos EUA. Ninguém acreditou ter sido mesmo uma vitória. Imagens na imprensa fizeram os inimigos parecerem meras vítimas. A invasão criou uma sensação de vulnerabilidade. Os EUA acabariam desistindo da guerra, que já era bizarramente custosa.

2. Batalha das Termópilas 

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: Agosto ou setembro de 480 a.C.
Quem: Cidades-estado gregas x Império Persa

Com o objetivo de conquistar a Grécia, cerca de 300 mil guerreiros do Exército persa, liderados pelo rei Xerxes, bateram de frente com 7 mil soldados gregos em Termópilas (300 dos quais, os famosos espartanos). Por três dias, os gregos conseguiram impedir o avanço persa, até serem traídos. Apesar de aprisionar e matar quase todos, a resistência motivou os gregos. Xerxes perdeu mais de 20 mil, vários deles entre seus melhores. A Grécia venceria.

1. Ataque a Pearl Harbor 

Crédito: Wikimedia Commons

Quando: 7 de dezembro de 1941
Quem: Estados Unidos x Japão

O ataque-surpresa tinha como finalidade paralisar a Frota do Pacífico, de forma que os EUA não pudessem reagir às conquistas japonesas de territórios sob controle americano, como as Filipinas. Cometeram três erros: 1) a estrutura industrial foi ignorada; 2) o ataque veio antes da declaração de guerra (por acidente); o que levou a 3) a opinião pública dos EUA, até então contra a guerra, mudou furiosamente de lado. O Japão sentiria a vingança literalmente na pele em Hiroshima e Nagasaki.