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Matérias / Personagem

Lenda urbana: O mito maranhense de Ana Jansen

Parte do folclore local, a história de Ana Jansen é marcado por controvérsias durante o Brasil Império

Alana Sousa Publicado em 22/01/2021, às 11h00 - Atualizado às 19h08

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A Carruagem Fantasma (Körkarlen), de 1921 - Divulgação
A Carruagem Fantasma (Körkarlen), de 1921 - Divulgação

Ana Jansen, também conhecida como Donana, foi uma mulher a frente de seu tempo. Muito se especula sobre sua vida, mas a importância como mulher no século 19 está, até hoje, marcada na história do Brasil Império.

Donana nasceu em 1787, foi expulsa de casa pelo pai quando engravidou, pois a paternidade era desconhecida. Tornou-se uma mulher considerada desonrada, era mãe solteira e impura — por não ser mais virgem.

Ana Jansen / Crédito: Reprodução

Após um período de dificuldade extrema conheceu o coronel Isidoro Rodrigues Pereira, na época, o homem mais rico da província. Ana logo se transformou em sua amante, e mudou-se com o filho para uma casa cedida por ele.

Manteve a posição como amante até a morte da esposa de Isidoro, quando então, eles se casaram e permaneceram juntos por 15 anos. O relacionamento gerou seis filhos. Ana conquistou o respeito da sociedade do século 19 com seu casamento. Desenvolveu um papel crucial nos negócios da família.

Com a morte de Isidoro, Jansen passou a conduzir a maior produção de algodão e cana-de-açúcar do Império, além de possuir o maior número de escravos da região. Recebeu o apelido de Rainha do Maranhão.

Casarão de Ana Jansen / Crédito: Reprodução

Importante liderança política da cidade, Ana enfrentava todo tipo de preconceito com a fama de ser uma grande empresária, ela também era mal vista por ser uma mulher e desempenhar um papel de poder. Histórias sobre sua crueldade começaram a circular entre a população local.

A lenda mais famosa, no entanto, é a da carruagem de Ana Jansen. De acordo com o mito, por suas ações em vida, a mulher teria sido condenada a passar a eternidade vagando pelas ruas em uma carruagem fantasmagórica. Durante as noites de sexta-feira o veículo perambula pelas ruas conduzido por um escravo ensanguentado sem cabeça, e cavalos também decapitados. Outra versão substitui os cavalos por uma mula sem cabeça.

Capa do álbum da banda Facing Fear / Crédito: Eduardo Untura

Hoje Donana é vista como símbolo de resistência feminina, além de atrair diversos turistas e curiosos para os lugares por onde passou.


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