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Matérias / Personagem

Josef Mengele: o anjo da morte de Auschwitz

Conheça a trajetória do tétrico médico do campo de concentração nazista, que foi encontrado morto em São Paulo

Eduardo Szklarz Publicado em 27/01/2020, às 11h57

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O anjo da morte - Reprodução
O anjo da morte - Reprodução

Como exigia a lei no Uruguai, em 1958, um singelo proclama de casamento foi publicado no jornal do povoado de Nova Helvécia, a 120 km de Montevidéu. O oficial Pedro Izacelaya anunciou o nome dos noivos e recomendava: quem soubesse de algum impedimento contra a união deveria denunciá-lo durante os oito dias de divulgação do registro, a contar de 17 de julho.

Casariam-se Marta Maria Will e Josef Mengele. Ela, viúva e dona de casa. Ele, divorciado, médico, nazista e torturador sádico, responsável direto pela morte de ao menos 3 mil pessoas em experimentos bizarros no campo de extermínio de Auschwitz.

Ninguém apresentou obstáculos. E Mengele retomou a rotina tranquila de empresário bem-sucedido em Buenos Aires. Até que a Alemanha pedisse a sua extradição, em 1959, o homem que mereceu ser chamado de Anjo da Morte sobreviveu nas barbas de autoridades alemãs, argentinas, uruguaias e paraguaias incólume. E feliz.

Günzburg é um vilarejo ao sul da Alemanha. Parece pintado a mão. Ali, a família Mengele é reverenciada. Em 1907, Karl Mengele comprou uma fábrica de máquinas agrícolas e faria dela uma das maiores da Europa. Sob novos donos, existe ainda hoje, batizada Mengele Agrartechnik. Boa parte dos moradores está empregada lá.

Há 100 anos, em 16 de março, Karl e a esposa, Walburga, tiveram o primeiro de três filhos, Josef. "Karl esperava que o primogênito assumisse os negócios e perpetuasse a dinastia", afirmam Gerald Posner e John Ware em Mengele: The Complete Story (sem edição no Brasil). Mas o ambicioso Josef queria construir a própria fama. "Dizia que todos ainda veriam seu nome na enciclopédia."

Josef Mengele / Crédito: Domínio Público

O rapaz estudou medicina e antropologia nas universidades de Munique e Frankfurt. Em 1937, já formado, descolou uma vaga no Instituto para Hereditariedade, Biologia e Pureza Racial da Universidade de Frankfurt e filiou-se ao Partido Nazista. No ano seguinte, ingressou na SS, que administrava os campos de extermínio. Casou-se pouco depois com Irene Schoenbein, mãe de seu único filho, Rolf. Entre 1939 e 1942, Mengele lutou no front oriental e recebeu cinco medalhas por bravura.

O emprego que, enfim, o colocaria na enciclopédia veio em 1943: um posto de médico em Birkenau, parte do complexo de Auschwitz, na Polônia. O sempre elegante doutor ganhou o sinal verde para realizar atrocidades em nome da ciência. Era parte de sua função selecionar os presos recém-chegados. Em segundos, analisava as feições de cada um e mandava-os às fileiras da direita ou da esquerda: trabalho escravo ou a morte. Assim, teria determinado a execução de 200 mil a 400 mil pessoas.

Um terceiro destino era reservado a certos prisioneiros, sobretudo os gêmeos: servir de cobaia em testes cruéis. O jornalista Ben Abraham, 86 anos, lembra-se muito bem daquele homem de macabra imponência. "Mengele liderava a junta médica que fez a seleção do meu grupo. Era o Anjo da Morte mesmo. Ele decidia com um levantar de polegar quem iria para os fornos crematórios e quem seria usado nas experiências. Nunca vou esquecer." Abraham conseguiu escapar e mora no Brasil. Perdeu a mãe ali. Outros sobreviventes recordam como ele, à primeira vista, muito bem educado e galante, desarmava suas vítimas.

Morte antecipada

Não há consenso sobre onde Mengele viveu logo após o fim da Segunda Guerra. O Exército Vermelho invadiu Auschwitz e libertou 7,6 mil prisioneiros em 27 de janeiro de 1945. Segundo Posner e Ware, pouco antes, o médico foi transferido ao campo de Gross Rosen. Depois, escondeu-se em uma floresta.

Chegou a ser capturado pelos aliados, mas, sem ser reconhecido, acabou liberado em agosto de 1945. Embora o nome Mengele constasse na lista de nazistas procurados desde maio, ele foi dado como morto pelos aliados. Passou três anos numa fazenda em Rosenhein, na Bavária, com falsa identidade. Seu medo maior provavelmente era dos soviéticos, que matavam nazistas sem muita burocracia.

Em 1948, voltou para Günzburg, decidido a fugir. Outros pesquisadores acreditam que o médico simplesmente abandonou Auschwitz e, à custa de propina paga pela famíla, encontrou abrigo na cidade natal.

Vítimas de Mengele | Crédito: Wikimedia Commons

Numa rota via Áustria e Itália, o carrasco escapou da Europa, em 1949. Usava um passaporte da Cruz Vermelha em nome de Helmut Gregor. Ele desembarcou em Montevidéu e seguiu para Buenos Aires. Em junho, foi acolhido pelo governo de Juan Domingo Perón, que mantinha, sabidamente, fortes laços com os seguidores de Adolf Hitler.

Nazistas como Adolf Eichmann e Erich Priebke seguiram rotas semelhantes, mas Mengele tinha um diferencial. "Ele sempre viveu como um milionário", diz o historiador argentino Carlos De Nápoli, que investiga a trajetória do carrasco há mais de 30 anos. O médico se amparava na fortuna do pai - multiplicada durante o nazismo graças à mecanização da agricultura e depois na reconstrução do país.

Para ajudá-lo, Karl entrou em contato com Jorge Antonio, braço direito de Perón e homem de confiança dos alemães no rio da Prata. Argentino de origem síria, El Turco enriqueceu nos anos 1950 usando seus vínculos com o poder, a ponto de se tornar presidente da filial argentina da Mercedes-Benz e sócio de dezenas de outras empresas. A Mercedes ajudou vários nazistas, a exemplo de Eichmann.

Mengele, porém, não precisou de emprego. Criou suas próprias empresas com o dinheiro paterno. Os investimentos foram feitos por meio do empresário alemão radicado na Argentina Roberto Mertig, dono da fábrica de fogões Orbis. Uma das firmas que ele montou foi a Tameba (sigla em espanhol de Oficinas Metalúrgicas de Buenos Aires).

"Ele fabricava hastes de torneiras e as vendia para Eichmann, que, nessa época, trabalhava na indústria de sanitários FV, do alemão Franz Viegener", diz De Nápoli. Ele calcula que, enquanto viveu na América do Sul, o doutor alcançou o patrimônio de cerca de 10 milhões de dólares. "É difícil precisar porque ele usava muitos testas de ferro."

O carrasco levava uma vida social regular na capital do tango (onde está, curiosamente, a maior comunidade judia da América Latina). A ponto de "fazer parte de um grupo que jogava bridge no qual havia judeus", relata Gerald Astor em Mengele: O Último Nazista. "Ele se sentia tranquilo sabendo que havia uma rede de proteção para si no Estado. E ela continuou mesmo após o golpe contra Perón, em 1955", afirma Sergio Widder, diretor do Centro Simon Wiesenthal.

Identidade revelada

Em 1956, ele abriu um novo negócio, o laboratório Fadrofarm (Fábrica de Drogas Farmacêuticas). E voltou a ser Josef Mengele. Na embaixada alemã, deu o nome e endereço e pediu uma cópia da certidão de nascimento. Com ela, obteve uma cédula de identidade argentina.

O nazista saiu do armário (teve até o nome na lista telefônica) para garantir sua participação na herança da família. A essa altura, seu pai estava à beira da morte e ele precisava recuperar o nome. "Se continuasse como Helmut Gregor, não receberia nada. Assim, o segundo passo foi retomar a identidade", diz De Nápoli.

O seguinte seria se casar com a viúva do irmão mais novo, Karl Jr. Sim, Marta Maria era sua cunhada. Chegara à Argentina com o filho, Karl Heinz, em 1956. Como divorciados não podiam se casar no país, Mengele foi com ela ao Uruguai. Com as bênçãos de Karl pai, ambos garantiram que os bens da família não se dispersassem.

O que levou Mengele a se sentir seguro o bastante para viver às claras em Buenos Aires? Além da rede de proteção, pesava o fato de que ele era pouco conhecido. Seu nome não figurou nos julgamentos de 1946, o Tribunal de Nuremberg e o Julgamento dos Médicos, que condenou sete doutores nazistas à morte. A Alemanha Ocidental foi criada em 1949 e começou a buscar Mengele em meados dos anos 1950 - mas lenta e atabalhoadamente.

As autoridades alemãs sabiam do paradeiro do médico desde 1954, quando sua primeira mulher, Irene Schoenbein, se separou dele. Ela se recusou a seguir com ele para a Argentina e formalizou o divórcio. Fiel ao estereótipo de ex-mulher, entregou seu esconderijo. Também o denunciou à Universidade de Frankfurt, que lhe cassou o diploma de médico.

"Os documentos provam que o governo alemão sabia exatamente onde Mengele vivia na Argentina: rua Sarmiento, 1875, Buenos Aires", diz De Nápoli. Em 1959, a Alemanha finalmente enviou um pedido de extradição ao país, que só o tornou público em 1960. A partir daí, foi como se os oficiais descobrissem o carrasco na capital.

"Houve muito encobrimento, já que a embaixada alemã interveio em todo tipo de certificado, até o último momento. E nada disse aos tribunais que o buscavam", afirma o historiador. "Com a Polícia Federal argentina, aconteceu a mesma coisa."

A imprensa internacional também só descobriu o Anjo da Morte (ou Doutor Morte, Açougueiro e Anjo Exterminador, como já foi chamado) nessa época, após Eichmann ser levado da Argentina pelo Mossad, o serviço secreto de Israel, e Mengele ter escapado por pouco. Segundo o ex-agente Rafi Eitan, o governo israelense tomou a decisão de sequestrar um criminoso nazista e levá-lo à Justiça em 1958.

Havia quatro possíveis alvos: Mengele, Eichmann, Heinrich Müller (ex-chefe da Gestapo) e Martin Bormann, braço direito de Hitler. O primeiro a ser encontrado foi Eichmann, por isso, o Mossad decidiu se concentrar nele. A análise das datas, contudo, sugere que não foi exatamente o medo dos israelenses que o motivou a sair da Argentina. Mengele deixou o país em 1959, antes da captura de Eichmann, em maio de 1960.

Crianças sobreviventes em Auschwitz | Crédito: Wikimedia Commons

Para onde foi Mengele após deixar a Argentina? A pergunta ainda intriga os pesquisadores. De Nápoli afirma que ele voltou para Günzburg - cita documentos da polícia argentina sobre a autorização que ele solicitou para viajar à Alemanha em 12 de fevereiro de 1959, meses antes da chegada do pedido de extradição. Os papéis revelam que Marta saiu de Buenos Aires em 1960, com o filho, provavelmente depois de se desfazer dos negócios do marido no país. Ela tomou um voo da Swissair de Montevidéu para Zurique e, de lá, poderia ter se reencontrado com Mengele na Bavária.

Conexão Paraguai

Outros pesquisadores, como o argentino Jorge Camarasa, dizem que Mengele viveu no Paraguai para depois se estabelecer no Brasil. Ele teria se instalado em 1960 na cidade de Hohenau, de colonização alemã, com passaporte em que se lia o nome José Mengele. Desde o ano anterior, obtivera a cidadania do governo paraguaio. Vários habitantes de Hohenau relataram a Camarasa ter boas recordações do nazista.

"Tive o prazer de ser seu vizinho durante anos", disse o ex-prefeito da cidade, Bonibaldo Junghanns. "Ele se fazia chamar doutor Fischer. Era um homem nobre, que cantava em alemão canções de sua terra." Em entrevista no fim dos anos 1970, o famoso caçador de nazistas Simon Wiesenthal afirmou que ele costumava jogar bocha no Clube Alemão de Assunção, dirigir um Mercedes 280 e navegar um iate pelo rio Paraná. Não há provas disso.

A história oficial diz que Mengele se mudou para o Brasil no fim dos anos 1960. Conseguiu abrigo com Geza e Gitta Stammer, imigrantes húngaros que tinham uma fazenda de café em Nova Europa (SP). Em depoimento à Polícia Federal, em 1985, eles confirmaram que deram guarida ao médico. Na versão de Gitta, Mengele se apresentou como um viajante sem destino certo, sob o nome Peter Hochbichler, que pedia abrigo por alguns dias. Acabaram dando-lhe um emprego.

"Essa história não bate. Mengele calculou muito bem cada mudança e não viria para o Brasil sem que tudo estivesse arranjado", diz Ben Abraham, autor de dois livros sobre o médico. No começo dos anos 1970, Mengele teria se aproximado de outro casal: o ex-cabo do Exército nazista Wolfram Bossert e Liselotte, professora do Colégio Humboldt.

Os austríacos moravam no bairro do Brooklin, na capital paulista, onde Mengele teria estado várias vezes. Em 1974, a fazenda dos Stammer foi vendida e ele se mudou para uma casa de dois quartos, duas salas, cozinha e banheiro na estrada do Alvarenga, 5773, perto da represa Billings. Ali, era conhecido pelos empregados como Pedro. "Ele me pagava um bom salário e chegou a me fazer empréstimos algumas vezes", disse Elza Gulpian de Oliveira, que foi sua empregada doméstica, à revista VEJA em 1985.

Vivia recluso, ouvia muita música e costumava servir-se de vinho nas refeições. Segundo ela, Pedro falava com carinho de um jovem sobrinho que morava na Alemanha. Em 1977, o rapaz hospedou-se com o tio por duas semanas. Era seu filho Rolf, segundo ele confirmaria à PF.

Todo esse relato deixa margem para dúvidas. Em 1967, por exemplo, o Brasil extraditou o nazista Franz Paul Stangl para a Alemanha. Por que Mengele decidiu se mudar para cá depois disso? Ex-chefe dos campos de Sobibor e Treblinka, Stangl foi condenado à prisão perpétua.

"Mengele tinha aqui uma rede de contatos segura o suficiente para não se intimidar", diz a historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro, da USP. "Tinha um lugar discreto onde viver e não trabalhava, como Stangl, que se expôs demais." É possível também que o carrasco tenha chegado antes ao Brasil ou, ao menos, tenha estado aqui várias vezes para preparar um novo esconderijo.

Rafi Eitan alega que o Mossad o localizou em 1962. "Descobrimos seu endereço: uma fazenda perto de São Paulo. Estive lá com minha equipe e um grupo de habitantes locais que o conheciam", disse Eitan. "Não quisemos pegá-lo porque não estávamos suficientemente preparados. E logo depois houve uma troca de governo em Israel. A nova administração decidiu não capturá-lo. Depois disso, ele desapareceu."

Verdade ou conspiração?

Em maio de 1985, a polícia alemã fez uma busca na casa de Hans Sedlmeier, que havia sido procurador da empresa de máquinas dos Mengeles, em Günzburg, e encontrou cartas escritas por Josef e remetidas no Brasil pelos Bosserts. O delegado Romeu Tuma, superintendente da PF, foi informado e interrogou o casal.

Eles disseram que encobriram Mengele entre 1970 e 1979. Em fevereiro daquele ano, já com a saúde debilitada, o médico foi a convite deles passear em Bertioga, no litoral paulista... E teria se afogado, talvez, vítima de um derrame. No boletim de ocorrência, o morto é o austríaco Wolfgang Gerhard. Na verdade, esse era o nome do sujeito que apresentou Mengele aos Bosserts. Ele teria usado a identidade do protetor por vários anos. Gerhard morreu em 1978 e está enterrado na Áustria.

A tumba de Mengele, revelaram os Bosserts, estava no cemitério do Rosário, em Embu, Grande São Paulo. Uma equipe de legistas exumou os restos do corpo, em junho de 1985, e concluiu que eram do nazista. Em 1992, um exame de DNA confirmou a descoberta. A análise utilizou uma amostra de sangue de Rolf, filho do carrasco, e foi conduzida pelo geneticista britânico Alec John Jeffreys. Sete anos antes, Rolf dissera não ter percebido no pai, na visita a São Paulo, nenhum sentimento de culpa ou remorso. "Ele jurou que nunca, pessoalmente, machucou ninguém."

Marco Antonio Veronezzi, ex-diretor regional da PF, recorda a expectativa mundial que havia em torno do cadáver achado em Embu. "No início, estranhamos o fato de conhecidos de Mengele aparecerem, anos após a morte, para falar da ossada. Mas os depoimentos eram coerentes e a perícia foi conclusiva", diz. "Com o exame de DNA, não restou dúvida." Hoje, a maioria dos pesquisadores considera o enigma resolvido. "Os estudos sobre Mengele foram sérios", diz o jornalista Uki Goñi, autor de A Verdadeira Odessa. Sérgio Widder, do Centro Wiesenthal, confia no resultado, assim como Rafi Eitan declarou à Folha de S.Paulo.

Ben Abraham sempre duvidou da ossada. Aponta há anos uma série de incongruências, inclusive entre o corpo e a ficha médica do nazista na SS. Para ele, o médico "fabricou" um sósia. "Rolf demorou anos para conceder uma amostra de seu DNA. Tenho informações de que Mengele morreu em 1992, nos Estados Unidos, mas não sei de detalhes."

Para Carlos De Nápoli, a farsa dos restos no Brasil foi criada, mais uma vez, para fins econômicos. Ele ainda procura as pegadas do doutor e não arrisca cravar onde e quando ele teria morrido: "A Fadrofarm não foi vendida e seus testas de ferro, Ernest Timmerman e Heinz Truppel, iam até a Alemanha prestar contas. Por isso, entre outros motivos, acredito que ele passou seus últimos dias perto de Günzburg."

Rolf, diz o historiador, admitiu em 1985 que a ossada era do pai, já pensando na partilha dos bens do clã. Gerald Astor sustenta que o médico abriu mão de sua parte na herança do patriarca Karl Mengele, mas, de acordo com De Nápoli, trata-se de uma suposição que não se sustenta nos documentos identificados até agora. A empresa de máquinas agrícolas da família foi vendida em 1997.

É fato, de qualquer maneira, que o criminoso, agora centenário, não pagou por suas atrocidades. Seus ossos se encontram em poder do Instituto Médico Legal de São Paulo e a família nunca requisitou o corpo.


*Carlos De Nápoli é assessor histórico do The History Channel e dos principais canais argentinos. É autor de várias obras sobre o nazismo. No Brasil, publicou Ultramar Sul (2010).


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