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Matérias / Personagem

A ira de Sinatra: Suposto encontro de JFK e Marilyn Monroe teria enfurecido o cantor

Sinatra e JFK eram amigos de longa data, mas um ponto crucial determinou o fim da relação

Fabio Previdelli | @fabioprevidelli_ Publicado em 21/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 22h48

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John Kennedy ao lado de Frank Sinatra em Convenção do Partido Democrata, em 10 de julho de 1960 - Via PBS.org
John Kennedy ao lado de Frank Sinatra em Convenção do Partido Democrata, em 10 de julho de 1960 - Via PBS.org

O possível relacionamento com a estrela hollywoodiana Marilyn Monroe é só mais uma das inúmeras polêmicas que marcaram a vida e carreira política de John Fitzgerald Kennedy, que foi assassinado em 22 de novembro de 1963, há exatos 58 anos. 

Embora a relação entre o presidente e a loira jamais tenha sido assumida oficialmente, principalmente pelo fato de JFK ser casado com a primeira-dama Jacqueline Kennedy, muitos pesquisadores afirmam que ela não só existiu como também foi responsável por uma enorme confusão que envolve até o cantor Frank Sinatra

Ninguém escapa do FBI

Poucas semanas após ser nomeado procurador-geral, Robert Francis Kennedy recebeu um arquivo para lá de especial das mãos de J. Edgar Hoover, chefe do FBI. Segundo apontam Bill O’Reilly e Martin Dugard em ‘Os Últimos Dias de John F. Kennedy’ (L&PM Editores), o arquivo continha provas que JFK mantinha inúmeras relações extraconjugais desde o final dos anos 1940, “época na qual estava saindo com uma mulher que supostamente seria uma espiã da Alemanha nazista”. 

A intenção de Hoover era mostrar que o FBI nunca ficava para trás e sabia de cada detalhe que acontecia nos quatro cantos do país. “Por questões de segurança nacional, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos está acima da vigilância do FBI”, dizem os autores no livro.

Robert F. Kennedy ao lado de JFK no senado, em maio de 1957/ Crédito: Jonh. F. Kennedy Presidential Library and Museum

Sendo assim, no começo de 1962, durante o planejamento da visita presidencial à Palm Springs, um importante nome é debatido: o de Frank Sinatra. Segundo investigações do Departamento de Justiça, o intérprete de ‘My Way’ estava profundamente envolvido com a máfia. 

A ligação era um enorme problema para os Kennedy, afinal, todos sabiam que o cantor não apenas era apoiador como também amigo pessoal de JFK. Tudo ficou ainda mais conturbado quando outro arquivo foi entregue à Bobby.

Nele, Hoover indicava, entre outras coisas, que John estava dormindo com uma consorte de Sam Giancana — um dos maiores e mais conhecidos chefões da máfia no país, que Bobby Kennedy estava tentando derrubar há algum tempo. 

Amigos, amigos, presidência à parte

Dugard e O’Reilly contam que, ao perceber que os Kennedy se consolidariam como uma das famílias mais influentes da atual política americana, Frank Sinatra tentou estreitar os laços ainda mais com JFK, lhe oferecendo uma estadia em sua casa em Palm Spring, mas a ideia foi rechaçada por Bobby, após informações contidas no relatório do chefe da FBI.

Após ler o arquivo de Hoover sobre Sinatra, Bobby Kennedy diz ao presidente para ficar em alguma outra casa em Palm Spring. Bobby não se importa com a chance de que essa desfeita possa acabar rompendo uma relação política de longa data”, explicam os autores. 

O documento mostrava que o artista vinha mantendo contato frequente com dez dos principais nomes do crime organizado, detalhando não apenas os dias e horários que telefonemas aconteceram, como também que a ligação ocorreu por meio do telefone particular de Frank

Fotografia de Frank Sinatra/ Crédito: Capitol Records via Wikimedia Commons

“Em certos casos, a natureza do trabalho de Sinatra pode levá-lo a ter contato com figuras do submundo”, aponta o relatório. “No entanto, isso não justifica sua amizade e/ou envolvimento financeiro com pessoas como Joe e Rocco Fischetti, primos de Al Capone, Paul Emilio D’Amato, John Formosa e Sam Gincana — listados como grandes mafiosos”. 

Apesar de Frank Sinatra e John Fitzgerald Kennedy já terem dividido vários momentos de alegria e descontração, as coisas teriam que acabar. 

O fim da amizade 

Em um telefonema, Bobby Kennedy pede para Peter Lawford, que é casado com sua irmã Patricia, além de também ser amigo de Sinatra, falar com o cantor e cancelar a estadia do presidente em sua casa.

Após muita relutância, Peter recebe um ultimato do próprio JFK. “Como presidente, não posso ficar na casa de Sinatra e dormir na mesma cama que Sam Gincana ou algum outro mafioso já dormiu”. 

JFK ainda lhe faz outros dois pedidos, segundo apontam Bill e Martin, um é para que ele escolha outro ponto em que o presidente possa se encontrar com Marilyn Monroe em Palm Spring; o segundo é que ele dê a notícia à Sinatra — o que não é uma missão nada fácil.

Marilyn Monroe para a divulgação do filme Some Like It Hot, de 1959/ Crédito: Getty Images

“O cantor de 46 anos vem esperando essa visita há meses. Ele comprou um novo terreno ao lado de sua casa e construiu chalés para o Serviço Secreto e também instalou fiações especiais de telefone de última geração”, explicam os autores na obra. 

Uma placa de ouro foi pendurada no quarto que o presidente iria usar, em uma eterna comemoração pela noite em que 'John F. Kennedy Dormiu Aqui’. As fotos de JFK foram espalhadas por toda a parte na casa principal… Mais do que tudo, Sinatra construiu um novo heliponto especial para o helicóptero do presidente”, completam. 

A dupla conta que o cantor estava tão animado que sequer se importou com o fato de que o presidente iria se encontrar com Marilyn Monroe, com quem teve um breve relacionamento. Mas as coisas mudam completamente quando Frank descobriu que foi ‘trocado’ como anfitrião por Bing Crosby. “Veja só você. Ele é um republicano”, esbravejou Sinatra para um de seus empregados. 

Sinatra nunca esquecerá esse dia”, descrevem Martin e Bill. “Ele usa todos os impropérios imagináveis contra Bobby e sem seguida liga de volta para Lawford e o exclui de seu próprio círculo de amizades. Sinatra sai correndo pela sua casa arrancando as fotos de Kennedy da parede, depois pega uma marreta e sai para destruir com as próprias forças o novo heliponto de concreto”, concluem.


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