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Matérias / Arqueologia

As impressionantes igrejas de pedra subterrâneas de Lalibela, na Etiópia

Elas foram construídas no século 12 e a ideia do então imperador era erguer uma “Nova Jerusalém” em seu próprio país

Isabela Barreiros Publicado em 05/12/2020, às 07h00

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Uma das igrejas de Lalibela, na Etiópia - Wikimedia Commons
Uma das igrejas de Lalibela, na Etiópia - Wikimedia Commons

O cristianismo está presente na Etiópia a muito mais tempo que se pode imaginar. Ela foi um dos primeiros países a adotar a religião, já durante a metade do século 4, e a fé permanece como característica importante da nação.

As raízes cristãs da Etiópia são tão antigas que ela abriga algumas das mais peculiares igrejas de todos os tempos. A maioria das capelas construídas no país datam do período entre os séculos 7 e 13, mas as mais interessantes são as que são datadas do século 12.

Crédito: Wikimedia Commons

Na região montanhosa de Lalibela, existem 11 igrejas que foram esculpidas diretamente das rochas e de maneira subterrânea. A forma com que elas foram construídas é totalmente diferente de qualquer coisa já vista: as estruturas monolíticas foram escavadas a pelo menos 40 metros em baixo da montanha. 

Além de estarem mergulhadas na Terra, elas possuem algumas aberturas em formato de cruz, que fazem com que o sol possa penetrar no interior das capelas únicas. E provavelmente não há nada dentro da instalação. É possível perceber que a área interna da capela é oca.

Bet Medhane Alem, por exemplo, já apareceu em livros de recordes por ter sido construída em um único monólito, sendo considerada a maior do tipo. Existe ainda a Igreja de São Jorge em Lalibela, famosa por seu formato de desenho cruciforme singular. Todas elas estão no trecho do rio Jordão do país. 

Crédito: Wikimedia Commons

A narrativa mais aceita em torno do desenvolvimento das igrejas é que o imperador Lalibela, que deu nome à cidade da Etiópia, começou a construí-las ao longo do século 12, com a ideia de criar uma “nova Jerusalém” em seu país. Ele tinha como intenção acolher os cristãos de sua nação com uma Terra Santa em terras etiópias.

Acredita-se que o pensamento sobre construir monumentos religiosos de tamanha grandiosidade não tenha surgido do nada. Muitos pesquisadores afirmam que o rei teria viajado para Jerusalém em torno do ano 1187 a.C.. Isso aconteceu pouco antes do território ser conquistado pelos muçulmanos que interromperam as peregrinações cristãs. 

O governo de Lalibela foi dos anos 1181 até 1221 e seu maior legado provavelmente foram as impressionantes igrejas de pedra submersas. Elas continuam sendo pontos turísticos e religiosos importantes na região, o que faz com que muitos peregrinem a pé até o local. O local recebe até 100 mil visitantes a cada ano.

Crédito: Wikimedia Commons

Atualmente, muitas pessoas já não seguem mais o Cristianismo Ortodoxo Etíope, que moldou o pensamento religioso da região por muitos anos e fez com que as igrejas fossem construídas em primeiro lugar. Ainda assim, elas permanecem como um ponto notável do país, que atrai pesquisas e turistas. 

Por isso, os monumentos foram considerados como patrimônios mundiais da UNESCO, logo no começo desse projeto. Em 1978, elas foram algumas das primeiras construções a serem protegidas pela ONU. O turismo, no entanto, trouxe consequências para as igrejas, que começaram a sofrer com a erosão e degradação ao longo dos anos.

Entre algumas das mais impressionantes construções do mundo estão o Stonehenge, no Reino Unido, a Grande Muralha da China, as pirâmides do Egito, Chichén Itzá, no México, entre muitas outras. As igrejas subterrâneas de Lalibela, na Etiópia, com certeza entram nessa lista.


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