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Matérias / Crimes

Mentiras e assassinato: a saga brutal de Dee Dee e Gypsy Rose

Cansada das histórias falsas da mãe sobre o seu estado de saúde, Gypsy decidiu executá-la junto de seu então namorado

Isabela Barreiros Publicado em 21/04/2021, às 18h30

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Dee Dee e Gypsy Rose - Divulgação
Dee Dee e Gypsy Rose - Divulgação

Dee Dee Rose Blancharde e sua filha Gypsy moravam juntas em uma casa no meio-oeste dos Estados Unidos, em Springfield, Missouri. Dee Dee não trabalhava fora de casa: seu tempo destinava-se a cuidar de sua filha doente em tempo integral.

Quando perguntada a respeito dos problemas de saúde de Gypsy, a mãe listava as mais variadas complicações, que incluíam anomalias cromossômicas, distrofia muscular, epilepsia, asma severa, apneia do sono, problemas na vista, entre outros. Segundo ela, sempre fora assim, desde que sua filha era um bebê.

Elas pareciam felizes e eram queridas pelas pessoas ao seu redor. Essa, no entanto, não é a história de uma alegre família americana que ultrapassou obstáculos e continua vivendo apesar de tudo. Isso mudou, há quatro anos, quando uma mensagem foi publicada no perfil de Dee Dee no Facebook. O post dizia “a vadia morreu!”.

Traduzindo o post, lemos “a vaca morreu!” / Crédito: Divulgação

O começo do fim

O corpo de Dee Dee foi encontrado esfaqueado no quarto da casa das duas, e indícios mostravam que o crime havia acontecido há dias. Gypsy não estava na casa. Assim, o mistério ganhou vida. 

Começaram a surgir pistas. Uma amiga próxima de Gypsy, Aleah Woodmansee, procurou a polícia a fim de ajudar na investigação com informações que considerou importantes. Segundo ela, a menina tinha um namorado secreto na Internet.

Os dois compartilhavam segredos por mensagens no Facebook, mas Gypsy usava uma conta com o nome falso de Emma Rose, porque dizia que, como sua mãe era super protetora, não gostava que ela falasse sobre assuntos como homens e namoro.

O casal se conheceu em um site de relacionamento cristão e estava se comunicando há dois anos. O nome do namorado era Nicholas Godejohn, de 24 anos, seis a mais que Gypsy, e morava na cidade de Big Bend, em Wisconsin.

Um dia depois de achar o corpo de Dee Dee, a polícia foi até a casa de Nicholas e ele se rendeu rapidamente. Gypsy estava com ele, mas não usava a cadeira de rodas que normalmente a acompanhava: não era preciso.

Seus remédios e o tanque de oxigênio também não estavam visíveis no ambiente. Os cabelos da menina estavam curtos e espetados — a cabeça careca servia para que parecesse doente desde criança. A farsa finalmente teve um fim. Era tudo uma grande mentira. 

Gypsy (à esquerda) e Dee Dee / Crédito: Divulgação

Castelo de mentiras

O pai de Gypsy, Rod Blanchard, explicou que a menina nasceu saudável, mas que aos seus três meses, Dee Dee se convenceu de que a filha tinha apneia do sono e que pararia de respirar no meio da noite. Mas era apenas o início de uma série de mentiras.

A mãe sempre encontrava algo de errado com Gypsy e o número de problemas de saúde diagnosticados por ela mesma aumentava cada vez mais. Quando passou a receber ajuda do governo e de instituições de caridade, seu apetite aumentou. As duas ganharam até viagens gratuitas para a Disney World.

Mas é difícil dizer o que aconteceu exatamente. Naquele momento, Gyspy não conseguia narrar os fatos com clareza — seu advogado até suspeitou que ela tivesse tomado tranquilizantes. Também não era possível determinar todos os remédios que ela tomou ao longo dos anos.

Os médicos suspeitaram que Dee Dee tinha síndrome de Münchausen por procuração: uma doença que faz com que a pessoa finja sintomas físicos e psicológicos para obter atenção e simpatia. Não é possível, no entanto, confirmar essa tese, visto que ela não deixou nenhum diário ou documento que possa confirmar o diagnóstico.

O crime

O assassinato foi planejado por Gypsy e o namorado. Ela pedia que ele matasse a mãe e ele respondia que era implacável, e que seu ódio por ela a forçaria a morrer. O namorado, porém, não tinha antecedentes agressivos, apenas uma prisão por conduta indecente em público.

Gypsy no tribunal em junho de 2016 / Crédito: Divulgação

Gypsy foi condenada à pena mínima possível a um homicídio: 10 anos. Atualmente, ela cumpre o decreto em uma prisão dos EUA e poderá pedir por sua liberdade em 2023, ano que completará 32 anos. “Acho que ela teria sido a mãe perfeita para alguém doente de verdade. Mas eu não sou doente. É uma diferença bem grande”, diz ela.


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