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Matérias / Cultura

Liga da Justiça de Zack Snyder: Entenda como a história inspirou heróis famosos dos quadrinhos

Referências da cultua pop atual, os super-heróis sempre mexeram com o imaginário popular. Mas como eles surgiram?

Marco Moretti e Thiago Lincolins // Atualizado por Fabio Previdelli Publicado em 18/03/2021, às 13h34 - Atualizado às 18h36

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Pôster de divulgação de Liga da Justiça de Zack Snyder - Divulgação/ Warner Bros.
Pôster de divulgação de Liga da Justiça de Zack Snyder - Divulgação/ Warner Bros.

A espera finalmente acabou, após quase quatro anos do lançamento de Liga da Justiça, a nova versão do longa, dirigida por Zack Snyder, que deu início à trama, está disponível em plataformas digitais do mundo inteiro. 

O longa de 2017, comandado por Joss Whelson, foi concluído sem o envolvimento de Snyder, que aproveitou o relançamento para adicionar novos efeitos especiais e incluir novos personagens, como o grande vilão da DC: o Darkseid. Com isso, o longa praticamente dobrou sua duração, presenteando os fãs com 4 horas de um verdadeiro espetáculo cinematográfico.  

Em entrevista ao Omelete, o diretor disse que sua versão, popularmente chamada de Snyder Cut, trata mais do luto e de como os heróis tentam “encontrar um certo conforto um no outro”, de como eles buscam “encontrar uma família”.  

O diretor /Crédito: Getty Images

Certamente um assunto que diz muito a respeito à vida do cineasta que, além dos conflitos com a Warner, deixou o projeto para se dedicar, principalmente, aos seus familiares, que sofreram muito depois da morte de sua filha, conforme explica o próprio Omelete. 

“A decisão de sair foi 100% minha. Eu sabia a luta que estava enfrentando com eles. E minha família precisava de mim e eu precisava deles. Eu estava em um conflito em casa, e então ir para o meu local de trabalho e estar em um segundo conflito parecia uma coisa ultrajante a fazer comigo mesmo e aos meus entes queridos”, explicou o diretor ao The New York Times.  

A origem dos heróis 

Sejam os membros da Liga da Justiça ou até mesmo os Vingadores, não importa, os super-heróis sempre mexeram com o imaginário popular, afinal, quem nunca imaginou o que faria se pudesse voar, se teletransportar ou até mesmo ser invisível e ler mentes? 

Mas acalme-se, lembre-se que “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Pois bem, saiba que os super-heróis foram criados justamente para isso, para serem os grandes responsáveis por proverem coisas que as pessoas ansiavam — ou temiam — na vida real.  

Pensando nisso, o site do Aventuras separou 8 momentos da história que inspiraram a criação de personagens que, hoje, são tidos como referência na cultura pop. Confira nossa lista! 

1. Superman (1938)

Primeiro super-herói dos quadrinhos, o Superman inaugurou a chamada Era de Ouro das HQs. O desemprego e a fome que atingiram os Estados Unidos nesse período fizeram a violência crescer a níveis assustadores, conforme explica John Strausbaugh em artigo do The New York Times.

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

Essa angústia foi a deixa para o salvador alienígena da humanidade, sem quaisquer defeitos ou limites para seus poderes, que eram inventados conforme a necessidade — nem voar, ele voava, no começo.


2. Batman (1939)

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

Também seguindo a onda de combate à violência, o primeiro herói mascarado, Batman, surge para aterrorizar os criminosos. Batman era um tanto nostálgico em não ser "super", algo dos quadrinhos da era pré-Superman, como Dick Tracy. Nas primeiras histórias, usava armas e matava sem culpa, como explica matéria do Legião dos Heróis.


3. Capitão América (1941)

Mesmo antes de seu país ingressar no conflito, o Capitão América combatia os nazistas com um escudo em forma de diamante (só depois ficou redondo), um uniforme bandeiroso e a vontade férrea de dar fim aos inimigos da democracia.

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

Sua primeira edição foi distribuída em dezembro de 1940, um ano antes de Pearl Harbor, como ecplica matéria do UOL. A patriotada toda era demais para o pós-guerra e ele foi, literalmente, botado no gelo entre 1950 e 1964. Em 1973, diante do escândalo de Watergate, chegou a renunciar o patriotismo e assumir outra identidade.


5. Mulher-Maravilha (1941)

A primeira super-heroína fez sua estreia no mesmo mês em que os japoneses atacaram a base naval americana de Pearl Harbor, no Havaí, o que levou à entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra.

Seu autor, William Moulton Marston, era uma figura incomum: vivia num relacionamento poliamoroso com duas mulheres, cada uma com dois filhos, e criou a super-heroína como um símbolo do que entendia do feminismo, a mulher "de uma nova era", como dramatiza o filme "Professor Marston e as Mulheres Maravilhas" (2017).

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

Deu a ela um poder e uma fraqueza baseados no sadomasoquismo, um de seus interesses acadêmicos: o laço da verdade, que a torna indefesa se amarrada com ele (quase sempre por homens).


5. Quarteto Fantástico (1961)

O Quarteto Fantástico inaugura a Era Marvel, na qual, em vez de aliens ou justiceiros mascarados, os heróis eram seres humanos comuns que adquirem superpoderes após exposição a raios cósmicos ocorrida num voo espacial.

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

No mundo real, Estados Unidos e União Soviética, em plena Guerra Fria, davam início à corrida espacial e os raios cósmicos eram a palavra do momento, em discussões sobre como afetaria os astronautas, se sobreviveriam à radiação no espaço, conforme explica matéria do UOL. No mesmo 1961, em 12 de abril, o voo de Yuri Gagarin já havia provado que sobreviveriam.


6.  X-Men (1963)

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

Aqui, a nova geração de heróis já nasce superpoderosa, dotada de um fator mutante em seus genes que os torna odiados e perseguidos pela humanidade. São os X-Men, que sofrem na pele o preconceito racial que então dividia os americanos entre brancos e negros. É a época da luta dos Direitos Civis, e Martin Luther King e Malcolm X, líderes negros que polarizaram a cruzada pela tolerância racial nos anos 60. A metáfora é óbvia. Entenda mais em matéria publicada pelo AH.


7. Homem de Ferro (1963)

Em meio a Guerra do Vietnã, o milionário Tony Stark sofre uma lesão no peito enquanto inspecionava um armamento desenvolvido por sua empresa, a Stark Industries, no Vietnã do Norte. Forçado a construir uma armadura, foge com ela, e, se você viu o filme, é basicamente a mesma história que hoje se passa no Afeganistão.

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

Segundo Stan Lee, conforme aponta matéria do Omelete, o personagem foi criado para ser exatamente o oposto do espírito dos anos 60: um capitalista, fabricante de armas, herói individualista,  cujos inimigos são comunistas. A maior inspiração para Stark é o excêntrico milionário Howard Hughes, O Aviador interpretado por Leonardo di Caprio, que, entre outros negócios, fabricava armas.


8. Pantera Negra (1966) 

Outra ideia da era dos Direitos Civis, o personagem é o primeiro super-herói de descendência africana em qualquer editora grande nos EUA, conforme aponta matéria da Rolling Stones.

A associação óbvia com o Partido dos Panteras Negras, organização maoísta na defesa do direito dos negros, é mera (e embaraçosa, na visão da Marvel então) coincidência. Estreando em julho de 1966, precedeu em dois meses o surgimento do Partido, em outubro.

Crédito: Marvel Studios, Warner Brothers

Com a má-fama dos Panteras Negras comunistas entre o público branco, a Marvel tentou desassociar o personagem do nome. Em uma participação especial no quadrinho 119 do Quarteto Fantástico (fevereiro de 1972), o seu nome foi alterado para "Leopardo Negro". Mas não colou. 


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