Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Personagem

Fernando Pessoa: O poeta ocultista

Nascido em 13 de junho de 1888, o artista era um grande entusiasta do esoterismo

Joseane Pereira Publicado em 13/06/2019, às 12h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Reprodução
Reprodução

No dia 13 de junho de 1888, nascia um dos maiores poetas de todos os tempos. Fernando António Nogueira Pessoa, natural de Lisboa, foi educado em uma escola católica na África do Sul, retornando a Portugal com sua família em 1902.

Quando jovem, o autor presenciou a morte de seu pai e de três irmãos pequenos, o que influenciou o teor de suas obras. Pessoa faleceu em sua cidade natal, no dia 30 de Novembro de 1935, vítima de cirrose hepática, aos 47 anos.

Poeta ocultista

Além de ter uma capacidade de escrita singular, Pessoa (ou Alberto, Álvaro, Ricardo, Bernardo...), também tinha seu lado ocultista e astrólogo. Em texto de 1917, o autor afirmou: “Eu sou um pagão decadente do tempo do outono da Beleza; místico intelectual da raça triste dos neoplatónicos da Alexandria. Como eles creio, e absolutamente creio, nos Deuses, na sua agência e na sua existência real e materialmente superior”.

O autor elaborou mais de mil cartas astrológicas, incluindo figuras como Benito Mussolini,  Lord Byron e Shakespeare. Seus conhecimentos em astrologia impressionaram até o ocultista Aleister Crowley, que lhe fazia visitas em Portugal.

Mapa astral de seu heterônimo Alberto Caeiro /
Créditos: Reprodução

O poeta participava de sessões semi-espiritualistas em sua casa, tendo experiências mediúnicas através da escrita automática, e afirmava ter visões astrais ou etéreas, sendo capaz de ver auras magnéticas semelhantes às imagens radiográficas.

A mediunidade exerceu uma forte influência em seus escritos. Pessoa afirmava se sentir subitamente “pertencente a outra coisa”, tendo sensações curiosas no braço direito que se erguia no ar sem sua vontade. Olhando-se no espelho, ele via com frequência seus heterónimos: seu rosto desaparecia e era substituído por outras feições, como de homens barbados.

Além de seus quatro grandes pseudônimos (Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Bernardo Soares), Pessoa também escrevia em nome de 80 outras pessoas.