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Matérias / Múmias

Assassinato e sepultamentos peculiares: as múmias naturais de Gebelein

Encontrados em 1896, no Egito, os corpos passaram por um curioso processo de mumificação natural, diferente das múmias que conhecemos hoje

Pamela Malva Publicado em 21/06/2020, às 07h00

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A múmia apelidada como Ginger - Wikimedia Commons
A múmia apelidada como Ginger - Wikimedia Commons

A mumificação, comumente usada no Egito, era feita intencionalmente, a fim de preservar o corpo do morto. No entanto, em 1896, um egiptólogo encontrou seis corpos pré-dinásticos mumificados naturalmente.

Encontrados durante as escavações de Gebelein, uma cidade no deserto do Egito, as múmias datam de aproximadamente 3400 a.C.. Os seis corpos foram escavados de túmulos de areia rasos por Wallis Budge , o Guardião do Museu Britânico de Egiptologia.

Das seis pessoas, duas foram identificadas como homens — recebendo os nomes de Ginger e de Homem de Gebelein —, uma como mulher e os outros três não tiveram seus gêneros determinados. Todos foram entregues ao Museu Britânico em 1900.

Entre as múmias encontradas por Budge, três apresentavam diferentes coberturas em seus corpos, como esteira de junco, fibra de palma e pele de animal. Cada uma delas foi descoberta em posição fetal, uma configuração comum no Egito da época.

Múmia do Homem de Gebelein com os cabelos preservados / Crédito: Wikimedia Commons

O estado no qual as seis pessoas foram encontradas se deu graças à forma de sepultar os mortos no período pré-dinástico. Naquela época, os corpos eram enterrados nus e frouxamente embrulhados.

Isso fazia com que a água do cadáver evaporasse ao entrar em contato com a areia quente. Assim, sem água, o corpo ficava seco e preservado. O método foi amplamente usado no Egito, até que a mumificação artificial foi desenvolvida, anos mais tarde.

Nas tumbas das múmias de Gebelein também foram encontrados bens pertencentes aos mortos, como panelas e pederneiras. Os objetos, no entanto, não foram enviados ao Museu Britânico junto com os corpos e seu paradeiro é desconhecido.

Muitos outros artefatos encontrados no local foram comercializados no mercado de antiguidades e podem ser encontrados em museus de Turim, Cairo, Berlim e Lyons. Ainda mais: a estrutura do local abriga restos de um tempo da divindade Hathor, com tijolos de barro e decorações das 2ª e 3ª dinastias.

Modelo de barco encontrado junto das múmias, datado de 3400 a 3200 a.C. / Crédito: Wikimedia Commons

Em novembro de 2012, um indício sobre um dos corpos apareceu. Segundo uma tomografia computadorizada realizada no Hospital Cromwell, a múmia conhecida como do Homem de Gebelein provavelmente havia sido assassinada.

O exame indicou uma perfuração sob a omoplata esquerda do homem, que tinha entre 18 e 20 anos e era bem musculoso. Os peritos determinaram que a arma do crime — usada com muita força — danificou levemente a omoplata, quebrou a costela abaixo e penetrou o pulmão da vítima.

Ainda que algumas informações sobre cada corpo tenham sido identificadas — como a cor ruiva do cabelo da múmia chamada Ginger —, pouco se sabe sobre quem essas pessoas foram em vida. Mesmo assim, as seis múmias podem ser vistas em exposição no Museu Britânico.


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