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Matérias / Personagem

Demônio no Mar Vermelho: quem foi Lilith?

As narrativas sobre a primeira mulher da Terra são nebulosas e variam de acordo com quem conta sua história

Isabela Barreiros Publicado em 27/12/2019, às 17h00

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Wikimedia Commons
Wikimedia Commons

Lilith é um dos espíritos femininos mais antigos do mundo. Podemos encontrar suas raízes na Epopeia de Gilgamesh, um antigo poema épico da Mesopotâmia, mas ela também é mencionada na Bíblia e no Talmud.

Segundo o Talmud, uma coletânea de textos sagrados do judaísmo rabínico, Lilith foi criada por Deus da mesma forma que Adão — exceto que, em vez do barro, as mãos divinas usaram lodo e fezes para moldá-la. Os dois são o primeiro casal do Éden.

No entanto, a mulher se cansou de ser tratada de forma inferior por seu marido, visto que ambos haviam sido criados da mesma forma: à imagem e semelhança de Deus. Rebelando-se, Lilith abandonou o Jardim e passou a viver como um demônio no Mar Vermelho.

Deus, então, deu a Adão uma nova esposa: Eva. No capítulo 2 do Gênesis, uma companheira idônea é mencionada no texto. Quando o primeiro homem vê Eva, ele diz: “Esta, sim, é osso dos meus ossos”, o que evidencia a possibilidade de Lilith ter sido criada antes do famoso casal do Éden.

Juntamente a outros demônios, ela é descrita como uma deusa da obscuridade ou como um demônio feminino. Em Isaías 34:14, na Bíblia, há um exemplo disso: ela é mencionada como uma entidade sombria. “E as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e Lilite pousará ali, e achará lugar de repouso para si.”

Além das narrativas bíblicas, ela é adorada como uma deusa na religião pagã Wicca. Originalmente a rainha dos céus sumeriana, representa o poder da mulher — poder este exercido sobre ela mesma — mostrando a independência e a autonomia feminina.

Atualmente, as narrativas de Lilith estão sendo resgatadas para possibilitar uma nova interpretação de sua história. O símbolo de independência e de rebeldia contra o que não considera justo faz parte tanto das lutas das mulheres no geral quanto da de Lilith, gerando, assim, uma possibilidade de readaptação e melhor entendimento do seu personagem.


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O livro de Lilith: o Resgate do Lado Sombrio do Feminino Universal, Barbara Black Koltuv, 2017

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Gênesis Proibido: A tragédia de Adão e Lilith,  Marcelo de Lima Lessa, 2018

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O olho de Lilith, Mika Andrade, 2019

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Lilith e Eva: imagens arquetípicas da mulher na atualidade, Valéria Fabrizi Pires, 2008

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