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Matérias / Crimes

Assassinato na Casa Branca: o brutal homicídio em massa da família Bamber

Em 1980, na Inglaterra, cinco membros de uma família foram cruelmente mortos e apenas uma pessoa sobreviveu — o próprio assassino

Alana Sousa Publicado em 13/11/2020, às 16h30

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O assassino Jeremy Bamber - Wikimedia Commons
O assassino Jeremy Bamber - Wikimedia Commons

No início da madrugada do dia 7 de agosto de 1985, a delegacia de Chelmsford recebeu uma ligação relatando que um crime bárbaro havia acontecido na Fazenda da Casa Branca, na zona rural de Essex, Inglaterra. Cinco pessoas da mesma família tinham sido friamente assassinadas dentro da propriedade. Jeremy Bamber, o único sobrevivente, foi o autor da chamada e as autoridades em pouco tempo chegaram ao local.

Ao adentrar a fazenda, os detetives se depararam com uma cena chocante e sangrenta, os pais de Jeremy, Nevill e June Bamber (ambos com 61 anos), sua irmã, Sheila Caffell e os filhos gêmeos de seis anos, Nicholas e Daniel, estavam mortos. No total a família foi atingida 25 vezes por tiros efetuados à queima roupa.

Nevill Bamber, o pai, havia sofrido os maiores danos, além de ter sido baleado oito vezes, o homem apresentava sinais de ter enfrentado uma luta violenta. June, por sua vez, morreu com sete tiros, com um dos disparos efetuado entre os olhos. As crianças foram mortas enquanto dormiam. O corpo de Sheila Caffell intrigou mais os policiais, a mulher estava caída junto a um rifle calibre 22 e uma bíblia.

Nevill e June Bamber / Crédito: Wikimedia Commons

Segundo Jeremy, a irmã, uma ex-modelo que sofria de esquizofrenia, havia sofrido um surto e assassinado a família inteira. As autoridades acreditaram nessa primeira versão, sem desconfiar que o verdadeiro homicida estivesse mais perto do que eles pensavam.

Investigação

O assassinato em massa já estava concluído para os policias, porém, dias depois, uma atitude suspeita de Bamber fez com que uma investigação fosse iniciada. Durante o enterro da família, que foi acompanhado de perto pela mídia inglesa — um dos jornais locais havia publicado uma manchete na qual afirmava: “A modelo enlouquece e massacra sua família”. Jeremy aparentou tristeza profunda, mas quando as câmeras não estavam ligadas, sua postura mudava.

Jeremy durante o funeral de sua família / Crédito: Getty Images

Colin Caffell, ex-marido de Sheila e pai dos gêmeos, afirmou na época que “Jeremy começou a fazer piadas e rir”, o que deixou as pessoas presentes desconfortáveis. “Ele mal podia esperar para voltar para casa com Julie Mugford, sua então namorada, e divertir-se”, contou Caffell.

Uma perícia, então, foi realizada na Casa Branca e para surpresa da equipe foi encontrado algo que mudaria tudo o que se sabia sobre o crime. O silenciador da arma utilizada na matança foi descoberto no armário. O fato tirou a culpa de Sheila, pois não seria possível que a mulher tivesse matado a família, se matado e ainda escondido o artefato.

Jeremy Bamber passou a ser considerado o principal suspeito, seu comportamento foi analisado sem que ele tivesse conhecimento. A pista fundamental para declarar a culpa de Bamber e levá-lo a julgamento veio um mês depois.

Julie Mugford contatou a polícia e contou que Jeremy tinha comentado que gostaria de matar sua família para ganhar uma herança milionária. Na noite de 7 de agosto, o criminoso telefonou para a namorada e falou “É hoje à noite ou nunca”. As autoridades possuíam uma testemunha e acusaram formalmente Bamber dos assassinatos.

Julie Mugford, a namorada e principal testemunha / Crédito: Getty Images

Julgamento e condenação

Jeremy, que havia sido adotado aos seis meses de idade por Nevill e June, viveu por anos uma vida rica e tranquila, trabalhando na fazenda e exercendo papel importante nos negócios da família, até que aos 25 anos estava sentado em frente ao júri alegando ser inocente de um homicídio brutal, ao qual não tinha escapatória.

Mesmo os advogados de defesa alegando que Mugford tinha inventado a história por vingança ao ex-namorado, o juiz declarou Jeremy culpado das acusações e o condenou à prisão perpétua sem a possibilidade de liberdade condicional. Na época, o juiz descreveu o psicopata como “mau, quase inacreditável”.

Hoje, aos 58 anos, Bamber é prisioneiro da HM Prison Wakefield, em Yorkshire, na Inglaterra, e após todos esses anos, ainda insiste em sua inocência.


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