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Matérias / China

Dinastias Chinesas: O rico legado cultural para o Ocidente

Conheça fases importantes dessa história milenar

Cláudia de Castro Lima Publicado em 08/01/2020, às 15h00 - Atualizado em 28/04/2023, às 10h51

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Imperadores da dinastia Qing. Da esquerda para a direita: Kangxi, Shunzhi, Yongzheng - Wikimedia Commons
Imperadores da dinastia Qing. Da esquerda para a direita: Kangxi, Shunzhi, Yongzheng - Wikimedia Commons

Por um período de 2 mil anos, a China Dinástica viu a criação das principais riquezas técnicas e culturais do país, como a escrita, o papel e a porcelana.

Confira abaixo!

Qin (221 a.C.)

Estátua de Shi Huangdi, primeiro imperador da China unificada / Crédito: Wikimedia Commons

Muito do que é o território chinês atual foi unificado nessa época. Com a mão de obra gratuita de quem tem boa parte do povo escravizado, o país construiu palácios suntuosos e iniciou as obras monumentais da Muralha da China, que impressiona o mundo inteiro até hoje. Nessa fase, os chineses inventaram calendários lunares, um sistema de escrita e unidades de medida.

Han (206 a.C.)

Pintura da dinastia Han / Crédito: Wikimedia Commons

Nasciam nessa fase o papel e a porcelana. E a primeira rota de comércio terrestre com o Ocidente foi aberta: a Rota da Seda. O período foi dividido entre as dinastias Han do Oeste e Han do Leste. Quando o imperador Qin morreu, em 210 a.C., sua dinastia foi extinta e, após uma breve guerra civil, uma nova Dinastia Han ascendeu.

Era da desunião (220)

Época marcada pela ascensão do budismo e também por vários governos imperando ao mesmo tempo. Entre 220 e 280, o chamado período dos Três Reinos, os domínios feudais voltaram. As dinastias Jin do Oeste e Jin do Leste vigoraram de 265 a 420; as do Sul (Song, Qi, Liang e Chen), entre 420 e 588; e as do Norte (Wei, Qi e hou), entre 386 a 588.

Sui (581)

Yang Guang, penúltimo imperador da dinastia Sui / Crédito: Wikimedia Commons

A família Sui consegue o poder e reunifica a China. Mas os altos impostos e o trabalho compulsório criaram revoltas por todo o país, enfraquecido por uma desastrosa campanha contra a Coreia. Nessa época, foi ampliado o Grande Canal, o maior rio artificial do mundo, com 1,8 mil quilômetros, e a Muralha da China foi reconstruída.

Tang (618)

Wu Zetian, única mulher que ocupou o trono imperial / Crédito: Wikimedia Commons

Um dos períodos mais prósperos da época feudal chinesa, a Dinastia Tang viu crescer intensamente a agricultura, o comércio, a siderurgia, a literatura, a arte e as construções navais. O governo relacionou-se com vizinhos, como Japão, Coreia, Índia e Pérsia. Mas as rebeliões camponesas continuaram, culminando com o novo império de Huang, em 875, que seria logo dissolvido.

Os dez estados (907)

Cinco dinastias nasceram e morreram nesse período, e a China permaneceu fragmentada em dez estados. Além de ver um país tendo de lidar com a desunião, o período é relatado pelos historiadores como anárquico e dirigido por governos corruptos. O Norte foi afetado por inundações e escassez de comida, causadas pelo rompimento de barragens do Grande Canal. Um desastre que arrasou a população.

Song (960)

Filósofo Zhu Xi, da dinastia Song / Crédito: Wikimedia Commons

Foi quando a porcelana atingiu seu maior grau de sofisticação, e as indústrias criaram uma nova classe social, a mercantilista. A Dinastia Song, que unificou novamente a China, foi dividida em duas fases, a Song do Norte (960-1127) e a do Sul (1127-1279). Essa dinastia concentrou o poder nas mãos do imperador e desenvolveu as cidades também como pontos comerciais.

Yuan (1279)

Kublai Khan, fundador da dinastia Yuan / Crédito: Wikimedia Commons

Em 1279, pela primeira vez o país foi completamente dominado por estrangeiros. Inovações como a impressão e a porcelana chegaram à Europa com o desenvolvimento da navegação chinesa. No vaivém do poder, com o declínio da Dinastia Song, Kublai Khan difundiu o domínio mongol que começara com seu avô, Gengis Khan.

Ming (1368)

Yongle Emperor, terceiro imperador da dinastia Ming / Crédito: Wikimedia Commons

A rivalidade entre os mongóis colaborou para o início dessa dinastia. O Grande Canal foi expandido e a Cidade Proibida, construída. Numa nação rica e com 100 milhões de habitantes, surgiram os vasos ming, que seriam colecionados pelos reis da Europa. A navegação se desenvolveu a ponto de ter chegado à América.

Qing (1644)

Kangxi Emperor, quarto imperador da dinastia Ching / Crédito: Wikimedia Commons

A última dinastia começou com a tomada de Pequim por nômades tártaros da Manchúria. No século 19, já com mais de 400 milhões de habitantes, o país passou a sofrer com a venda de ópio dos ingleses a seus habitantes, o que levou a China à Guerra do Ópio contra a Inglaterra. Em 1911, uma revolta popular derrubou o último Ching, o imperador-menino Puyi, iniciando o período republicano. Era o fim das dinastias chinesas.