Considerado um dos maiores poetas britânicos, o romancista teria se envolvido com 250 mulheres e inúmeros homens
Victória Gearini Publicado em 09/04/2020, às 20h15 - Atualizado em 17/01/2022, às 13h40
George Gordon Byron, mais conhecido como Lord Byron ou o 6º Barão Byron, foi um dos maiores poetas britânicos do período do romantismo. Influente por toda a Europa, o escritor ganhou fama pelos seus escândalos sexuais e se consagrou pelos seus extensos poemas memoráveis, entre eles Don Juan, A Peregrinação de Childe Harold e o She Walks in Beauty.
Nascido no dia 22 de janeiro de 1788, na Inglaterra, Byron era filho do capitão John Byron — conhecido popularmente como Mad Jack — com a sua segunda esposa, Catherine Gordon. Seu pai era um soldado violento e impiedoso. Antes de se casar com sua mãe, John Byron se relacionou com a Marquesa de Carmarthen, com quem teve duas filhas, mas somente a primeira sobreviveu.
Durante suas visitas a um balneário, John Byron conheceu a jovem Catherine de Gordon, uma órfã e herdeira escocesa, com quem se relacionou por um bom tempo. O fruto dessa relação foi o nascimento de George Gordon Byron, o mais novo herdeiro da propriedade Gight em Aberdeenshire, na Escócia.
Catherine era extremamente rica e sempre mimou muito seu filho, no entanto, após seu marido endividar a família e perder boa parte de sua fortuna, passou a enfrentar inúmeras dificuldades financeiras. Sozinha e em momentos de crises melancólicas, a mulher afogava suas mágoas na bebida, fato que envergonha Byron.
Após a morte de seu tio avô, o garoto de apenas 10 anos de idade herdou a Baronha inglesa de Byron de Rochdale, tornando-se o lendário Lord Byron. Ao receber este título, o rapaz se desprendeu de seu sobrenome duplo e passou a ser conhecido como o 6º Barão Byron de Rochdale, herdando a bela casa de seu ancestral.
Ainda criança, Byron apanhava de sua mãe, que em momentos de fúria o espancava, mas quando retomava a consciência voltava a mimá-lo. Aos nove anos, o garoto foi molestado pela sua governanta, chamada May Gray. Já na fase adulta, Byron carregava traumas profundos de sua infância, encontrando no sexo uma válvula de escape.
Embora tivesse um problema na perna que o fazia mancar, o jovem belo e atraente atraia a atenção de todos a sua volta. Estima-se que o rapaz tenha se relacionado com mais de 250 mulheres, entre elas Lady Caroline Lamb e sua própria prima, Anne Isabella Milbanke, com quem se casou. Além disso, Byron era adepto ao amor livre, motivo pelo o qual chegou a se relacionar com inúmeros homens.
Em 1815, Byron se casou com Anne Isabella Milbanke, com quem ficou apenas um ano junto. Após inúmeras traições, sua esposa lhe pediu o divórcio, que foi aceito pelo o poeta. Entre as especulações, acredita-se que Lady Byron teria flagrado o marido praticando incesto com sua meia irmã, chamada Augusta Leigh. Tal fato nunca foi comprovado.
Festeiro e cobiçado, todos chegaram a especular, na época, que Byron utilizava como taça de vinho um crânio humano, fato que virou moda entre os romancistas. Entre orgias e bebidas, o rapaz se envolveu, ainda, com a Condessa Teresa Guicciolli, que na época era casada.
Em 1824, deixou os livros de lado para participar da Guerra de independência da Grécia, onde acabou falecendo. Pouco antes de sua morte, companheiros de Byron encontraram seus escritos, repletos de teor sexual. Com medo que os fatos descobertos pudessem estragar a reputação de Byron, atearam fogo, e seus pensamentos mais profundos foram perdidos.
