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Matérias / Personagem

Rudolf Hoess, o sádico e sistemático comandante de Auschwitz

Agindo de maneira fria, Hoess é tido como um dos maiores responsáveis pelo holocausto e, seu número imprescindível de mortes chega a quase 3 milhões

Caio Tortamano Publicado em 23/02/2020, às 11h00

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O Comandante Rudolf Hoess - Wikimedia Commons
O Comandante Rudolf Hoess - Wikimedia Commons

Se os horrores do nazismo foram como foram, Rudolf Hoess teve papel fundamental para isso. Nascido em 1901, Hoess foi voluntário do exército alemão ao fim da Primeira Guerra, e, depois da derrota alemã, foi lutar contra a expansão comunista, dessa vez, como sargento.

Desde cedo era afiliado ao partido nazista, se destacando entre as frentes da SS assim que o nazismo ascendeu ao poder. Suas primeiras funções no partido tiveram a ver com atuações nos campos de concentração, começando como um simples guarda no campo de Dachau.

Seu senso de responsabilidade conferiram credibilidade ao seu trabalho, que era extremamente elogiado pelos superiores. Depois de ter ascendido ao posto de capitão, foi designado para o campo de Sachsenhausen.

Hoess pouco antes de seu enforcamento / Crédito: Wikimedia Commons

Pouco tempo depois se aliou à Waffen SS (parte da SS dedicada exclusivamente a cuidar da segurança de Adolf Hitler), e passou a comandar a terrível Auschwitz. Seu trabalho lá era o mais repulsivo o possível, administrava os processos de genocídio de judeus e outros alvos do nazismo com contatos diretos com Josef Mengele, conhecido como o Anjo da Morte.

Usando ácido sulfúrico nas execuções, bolas de algodão embebedadas com o elemento e jogadas dentro das salas em que reuniam os judeus nus, a morte era praticamente instantânea. Os corpos eram queimados ao ar livre, em uma grande fornalha.

Os macabros conhecimentos que possuía por promover as mais sinistras execuções foram capazes de levar Hoess a introduzir um novo composto nessas mortes, o Zyklon-B, um cianeto altamente venenoso.

Depois de um tempo ligado a outros campos de concentração, Rudolf voltou para Auschwitz e liderar a chamada Ação Hoess, responsável pela morte de 430 mil judeus húngaros em menos de dois meses.

Com a derrota dos alemães, o nazista virou fugitivo e estava vivendo escondido, até ser encontrado pela polícia militar britânica se passando por um jardineiro. Durante seu julgamento, Hoess afirmou ter sido responsável pela morte de, pelo menos, 3 milhões de judeus que passaram pelos campos de concentrações.

Sentenciado à morte por enforcamento, o nazista parecia estar arrependido de suas ações como disse em uma de suas confissões: "Na solidão de minha cela, eu cheguei ao amargo reconhecimento de que pequei gravemente contra a humanidade (...)  infligi feridas terríveis à humanidade. Causei sofrimento indescritível ao povo polonês em particular. Eu pagarei por isso com minha vida. Que o Senhor Deus me perdoe um dia pelo que fiz.".


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