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Matérias / Crimes

Ken e Barbie do crime: conheça a bizarra saga do casal assassino

Vivendo um relacionamento perturbador, o casal sadomasoquista cometia crimes inacreditáveis

Pamela Malva Publicado em 07/08/2020, às 10h02

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Paul e Karla, o casal assassino - Divulgação
Paul e Karla, o casal assassino - Divulgação

Paul Bernard nunca realmente mostrou sentimentos. Quando tinha 11 anos, seu pai foi acusado de abuso sexual infantil, e o garoto não esboçou qualquer reação. Boatos indicavam, inclusive, que o homem havia estuprado a própria filha, irmã de Paul.

Seu comportamento mudou apenas quando descobriu, aos 16 anos, através de sua mãe, que ele era proveniente de um caso extraconjugal. Desse dia em diante, Paul passou a cultivar um ódio profundo por mulheres. 

O canadense era muito bonito e charmoso. Sabia disso e usava seus atributos para manipular as mulheres e humilhá-las depois. Logo, quando estava na universidade, ele se tornou o estuprador de Scarborough.

Em maio de 1987, uma jovem foi capturada em um ponto de ônibus perto da casa dos pais e foi brutalmente estuprada. Nas semanas que se seguiram, mais ataques aconteceram, todos contra mulheres entre 15 e 21 anos.

Paul em carro / Crédito: Getty Images

Paul atuou como o estuprador de Scarborough por cinco anos. Acredita-se que ele tenha estuprado ou tentado estuprar pelo menos 19 jovens — uma delas, de 15 anos, foi atacada no próprio quarto.

Observando as semelhanças entre os casos — a brutalidade, a idade e os locais onde eram capturadas —, a polícia começou a imaginar que todas as vítimas haviam sido estupradas pelo mesmo homem. Paul chegou a ser interrogado duas vezes, mas nunca foi considerado um suspeito.

Em 1987, quando tinha 23 anos, a brutalidade e o desejo por crimes de Paul apenas aumentou. Isso porque ele conheceu Karla Homolka, de 17 anos, que apoiava suas atrocidades.

A atração entre os dois foi imediata: os dois perceberam que tinham as mesmas fantasias doentias. O relacionamento deles logo se tornou sadomasoquista e, enquanto namoravam, Paul continuava estuprando outras meninas de Scarborough, sempre com o conhecimento e aprovação de Karla.

Karla em um carro / Crédito: Getty Images

Rapidamente os dois ficaram noivos. Mas o relacionamento, que estava em seu terceiro ano, já estava deixando Paul entediado. Ele, então, externou seus sentimentos e contou à namorada que se sentia atraído por Tammy, a irmã de 15 anos dela.

Indo contra tudo que se imaginava, Karla mais uma vez apoiou o namorado e disse desejar que Paul tirasse a virgindade de sua irmã como presente de Natal. Assim, os dois traçaram um plano insólito.

Durante uma festa de Natal da família em 1990, os dois alcoolizaram a menina e a drogaram com anestésicos animais. Com Tammy inconsciente, eles a estupraram em turnos revezados. O tempo todo, o casal filmou as atrocidades que faziam.

De repente, Tammy começou a engasgar com o próprio vômito e casal entrou em pânico. Limparam todas as provas contra si e chamaram a ambulância. Já no hospital, a menina nunca recobrou a consciência e foi declarada morta.

Paul e Karla nunca foram interrogados, porque as drogas não foram encontradas em seu organismo. Sua morte, então, foi considerada um acidente em decorrência de intoxicação por álcool.

Todavia, os desejos de Paul apenas aumentaram. Os dois passaram a atrair adolescentes e abusar delas, gravando vídeos e, de vez em quando, cometendo assassinato.

Os dois se casaram em junho de 1991, no mesmo dia em que uma de suas vítimas foi encontrada no lago Gibson. A menina havia sido sequestrada semanas antes e abusada durante vários dias. 

Quase um ano depois, em abril de 1992, Paul e Karla atacaram mais uma vez. No entanto, deixaram o corpo em uma vala ao longo de uma estrada rural. Com esse crime, a polícia percebeu que ambos os assassinatos estavam conectados.

Em janeiro de 1993, Karla deixou o marido depois que ele lhe deu uma surra com uma lanterna. E, nos dois meses seguintes, o DNA de Paul bateu com o do estuprador de Scarborough, fazendo com que ele ficasse sob vigilância.

Paul foi preso apenas em fevereiro de 1993. Karla tentou fazer um acordo em troca de seu testemunho e conseguiu 12 anos, após alegar que Paul havia estuprado pelo menos 30 mulheres.

No entanto, quando os vídeos dos crimes do casal foram divulgados, Karla foi descoberta. Mesmo assim, ela foi solta em 2005. Em contrapartida, Paul foi considerado culpado por todas as acusações contra ele.

Sua sentença foi prisão perpétua por estupro, assassinato e sequestro de duas meninas. 

Em 2018, após 25 anos de prisão, seus advogados entraram com pedido de liberdade condicional, que foi negado após 30 minutos de deliberação. 


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