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Matérias / Bizarro

Quando uma voz misteriosa vinda de um fogão causou pânico na Espanha

Durante o episódio apelidado de "Duende de Zaragoza", o som presenciado pela família espanhola nunca identificado. Resultando em uma incógnita

Isabela Barreiros Publicado em 01/09/2019, às 08h00

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Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

Em Zaragoza, na Espanha, no ano de 1934, um mistério acontecia na casa da família Palazón. Eles começaram a ouvir vozes do andar de cima — os estranhos risos e gritos pareciam estar nas paredes da cozinha, mais especificamente no fogão ou na chaminé do apartamento em que moravam.

Mas a voz não era coisa da cabeça da família. Quando pediram ajuda dos vizinhos, eles também ouviram e questionaram o peculiar acontecimento.

O fenômeno ficou famoso na cidade, mas a maioria acreditava que isso não passava de uma brincadeira de mau gosto. Outros passaram a acreditar que se tratava de uma criatura sobrenatural: um duende. Espíritos benevolentes ou criaturas maléficas, as figuras poderiam ter uma variedade de características, — o duende de Zaragoza, como ficou conhecido, estaria mais próximo da segunda opção.

A família, desesperada por não saber como proceder, procurou a polícia. Quando as autoridades investigaram o fogão enigmático, não encontraram nada, nenhuma evidência de um possível brincalhão ou seu esconderijo. Artigos do jornal britânico The Times narram que, em uma das visitas, um dos trabalhadores afirmou que a abertura da chaminé deveria ser medida. A voz masculina simplesmente disse: “você não precisa se preocupar, o diâmetro é 15 cm”. O mais impressionante é que ela estava certa.

Policiais investigam a cozinha da família Palazón / Crédito: Reprodução

O prédio foi evacuado e passou a ser observado constantemente pelos oficiais. No entanto, a criatura se calou. Depois de dois dias em completo silêncio, a voz surpreendeu a todos exclamando “covardes, covardes, covardes, aqui estou eu!”. 

O caso estava se tornando histeria em toda a cidade. Como consequência, o governador, farto, decidiu divulgar um comunicado no qual apontava a solução para o duende de Zaragoza. Segundo ele, quem estava vociferando contra todos e enganando até as autoridades era a jovem empregada da família Palazón, Pascuala Alcocer. Ela estaria praticando um tipo de ventriloquismo inconsciente.

Pascuala Alcocer em frente à chaminé do doende / Crédito: Reprodução

Na maioria das vezes, a garota não estava perto do prédio enquanto a voz se comunicava. Mas para a prefeitura, o assunto estava acabado. Sem provas suficientes para validar o crime, Alcocer foi autorizada a voltar para sua cidade natal com o objetivo de fugir de olhares maldosos da cidade.

Eventualmente, tudo voltou ao normal. Parecia que o duende havia abandonado o fogão — e a cidade de Zaragoza. Mas seu mistério nunca foi solucionado.