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Matérias / Curiosidades

Como fazíamos sem água tratada?

Os antigos egípcios logo descobriram um eficiente método de purificação

Daniel Cardoso Publicado em 12/02/2019, às 12h00

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Ferver sempre foi um eficiente método de purificação da água - Getty Images
Ferver sempre foi um eficiente método de purificação da água - Getty Images

Essencial para os seres vivos, a água é ao mesmo tempo responsável pela disseminação de muitas doenças entre os homens, algumas até fatais. Cientes desse paradoxo, os habitantes do antigo Egito desenvolveram princípios básicos que foram usados durante séculos por vários povos para deixar a água pura.

O principal deles era a fervura, ainda hoje um jeito seguro de garantir a potabilidade da água. Os líderes recomendavam que o líquido fosse fervido sobre o fogo, esquentado sob o sol ou aquecido com um pedaço de ferro em brasa mergulhado dentro do recipiente com a água. Métodos semelhantes estão relatados em manuscritos sânscritos que datam de cerca de 4 mil anos atrás.

Em Roma, no século 1 a.C., o arquiteto Marcus Vitruvius Pollio, autor do livro De Architectura, levantou questões sobre a distribuição dela. Se a bebida era vital para os homens, pensou, era preciso levá-la limpa até as casas e as fontes públicas, onde os mais pobres se abasteciam com baldes. Vitruvius, então, se preocupou com a qualidade dos canos. Para ele, o ideal era que fossem feitos com cerâmica, em vez de chumbo, para diminuir o risco de a água ser contaminada por metais pesados.

O primeiro tratamento de água em massa foi realizado em Londres. Em 1829, os britânicos desenvolveram um sistema de filtragem para captar água do rio Tâmisa. Os técnicos arquitetaram camas de areia dispostas em camadas. Quando a água escorria por esse sistema, os grãos dos primeiros estratos retinham as impurezas e o líquido chegava limpo ao término do processo.

A atenção à pureza foi redobrada quando se confirmou, no meio do século 19, que a bebida transmitia a cólera. O tratamento virou obrigatório nas cidades. Uma das técnicas mais comuns passou a ser a adição de cloro para deixá-la pronta para o consumo. Nos lares, os filtros, mais acessíveis a partir do começo do século 20, se tornaram grandes aliados na purificação. Atualmente, a água da torneira, além de matar a sede, ganhou também a função de prevenir as cáries devido ao acréscimo de flúor.