Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Música

If You Seek Amy enfureceu pais: Como a música de Britney Spears causou frenesi nos EUA

O lançamento foi responsável por reabrir o debate sobre mensagens subliminares em músicas populares que seriam 'admiradas por crianças'

Redação Publicado em 17/03/2021, às 15h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Britney no clipe de "If You Seek Amy" - Divulgação / YouTube/ Britney Spears
Britney no clipe de "If You Seek Amy" - Divulgação / YouTube/ Britney Spears

A arte da provocação subliminas no mundo musical sempre foi explorada com o advento da indústria fonográfica; desde mensagens ocultas, como as de "Cálice" de Chico Buarque para falar do "Cale-se" da ditadura, até em clássicos como "Severina Xique-Xique", com Genival Lacerda brincando com anedotas presentes na linguagem.

No âmbito internacional, Britney Spears acabou sendo acusada de provocações durante o seu grande retorno no ano de 2008, visto que, no ano anterior, foi alvo de chacota da imprensa estadunidense após internações em clínicas psicológicas, perda da guarda dos filhos e uma escarnecida apresentação do Video Music Awards de 2007, de pouca movimentação.

Para o ano seguinte, planejou o lançamento do disco “Circus”, inspirada no “circo midiático” que sua vida havia se transformado. No primeiro single, ‘Womanizer’, apresentou um corpo 'em forma' no videoclipe, sem nenhuma roupa. No segundo single, homônimo ao álbum, coreografias rápidas e movimentação. Porém, a provocação mais notável ficou com a 6ª faixa da obra.

Trocadilho?

Na música “If U Seek Amy” (“Se você procurar Amy”), a cantora fala sobre desejo nos planos carnais e sociais, concluindo o último verso do refrão com a frase-título. O único problema que a aplicação na frase não tinha sentido nenhum.

"Todos os garotos e todas as garotas estão ‘se você procurar Amy" fora o contexto avaliado pela Comissão Federal de Comunicações (FCC), que permitiu a comercialização livre da música no álbum.

A questão era a pronuncia. Conforme repercutido pelo Washigton Post em 2009, quando encarada a rigor, como fez agentes do órgão regulador de radiodifusão, parecia inofensiva, mas quando cantada no ritmo da canção, revelava-se um trocadilho do principal palavrão na língua inglesa, despertando a fúria de norte-americanos.

“If” é a pronúncia da letra F, “you” representa U, o trecho “See” é C e, por fim, a união do “K” em “seek” com o nome “Amy” formaria a perfeita projeção da palavra “fuck” (foder, em tradução) soletrada.

Na voz de Britney, “If U Seek Amy” virou “F-U-C-K me”, passando pelo conselho de classificação indicativa livremente, sem a marcação de “letra explícita”.

"Não há interpretação errada (por parte das pessoas) da letra dessa música, certamente não é sobre uma garota chamada Amy", explicou na época da polêmica Tim Winter, então diretor do órgão Parents Television Council, à Rolling Stone. Segundo ele, a música "viola a lei de indecência de transmissão".

Foi suficiente para iniciar um longo debate quando a música passou a ser amplamente reproduzido em veículos de segmentação jovem por todo o mundo, começando por uma jornalista da Fox News.

Crítica e resposta

A âncora estadunidense Megyn Kelly abriu um debate em rede nacional com um consultor jurídico da emissora e um ativista da comunicação apontando que a música era irresponsável com crianças e adolescentes que a admiravam.

Chegaram até mesmo colocar um som agudo para censurar a parte soletrada e afirmando que Britney vendia sexo em suas canções. Enquanto isso, a eterna Princesa do Pop permaneceu em silêncio.

De acordo com o jornal New Zealand Herald, a gravadora Jive Records ofereceu a diversas rádios de países de língua inglesa uma versão editada e regravada pela cantora, trocando a palavra “seek” por “see” (“ver”, em tradução livre), passando a ser executada com o trocadilho apenas entre o horário das 22h00 até 06h00 do dia seguinte, como orienta a FCC em músicas de linguajar explícito.

A jornalista Megyn Kelly durante crítica (esq.) e sua paródia no clipe (esq.) / Crédito: Divulgação/YouTube

A resposta da cantora, no entanto, foi igualmente provocativa - e sem descer do salto, o que muitos provavelmente esperavam. Spears fez uma paródia de Megyn Kelly no início do videoclipe, colocando uma apresentadora loira em cenário jornalístico parafraseando o título.

Já ao longo do clipe, Britney apresenta uma transformação, escondendo sua vida pessoal como uma “queridinha” aos moldes das atrizes norte-americanas dos anos 1950 — como orientada pela jornalista.


+Saiba mais sobre Britney Spears em grandes obras disponíveis na Amazon:

Britney Spears: Menina perdida, por Christopher Heard (2011) - https://amzn.to/3jIcWck

Britney Spears: In Her Own Words Britney Spears, por Peter Jennings (2017) - https://amzn.to/377ly7m

Britney Spears: An Unauthorized Biography, por Alix Strauss (1999) - https://amzn.to/2MYfwPv

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W