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Matérias / Espaço

Inovadora e autossustentável: Conheça o projeto da Nüwa, a “capital” de Marte

Cidade teria capacidade para cerca de 250.000 habitantes e conta com prazos curiosos

Fabio Previdelli Publicado em 26/04/2021, às 17h00 - Atualizado às 22h01

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Projeto da cidade de Nüwa - Divulgação/ Abiboo Studios
Projeto da cidade de Nüwa - Divulgação/ Abiboo Studios

Na segunda quinzena de fevereiro, o rover Perseverance, da NASA, finalmente chegou em Marte após uma longa e esperada viagem de sete meses. Como mostrou a equipe do site do Aventuras na História, o robô é diferente de qualquer outra missão que chegou no Planeta Vermelho. 

Afinal, ao contrário de outros rovers enviados até lá, que buscavam água e exploravam a química do solo e a atmosfera, o Perseverance é muito mais moderno, equipado para identificar a vida diretamente, seja ela atual ou em forma de fóssil.  

Além de realizar experimentos in loco, o Perseverance também é capaz de coletar amostras do solo marciano e embalá-las. A ideia é que esse material seja trazido para a Terra em alguma missão espacial futura, provavelmente depois do ano de 2030. 

O rover Perseverance, da NASA / Crédito: DIvulgação/ NASA

Segundo estimativa da própria agência espacial americana, espera-se que o rover fique em Marte por, pelo menos, um ano marciano — o que representa 687 dias terrestres.   

Porém, apesar de ainda darmos os primeiros passos por lá, há projetos que discutem como seria, ou como será, o futuro da humanidade no Planeta Vermelho. Duvida? Então conheça os planos para a cidade de Nüwa, que pode ser a futura capital de Marte. 

Nüwa, a cidade do futuro em Marte 

“A cidade de Nüwa está na encosta de um dos penhascos marcianos com acesso abundante de água, localizado em Tempe Mensa. Um terreno íngreme oferece a oportunidade de criar uma cidade vertical inserida na rocha, protegida da radiação e dos meteoritos e com acesso à luz solar indireta”, é dessa maneira que o escritório de arquitetura Abiboo Studios começa a descrição do projeto da cidade que planeja implantar em Marte.  

Segundo o planejamento, Nüwa teria capacidade para cerca de 250.000 habitantes e seu nome foi escolhido como homenagem a deusa mitológica chinesa Nu Kua, que criou a humanidade. Dependendo da localidade, Nu Kua também pode ter a grafia de Nüwa, daí o nome da cidade. 

Imagem do projeto da cidade de Nüwa/ Crédito: Divulgação/ Abiboo Studios

Ela seria a capital de outras quatro regiões. O que chama mais a atenção nesse projeto é que as cidades seriam autossuficientes e sustentáveis. Em Abalos City, por exemplo, situada no polo norte, seria uma região para alavancar o acesso ao gelo. Já em Marineris City haveria o cânion mais extenso do sistema solar. 

“Embora o projeto dívida assentamentos humanos em cinco cidades, ele oferece uma solução altamente escalável e flexível que pode ser implementada em muitos locais em Marte”, garante o Abiboo Studios. 

“A sustentabilidade, mas especialmente o desenvolvimento autossustentável, está no cerne do projeto Nüwa. Para ser autossustentável, um assentamento em Marte precisa ser capaz de obter todos os recursos localmente”, diz o projeto. 

Imagem do projeto da cidade de Nüwa/ Crédito: Divulgação/ Abiboo Studios

“Após um curto período inicial de investimento de capital e fornecimento da Terra, este desenvolvimento urbano em Marte se mantém e cresce por seus meios e de maneira sustentável. Todos os materiais necessários para a construção da cidade são obtidos em Marte pelo processamento de carbono e outros minerais”, completa nota do site do escritório de arquitetura. 

Proteção e arquitetura 

Com o apoio de acadêmicos e membros da SONet — uma equipe internacional de cientistas e acadêmicos liderados pelo astrofísico Guillem Anglada —, a equipe de arquitetura do Abiboo Studios desenvolveu uma solução para que os habitantes de Nüwa sejam protegidos não só da radiação de Marte como também de impactos de meteoritos. 

Nüwa também teria uma infraestrutura dedicada à fabricação, produção de alimentos e geração de energia. “O cultivo agrícola seria a principal fonte de produção de alimentos, fornecendo 50% da dieta humana, ao mesmo tempo em que transforma o CO2 [Dióxido de carbono] em O2 [oxigênio] e participa do sistema de processamento de água”, explica o projeto. 

Imagem do projeto da cidade de Nüwa/ Crédito: Divulgação/ Abiboo Studios

“Embora as culturas possam fornecer uma dieta mais saborosa e variada do que as microalgas, elas são mais eficientes em termos de espaço e utilização de recursos, ao mesmo tempo que contribuem para a revitalização da atmosfera e gestão da água. Assim, as microalgas seriam o principal componente da dieta humana”, complementa o site. 

Nessas áreas de colheita, o ambiente seria todo automatizado. Além disso, para aumentar a eficiência do cultivo, seria instalado um sistema que requer menos água e espaço do que outras plantações acima do solo.  

Há também outras estruturas que permitem o abrigo de áreas mais prioritárias para uma civilização, como hospitais, centros de ensino, áreas para atividades esportivas e culturais, além de estações de trem interligadas com ônibus espaciais.  

De acordo com projeções da Abiboo Studios, as obras devem ser iniciadas em meados de 2054, com uma conclusão prevista até o fim deste século.  

Imagem do projeto da cidade de Nüwa/ Crédito: Divulgação/ Abiboo Studios

Para ir da Terra a Marte, um serviço regular de ônibus espacial deve ser capaz de funcionar, com janelas de lançamento abrindo aproximadamente a cada 26 meses e durando entre um e três meses.  

Além disso, para colonos, haverá um bilhete de Marte com tempo estipulado. No pacote está incluso, segundo o Abiboo Studios, “uma viagem de ida, uma unidade residencial de aproximadamente 25/35 metros quadrados por pessoa, acesso total a instalações comuns, todos os serviços de suporte de vida e alimentação e um contrato de trabalho vinculativo para dedicar entre 60 % e 80% do seu tempo de trabalho em tarefas atribuídas pela cidade”.


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