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Matérias / Estados Unidos

Hollywood em chamas: o escândalo sexual do diretor Roman Polanski

Diretor de filmes como O Pianista e O bebê de Rosemary, o cineasta foi alvo de um forte escândalo sexual envolvendo uma garota de 13 anos em 1977

Caio Tortamano Publicado em 09/02/2020, às 09h00

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Roman Polanski - Getty Images
Roman Polanski - Getty Images

Em março de 1977, um dos diretores mais badalados de Hollywood foi preso na agitada Beverly Hills. Samantha Gailey, de apenas 13 anos, denunciou o cineasta por assédio sexual durante um trabalho que fez como modelo em Los Angeles com Polanski no dia anterior a sua prisão.

No dia 10, o diretor pediu para a mãe de Gailey que a garota participasse de uma sessão fotográfica para a revista Vogue da França. A mãe concordou com o ensaio fechado, que começou desconfortável para a menina, que, sob ordens de Polanski, ficou de topless.

O caso aconteceu na casa do ator Jack Nicholson que emprestou sua residência ao diretor e amigo enquanto estava esquiando no Colorado. A namorada do ator, Anjelica Houston, chegou em casa enquanto a garota e o diretor estavam na sessão de fotos, e ficou curiosa quanto ao que acontecia no quarto fechado em que os dois estavam.

Gailey conta que Houston chegou a bater na porta para perguntar se estava tudo bem, mas que Polanski desconversou e afastou qualquer suspeita. 

Mugshot da prisão de Roman Polanski / Crédito: Wikimedia Commons

Em sua autobiografia intitulada Roman by Polanski, o autor afirmou que não drogou Gailey e que ela não estava desacordada quando tudo aconteceu, além de não negar ter ficado desconfortável com as investidas de Roman.

Apesar das desculpas do cineasta, na Califórnia é considerado estupro qualquer relação que um maior de idade tenha com alguém com menos de 14 anos. O advogado da vítima propôs um acordo para o julgamento de Polanski, para que o violador se declarasse culpado por abusar sexualmente de uma menor de idade.

O polonês passou 42 dias ,em período de avaliação, e foi solto depois de pagar fiança. Essa, pelo menos, era a expectativa dos advogados de Polanski, que se preocuparam depois de saberem sobre uma conversa entre um advogado e o juiz Laurence J. Rittenband.

Samantha Gailey hoje em dia / Crédito: Getty Images

O diálogo entre os dois indicou que Rittenband iria ignorar o acordo entre os advogados e sentenciar Roman a 50 anos de prisão. Seu advogado disse ao diretor que não seria mais possível confiar no juiz, e o artista se sentiu obrigado a sair dos Estados Unidos.

Pela cidadania francesa, partiu em direção a França, que tinha um acordo para negar extraditar seus cidadãos aos Estados Unidos. Por medo de uma reação da justiça americana, Polanski evita outros países e fica basicamente na França, Alemanha, República Checa e Polônia.

Em 2009, o diretor foi preso em Zurique, na Suíça, por ordem da justiça americana. Ele ficou preso na Europa por dois meses e depois cumpriu pena em regime domiciliar enquanto esperava pelo resultado do pedido de extradição. A ação foi negada pelos suíços que entenderam que Polanski seria trucidado judicialmente nos Estados Unidos e não representaria situação justa.


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