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Matérias / Personagem

'Madre Teresa brasileira': Zilda Arns, a mulher que ajudou a melhorar a saúde pública no Brasil

Indicada pelo governo ao prêmio Nobel da Paz, a médica dedicou sua vida para melhorar a saúde no Brasil

Penélope Coelho Publicado em 06/01/2021, às 11h18

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Fotografia de Zilda Arns, em 2004 - Wikimedia Commons
Fotografia de Zilda Arns, em 2004 - Wikimedia Commons

Nascida em 25 de agosto de 1934, no município catarinense de Forquilhinha, Zilda Arns Neumann, veio de uma família de alemães que se mudaram para o sul do Brasil, durante o século 19.

Caçula de 13 irmãos, Zilda viveu uma infância simples, cercada pela natureza, contudo, desde pequena já tinha responsabilidades para cumprir em sua casa. Foi na juventude, entretanto, que seu interesse pela medicina surgiu, dando início a uma saga que melhorou os caminhos da saúde pública no Brasil.

O início

Durante a adolescência, Zilda passou a acompanhar sua mãe nos partos que auxiliava na região. Foi assim que a mulher descobriu sua paixão por cuidar de outras pessoas. Depois de muito insistir e contar com a ajuda de seus irmãos, Arns conseguiu convencer seu pai sobre seu sonho de cursar medicina.

Após iniciar seus estudos na área médica na Universidade Federal do Paraná, Zilda passou a realizar trabalhos voluntários em estágios voltados para a população carente e pediatria. Nesse período, a catarinense viu de perto a triste situação enfrentada pelas crianças menos favorecidas.

Na mesma época, a mulher conheceu seu marido Aloysio Bruno Neumann, com quem só se casou depois de se formar, no ano de 1959. Após receber seu diploma, a médica decidiu se aprofundar no tema da saúde pública, dedicando-se a melhorar principalmente a vida das crianças, a fim de combater um cenário de desnutrição, violência e morte.

Zilda Arns em trabalho voluntário com crianças / Crédito: Divulgação/Youtube/Canal Futura

Depois de 19 anos de casamento, Zilda recebeu a triste notícia do falecimento de seu marido, que sofreu de um infarto agudo, aos 46 anos. A tragédia familiar, entretanto, não foi impedimento para que a sanitarista continuasse seu trabalho, pelo contrário, após a perda do marido, a mulher iniciou seu maior projeto.

Feitos inesquecíveis

A médica que vinha de uma família fervorosamente católica, sempre esteve em contato com a igreja. E foi com o auxílio do cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, que fundou a Pastoral da Criança em 1983, na cidade de Florestópolis (PR).

Com o crescimento gradual da instituição — que atualmente está presente em todo o Brasil —, a mulher fez um trabalho notável no auxílio para a saúde das pessoas carentes, levando principalmente para crianças e mães o tratamento adequado para as doenças enfrentadas.

Criando políticas públicas ativas, Neumann ficou conhecida também por cobrar atitudes dos políticos pela melhoria da condição de vida das crianças, exigindo ações contra a mortalidade e desnutrição infantil.

Com sua contribuição, a doutora coordenou uma campanha de vacinação realizada com um método próprio, que posteriormente foi adotado pelo Ministério da Saúde, para combater a epidemia de poliomielite na época.

Além disso, Arns ainda implementou com sucesso programas de planejamento para a saúde escolar e da família, como a prevenção do câncer ginecológico o auxílio para aleitamento materno.

Colhendo frutos

Depois de tantas realizações, a mulher ficou conhecida como a Madre Teresa brasileira. Zilda foi reconhecida pela comunidade médica internacional e viu seus métodos serem usados como exemplo em outros países.

Zilda em entrevista para o programa Roda Viva / Crédito: Divulgação/Youtube/Roda Viva/20/10/2001

Além disso, a médica foi indicada a vários prêmios, incluindo a indicação pelo governo brasileiro para o Nobel da Paz, sendo selecionada como uma das 100 mulheres para impulsionar a indicação feminina ao prêmio.

Contudo, em janeiro de 2010, durante uma viagem para o Haiti com o intuito de participar de uma conferência, foi surpreendida por um terremoto que assolou a região.

A pediatra foi uma das vítimas de um acidente, quando o teto de um estabelecimento desabou. Zilda Arns faleceu aos 75 anos, em 12 de janeiro de 2010, deixando um legado inesquecível para a melhoria da saúde pública no Brasil.


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