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Matérias / Crimes

Os crimes de Issei Sagawa, canibal que morreu na última semana

Issei Sagawa morreu no último dia 27, aos 73 anos de idade; morte ocorre quatro décadas após crime bárbaro contra jovem holandesa

Redação Publicado em 07/11/2019, às 18h36 - Atualizado em 02/12/2022, às 12h29

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Issei Sagawa, o canibal japonês - Divulgação / vídeo / Youtube
Issei Sagawa, o canibal japonês - Divulgação / vídeo / Youtube

Morreu no último dia 27, Issei Sagawa, o homem que ficou conhecido como "canibal de Kobe" após ter matado uma jovem holandesa com quem estudava na Universidade Paris-Sorbonne e comido pedaços de seu corpo.

O assassino, que viveu livre mesmo após o crime, morreu aos 73 anos, em razão de uma pneumonia, conforme informações do portal de notícias UOL.

O crime

Em 1981, Issei Sagawa convidou uma colega de classe da Universidade Paris-Sorbonne, onde estudavam Literatura Comparada, para jantar em sua casa. Poderia ter sido uma noite comum, se o japonês não tivesse decidido colocar seus instintos canibais em prática após a refeição.

Em seu apartamento em Paris, Sagawa atirou na cabeça de Renée Hartvelt, uma holandesa que fazia intercâmbio em sua faculdade, fazendo com que ela morresse imediatamente. Foi aí que ele realizou seu desejo de, segundo ele mesmo, 32 anos.

“Por um segundo, cogitei chamar uma ambulância, mas depois pensei: ‘Espere, não seja idiota. Você tem sonhado com isso há 32 anos e agora está finalmente acontecendo!’”, disse o canibal em entrevista à VICE.

A primeira parte que ele ingeriu foi a nádega de sua ex-colega. “No momento em que vi a carne, arranquei um pedaço com os dedos e coloquei direto na boca. Foi um momento verdadeiramente histórico para mim”, disse. Ele comeu o corpo de sua vítima até quando foi possível, visto que a carne começou a apodrecer em sua casa.

Crime é descoberto

Sagawa decidiu levar os restos que não havia ingerido para o parque Bois de Boulogne, onde havia um lago, no intuito de descartar o cadáver em pedaços. Porém, ele não foi cuidadoso. Muitas pessoas estavam caminhando no local e puderam ver que sangue escorria das duas malas que o homem carregava despretensiosamente. A polícia foi chamada e sua casa foi revistada.

Crédito: Getty Images

Quando as autoridades chegaram ao seu apartamento, ele apenas disse: “eu a matei para comer sua carne”. Mesmo assim, a simples confissão não conseguiu fazer com que ele ficasse preso por muito tempo em Paris. A sentença de dois anos foi desconsiderada após psicólogos alegarem que ele era “insano”, no período do crime.

O canibal teve que retornar ao seu país natal para aguardar o julgamento adequado. No entanto, a justiça francesa se recusava a entregar documentos importantes para a resolução do caso. A tentativa de julgá-lo por assassinato não funcionou, e Sagawa viveu livre nas ruas de Tóquio até seus últimos dias de vida.

Quando tinha 70 anos, o homem revelou que “definitivamente” ainda tinha desejos canibais. Segundo ele, “o desejo de comer pessoas se torna muito intenso por volta do mês de junho, quando as mulheres começam a usar menos roupas e mostrar mais a pele”.

“Quando vejo coisas assim, penso em comer alguém de novo antes de morrer. Então sim, ainda tenho esses desejos, e quero especificamente comer uma mulher japonesa dessa vez”, afirmou.