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Matérias / Crimes

Roland T. Owen: O macabro crime sem solução do quarto 1046

Em 1935, um homem foi morto no President Hotel, na cidade de Kansas, e o caso permanece, até hoje, um mistério

Daniela Bazi Publicado em 26/03/2020, às 16h00

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O caso de Roland T. Owen continua sendo um mistério - Divulgação/Youtube
O caso de Roland T. Owen continua sendo um mistério - Divulgação/Youtube

No dia 2 de janeiro de 1935, às 13h20, um homem com nada além de um pente e uma escova de dentes fez o check-in no President Hotel, em Kansas City, nos Estados Unidos, com o nome de Roland T. Owen. Ele pediu por um quarto em um andar alto, e recebeu o 1046, no 10º andar. Essa foi a única vez em que foi visto no saguão em toda sua estadia. 

Apesar de seu comportamento estranho, ninguém da equipe do hotel chegou a reparar em suas atitudes, quando foi encontrado morto em seu quarto banhado de sangue. 

Em 3 de janeiro, a camareira Mary Soptic se encaminhou para limpar o quarto de Owen por volta do meio-dia. A maioria dos quartos do hotel se encontrava vazio durante esse horário, já que grande parte dos hóspedes passavam o dia inteiro fora. Entretanto, ao chegar no 1046, a funcionária encontrou a porta trancada por dentro. 

Ela bateu na porta até Roland abrir e, apesar das insistências para que voltasse mais tarde, Mary conseguiu entrar. O quarto estava quase todo escuro, com a única luz vindo de um pequeno candeeiro. Enquanto limpava, Owen avisou que estava esperando a visita de um amigo, e perguntou se ela não se importaria em não trancar a porta. 

Hóspede misterioso

No dia seguinte as estranhas interações continuaram. Por volta das 10h30, ao ir novamente ao quarto 1046 para fazer a limpeza, o encontrou trancado pelo lado de fora, como deveria ser quando um hóspede deixasse o hotel, e o abriu com a chave mestra. Entretanto, ao entrar, encontrou Owen sentado em uma cadeira no canto do quarto no escuro. 

Durante a limpeza, Mary pôde escutar o homem falar no telefone, onde se recusava a sair para comer. Ao desligar, Roland começou a ter sua primeira conversa de verdade com a camareira enquanto perguntava sobre seu trabalho e se queixava sobre o preço do hotel vizinho, assim como fez quando chegou no President. 

Ao deixar o quarto, Soptic percebeu que se a porta estava trancada pelo lado de fora, alguém deveria ter prendido Owen em seu quarto. Quando voltou ao 1046 mais tarde no mesmo dia para levar toalhas limpas, ouviu duas vozes em vez de apenas uma como era de costume. 

Esboço feito pela polícia de Roland T. Owen divulgado após a sua morte / Créditos: Biblioteca Pública de Kansas City

Quando anunciou que estava ali apenas para deixar toalhas novas, escutou uma voz alta e profunda mandando que saísse, e que eles já tinham toalhas o suficiente. Mary sabia que havia retirado todas as toalhas durante sua visita pela manhã, mas mesmo assim os deixou em paz pois não queria atrapalhar a conversa particular. 

Na mesma tarde, o hotel recebeu dois hóspedes que foram importantes testemunhas para o caso. A primeira pessoa foi uma mulher que ficou hospedada no quarto ao lado do de Owen, e relatou ter escutado barulhos muito altos de homens e mulheres se xingando, e que pensou em telefonar para a recepção, mas não o fez. 

O segundo foi um homem, no qual disse ter visto uma moça que descreveu como “mulher comercial”, e que costumava visitar os quartos de hóspedes masculinos tarde da noite. 

Já na manhã seguinte o carregador do hotel recebeu uma ligação da operadora de telefonia no qual dizia que o telefone do quarto 1046 estava fora do gancho por dez minutos sem uso. Ele se dirigiu ao quarto que estava novamente trancado e não haviam sinais de Owen. O carregador então, supondo que ele estivesse apenas bêbado, gritou para que arrumasse o telefone e voltou a seus afazeres. 

Uma hora e meia depois, a operadora de telefonia ligou novamente e disse que o telefone continuava fora do gancho e não havia sido desligado. Desta vez, o carregador entrou no quarto com a chave mestra e o desligou. Roland estava deitado nu na cama e aparentemente bêbado. Ao sair, o funcionário relatou Owen a seu gerente. 

Surpreendendo o hotel, a operadora acabou ligando mais uma vez para falar sobre o telefone fora do gancho e sem uso. Entretanto, ao entrar no quarto, o carregador encontrou o quarto completamente banhado de sangue. Owen estava encolhido no canto, com as mãos na cabeça e com marcas de facadas espalhadas pelo corpo. 

Manchete de um jornal em que noticia o misterioso crime do quarto 1046 no President Hotel / Créditos: Divulgação/Youtube

A polícia foi chamada imediatamente, que levou o homem às pressas para o hospital. Lá, foi descoberto que Roland havia sido violentamente torturado. Seus braços, pernas e pescoço haviam sido amarrados por algum tipo de corda, seu peito estava com diversas facadas que acabaram perfurando seu pulmão, e seu crânio havia sido perfurado. Ele foi declarado morto logo após sua chegada. 

Investigação

Durante a investigação do crime, tudo continuou muito estranho. No quarto não haviam roupas e os itens do hotel também haviam sumido. A única pista foram marcas digitais no telefone que nunca conseguiram ser identificadas. 

Além disso, descobriram que Roland T. Owen nunca existiu. Ele havia se hospedado com um nome falso não só no President Hotel, como também no hotel vizinho, no qual se apresentou com o nome de Eugene K. Scott.

Diversas pessoas tentaram identificar o corpo, mas nunca foi chegada a uma conclusão. Dois meses depois, com a investigação já fria, os policiais decidiram enterrar o corpo que, durante os preparativos do funeral, recebeu um buquê de flores junto com uma doação para os preparativos, junto de um bilhete que dizia “Amor para sempre - Lucille”. 

Um ano depois, uma mulher apareceu afirmando que o homem era seu filho desaparecido há anos. Segundo ela, seu nome era Artemis Ogletree. Entretanto, não foram encontradas evidências o suficiente para que a alegação fosse realmente comprovada. Até hoje o caso não teve solução e é aberto anualmente pela polícia do Kansas para averiguação.


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