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Matérias / Grécia Antiga

Banda Sagrada de Tebas, o exército de homossexuais gregos que venceu tropas espartanas

O Exército de homens amantes, da Grécia, levou a melhor na Batalha de Tegyra mesmo com seus soldados em desvantagem

Joseane Pereira Publicado em 24/01/2020, às 08h00

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Pintura meramente ilustrativa de 1837 - Getty Images
Pintura meramente ilustrativa de 1837 - Getty Images

No ano de 375 a.C., o mundo grego vislumbrava uma terrível derrota do exército Espartano na Batalha de Tegyra. As tropas espartanas, que contavam com pelo menos mil homens, foram atingidas por uma pequena tropa de apenas 300 pessoas, conhecida como a Banda Sagrada de Tebas.

O confronto se deu próximo ao santuário do Oráculo de Apolo, e os homens de Tebas, liderados por Pelopidas, foram atacados pela grande unidade espartana. A batalha parecia perdida. No entanto, Pelopidas ordenou que seus cavaleiros atingissem o flanco exposto do inimigo e agrupassem seus hoplitas em uma formação de unidade compacta, que parecia invencível. Eles quebraram a linha inimiga matando rapidamente seu líder, e os Espartanos foram banidos de Tebas.

Foi uma vitória gloriosa, e Pelopidas contratou a Banda Sagrada para qualquer campanha militar que se seguisse. Mas quem eram essas pessoas? 

Valentes amantes

De acordo com documentos antigos, todos os componentes da banda sagrada eram amantes homossexuais, em 150 pares excepcionalmente bem treinados. Os relacionamentos eróticos entre homens e rapazes, frequentemente um mestre e seu aprendiz, constituíam parte importante da sociedade grega, vista como um ritual pelo qual todo jovem cidadão precisava passar.

Beijo entre Erastes e Eromenos / Créditos: Wikimedia Commons

O estabelecimento desse exército é creditado a Georgidas, chefe oficial da Beócia, que teria selecionado pessoalmente os casais da Banda, cada um consistindo de um Erastes (o mais experiente, ou Amante) e um Eromenos (o aprendiz, ou Amado), com idades não tão conflitantes. Habilidosos lutadores, eles eram pagos para proteger a cidade e abater os melhores combatentes inimigos, como foi o caso com os Espartanos.

A profunda conexão entre dois homens era interessante para o campo de batalha. Segundo o filósofo grego Plutarco, no livro A Vida de Pelópidas, "um grupo cimentado pela amizade baseada no amor é inquebrável e invencível, já que os amantes, envergonhados de serem fracos à vista de seus amados, e os amados diante de seus amantes, de bom grado se arriscam para o alívio um do outro".

Após grandes vitórias, a Banda Sagrada acabou perecendo na Batalha de Queroneia, em 338 a.C., contra o rei Filipe II da Macedônia e seu filho Alexandre, o Grande.

Os restos mortais do grupo, assim como um antigo monumento em sua homenagem, se encontram na cidade de Queroneia, na Grécia.


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