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Matérias / Crimes

John Haigh, o serial killer do Banho Ácido que aterrorizou a Inglaterra nos anos 1940

O assassino acreditava que, se não há corpo, o homicídio não poderia ser provado

Letícia Yazbek Publicado em 31/01/2020, às 12h00 - Atualizado às 16h00

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John Haigh - Getty Images
John Haigh - Getty Images

Condenado pelo assassinato de seis pessoas — apesar de ter dito que matou nove — o serial killer John George Haigh ficou conhecido como o Assassino do Banho Ácido nos anos 1940, na Inglaterra. Haigh usou ácido sulfúrico para dissolver o corpo das vítimas em grandes barris.

Nascido em Stamford, Lincolnshire, fez parte de uma família protestante e conservadora. Durante a infância, Haigh viveu confinado em casa e, mais tarde, disse ter sofrido com pesadelos religiosos. Apesar disso, era considerado um estudante dedicado e inteligente, com uma paixão pela música clássica.

Depois da escola, John foi aprendiz em uma empresa de motores — mais tarde, arranjou outros empregos, nas áreas de seguro e publicidade. Aos 21 anos, foi despedido, acusado de roubar da caixa registradora do local onde trabalhava.

Com a ilusão de que não seria pego pelas autoridades, o jovem passou a cometer pequenos furtos e fraudes. Entre 1934 e 1943, foi preso diversas vezes.

Enquanto estava na prisão, Haigh descobriu o que pensou ser a fórmula do homicídio perfeito: dissolver o corpo da vítima em ácido sulfúrico. Ele testou sua teoria com ratos e percebeu que demorava apenas 30 minutos para o cadáver desaparecer completamente.

Em 1944, já em liberdade, Haigh encontrou um antigo patrão, McSwan, em um bar. Alguns dias depois, McSwan desapareceu. Haigh, mais tarde, admitiu ter atraído o homem para um beco e o matado com um golpe na cabeça.

Depois, colocou o corpo em um barril e despejou ácido sulfúrico concentrado sobre ele. Após dois dias, voltou ao local para encontrar, no lugar do corpo, um líquido viscoso, que jogou em um poço.

Policiais investigam a cena de um dos crimes de Haigh / Crédito: Wikimedia Commons

Preocupados com o sumiço do filho, William e Amy, pais de McSwan, entraram em contato com Haigh. O serial killer roubou dinheiro do casal e os matou, se livrando dos corpos da mesma forma que havia feito com McSwan.

Em 1947, John Haigh estava com problemas financeiros. Viciado em jogo, ele precisava encontrar uma forma de obter dinheiro. Então, fingiu interesse em comprar a casa de Archibald e Rose Henderson, que estava à venda, e se aproximou do casal.

Em 12 de fevereiro de 1948, os atraiu para um estúdio que alugou na Leopold Road, em Sussex. Matou os dois a tiros e colocou os corpos em barris cheios de ácido. Em seguida, vendeu todas as posses do casal por 8 mil libras.

A última vítima conhecida do assassino foi Olive Durand-Deacon, uma rica viúva que vivia no mesmo lugar que Haigh, o Onslow Court Hotel, em Kensington. Ele se aproximou da mulher se passando por engenheiro, e ela dirigiu-se a ele com a ideia de desenvolver unhas postiças.

Em 18 de fevereiro de 1949, Haigh convidou Durand-Deacon ao estúdio da Leopold Road. Deu-lhe um tiro na nuca e tirou todos seus pertences, incluindo um casaco de pele, antes de colocá-la em um banho de ácido.

Assassino do Banho Ácido / Crédito: Wikimedia Commons

Constance Lane, uma amiga de Durand-Deacon, notou o desaparecimento da viúva e alertou os policiais. Os detetives rapidamente encontraram a ligação de Haigh com a mulher, e descobriram seus registros de roubo e furto.

Então, decidiram verificar seu estúdio, onde encontraram os tanques — em um deles, havia cálculos biliares e dentes, que foram confirmados como sendo de Durand-Deacon. Também foi encontrado um recibo de tinturaria para o casaco de pele da vítima.

Haigh acreditava que, na ausência de um conjunto de evidências, o assassinato não poderia ser comprovado. No entanto, mesmo sem os corpos, havia provas suficientes para que ele fosse julgado. O juiz precisou de apenas um minuto para condenar o assassino à morte. Em 10 de agosto de 1949, o Assassino do Banho de Ácido foi enforcado.


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