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Matérias / Bizarro

A morte de Mary Reeser, um inexplicável caso de suposta combustão espontânea

No início da década de 1950, a polícia encontrou o apartamento de Reeser intacto, com exceção da poltrona na qual a americana estava sentada antes de vir a óbito

Alana Sousa Publicado em 25/12/2020, às 13h00

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Mary Reeser - Wikimedia Commons
Mary Reeser - Wikimedia Commons

Na manhã de 2 de julho de 1951, a polícia recebeu um chamado de emergência e se direcionou para o apartamento localizado na rua Cherry, em São Petersburgo, na Flórida, Estados Unidos. Ao adentrar o local, a cena com a qual se depararam foi chocante. A residência estava intacta, com exceção de um lugar: a cadeira onde, horas antes, sentava Mary Reeser, estava agora incinerada.

Do corpo de Mary, de 67 anos, sobrou apenas parte de sua perna esquerda, o resto tornou-se cinzas. Os detetives não entendiam como apenas a mulher e a poltrona haviam sido destruídas nas chamas, mesmo com diversos produtos inflamáveis por perto, como papéis e plásticos — os quais sofreram apenas com mínimas queimaduras.

Perna de Mary Reeser / Crédito: Wikimedia Commons

Dada às estranhas circunstâncias, uma ampla investigação foi iniciada. Os restos mortais de Mary foram enviados para autópsia, que concluiu que seu corpo se desintegrou em uma única chama. Ela queimou por cerca de quatro horas, em uma temperatura, que possivelmente, chegou aos 1.000°C. O relatório final, comandado pelo detetive Cass Burgess, afirmou que o “incêndio teve uma causa desconhecida”.

Combustão humana espontânea?

Apesar de não ter sido possível apontar a causa da morte de Reeser, uma hipótese inusitada foi levantada. Ela teria morrido por combustão espontânea, isto é, quando o corpo humano se incendeia sem a interferência de fatores externos. A tese é discutida desde o século 17, mas ainda hoje, não há um consenso sobre a veracidade, ou probabilidade, disso ocorrer.

A equipe de legistas, liderada por Ed Silk, se pronunciou na época em forma de comunicado alegando que a “morte foi acidental causada por um incêndio de origem desconhecida”. Com o caso ainda em aberto, e a falta de conclusão por parte da polícia local de São Petersburgo, chefiada por JR Reichert, o FBI (Departamento Federal de Investigação) iniciou uma série de análises químicas para tentar solucionar o mistério.

O mais relevante órgão de investigação americano, sob a direção de J. Edgar Hoover, no entanto, discordou da teoria, dizendo que o óbito não foi resultado de combustão espontânea. Para o FBI, a morte foi derivada de um descuido de Mary, que teria caído no sono enquanto fumava um cigarro e, então, sua gordura corporal serviu de combustível para que o fogo se alastrasse.

Os restos do insólito episódio / Crédito: Wikimedia Commons

A tese, embora apresentasse alguma lógica, não convenceu a todos. O professor de antropologia física da Universidade da Pensilvânia, Wilton M. Krogman, escreveu em resposta ao laudo oficial do FBI, que não seria possível explicar, por exemplo, como outros itens inflamáveis, como uma pilha de jornal ao lado do corpo, não terem sido atingido pelas chamas e feito o fogo se espalhar pelo apartamento.

“Não consigo conceber uma cremação tão completa sem queimar mais o próprio apartamento. De fato, o apartamento e tudo nele deveriam ter sido consumidos. Eu considero isso a coisa mais incrível que eu já vi. Ao revisá-lo, os pêlos curtos do meu pescoço se arrepiam com um vago medo. Se eu estivesse vivendo na Idade Média, murmuraria algo sobre magia negra”, publicou Krogman.

Hoje, quase 70 anos depois, o caso continua como um dos grandes mistérios dos Estados Unidos, esperando que, um dia, possa ser solucionado.


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