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Matérias / Personagem

Homens e mulheres: os enigmáticos amores de Alexandre, o Grande

O questionamento é tão grande que se tornou até mesmo um debate histórico

Isabela Barreiros Publicado em 17/05/2020, às 10h00

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Estátua do imperador Alexandre, o Grande - Getty Images
Estátua do imperador Alexandre, o Grande - Getty Images

Quando falamos em vida íntima de personalidades importantes, sempre é difícil afirmar o que é verdade e o que se trata de suposição. Isso vale para figuras da modernidade, mas quão mais antiga ela for, a dificuldade de diferenciar esses dois aspectos aumenta.

É o caso de Alexandre, o Grande. O que podemos dizer com certeza: o rei macedônio se casou três vezes, todas elas com mulheres. Roxana, Estatira II e Parisátide foram os nomes das esposas do maior líder militar da Antiguidade. Ainda assim, a análise fica muito rasa se considerarmos apenas seus relacionamentos institucionalizados, por uma série de motivos.

Primeiro, porque ele provavelmente teve muito mais casos ao longo da vida, até mesmo durante esses casamentos. A realeza abre as portas com muito mais facilidade para o adultério, que muitas vezes é abafado ou esquecido pela história. Em segundo lugar, os nobres também se casavam por questões que vão muito além do amor ou somente do interesse pela outra pessoa. Muitas vezes, as uniões eram estratégicas.

Juventude

O casamento de Alexandre com Roxana / Crédito: Wikimedia Commons

Antes de se casar, segundo o biógrafo grego antigo Plutarco, Alexandre só se relacionou com uma mulher, Barsine, filha do general Artabazos II da Frígia. "De qualquer forma, Alexandre, ao que parece, achou mais digno de um rei subjugar suas próprias paixões do que conquistar seus inimigos, e assim nunca chegou perto dessas mulheres, nem se associou a nenhuma outra antes do casamento, com exceção apenas de Barsine”, escreveu.

O grego afirmou: “esta mulher, a viúva de Memnon, o comandante mercenário grego, foi capturada em Damasco. Ela havia recebido uma educação grega, tinha uma disposição gentil e podia reivindicar descendência real, pois seu pai era Artabazus, que se casara com uma das filhas dos reis persas. Essas qualidades fizeram Alexander mais disposto, e ele foi incentivado por Parmenio, então Aristóbulo diz-nos para formar uma conexão com uma mulher de beleza e linhagem nobre”. Algumas teorias afirmam que os dois teriam tido um filho, Heracles, em 327 a.C., mas isso é pouco aceito por historiadores.

O autor romano Aelian, porém, colocou outra mulher na história do futuro rei enquanto ele ainda era novo. Ela pode ter sido uma das primeiras com quem ele teve um relacionamento íntimo — tanto que o professor ainda sugere que foi com Campaspe que Alexandre perdeu a virgindade. Acredita-se que ela tenha sido uma cidadã importante na cidade de Larisa, na Tessália.

Casamentos

As Bodas de Susa, em 324 a.C / Crédito: Wikimedia Commons

Como já foi dito, ele se casou três vezes. O primeiro matrimônio, com Roxana pode ter tido um sentido bastante político, mas, segundo o historiador alemão Ulrich Wilcken, ele também era apaixonado pela mulher.

“O prêmio mais justo que caiu para ele foi Roxana, a filha de Oxyartes, na primeira florada da juventude, a mulher mais bonita que eles tinham visto na Ásia. Alexandre se apaixonou apaixonadamente por ela e decidiu elevá-la à posição de sua consorte”, escreveu.

Os outros casamentos de Alexandre se consumaram na mesma cerimônia, que ficou conhecida como Bodas de Susa, em 324 a.C. Ele se uniu a Estatira II e Parisátide, que eram primas, na mesma ocasião, após Dario III da Pérsia, pai da primeira, perder uma importante batalha. Elas ficaram cativas e, posteriormente, tornaram-se esposas do rei.

Controvérsias

Alexandre e Heféstio / Crédito: Wikimedia Commons

O pesquisador britânico Peter Green considera que Alexandre não tinha muito interesse por mulheres. Segundo o historiador Curtius, "ele desprezou os prazeres sensuais a tal ponto que sua mãe estava aflita que ele não pudesse gerar filhos”. São alguns os fatores que levaram estudiosos a questionarem a sexualidade do rei, que ainda é muito debatida.

Ainda assim, acredita-se que ele tenha tido um relacionamento íntimo com Heféstio, seu braço direito e ocupante de um importante posto no Exército. Quando ele morreu de febre, na volta de uma campanha na Índia, o líder macedônio caiu em desespero: ficou sem comer e beber por vários dias. Mandou proporcionar a seu amado um funeral majestoso.

Os preparativos foram tantos que a cerimônia só pôde ser realizada seis meses depois da morte. Ele fez questão de dirigir a carruagem fúnebre, decretando luto oficial em seu reino. A morte de Heféstio pode ter sido uma das razões para o declínio de sua saúde.

Por seus conhecidos envolvimentos tanto com homens quanto mulheres, acredita-se que ele tenha sido bissexual, algo comum para seu tempo.


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