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Matérias / Crimes

Jack Unterweger, o serial killer austríaco que matava mulheres com sutiãs

Em todos os crimes cometidos pelo assassino, ele tinha o mesmo modus operandi: estrangulava mulheres com as roupas íntimas delas

Pamela Malva Publicado em 24/03/2020, às 19h30 - Atualizado às 20h00

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Johann "Jack" Unterweger, o serial killer austríaco - Divulgação/Youtube
Johann "Jack" Unterweger, o serial killer austríaco - Divulgação/Youtube

Sempre que um criminoso é colocado no sistema carcerário, a ideia é que ele reveja suas atitudes e corrija seus comportamentos para, então, voltar à sociedade. Essa é a teoria usada por muitos países, desde o começo.

Nascido em 1951, o austríaco Johann Unterweger chegou a ser a perfeita definição de criminoso ressocializado. Após ser preso, ele teve um ótimo comportamento e conquistou a empatia de grande parte da população da Áustria. 

O universo do crime esteve presente na vida de Jack, como era conhecido, desde o princípio. Sua mãe, que, por vezes, foi descrita como prostituta, foi presa por fraude durante a gravidez. Quando solta, a mulher viajou para Graz, onde teve o bebê.

Jack cresceu na fazenda do avô e, entre 1966 e 1974, teve suas primeiras condenações. Durante esses oito anos, o jovem foi indiciado 16 vezes por roubo, assalto e assédio sexual e, assim, passou grande parte de sua adolescência na cadeia.

Jack em entrevista / Crédito: Divulgação

A pior condenação veio no final de 1974, quando ele foi acusado pela morte de Margaret Schäfer, de 18 anos. Segundo a promotoria, Johann teria estrangulado a alemã com o sutiã que ela usava. Pelo crime, ele foi condenado à prisão perpétua. 

Foi durante esse tempo que Jack redigiu diversos poemas, contos e peças de teatro, sem contar sua autobiografia. Esse comportamento exemplar convenceu diversos austríacos de que Johann teria se arrependido e que, portanto, deveria ser solto.

Quando a notícia se espalhou, milhares de pessoas pediram pela libertação imediata do homem, já que ele era a prova de que a arte poderia tratar qualquer criminoso. Assim, ele foi libertado, depois de 15 anos cumprindo sua sentença, em 1990.

Uma vez solto, Jack passou a apresentar programas de reabilitação criminal e, em determinado momento, trabalhou como repórter. Na posição jornalística, Johann narrou diversos crimes, inclusive aqueles que ele mesmo cometeu.

Jack em programa de televisão / Crédito: Divulgação

Em meados de 1990, a polícia descobriu o envolvimento de Jack no homicídio de Blanka Bockova, uma prostituta na Tchecoslováquia. Além dela, ele teria assassinado mais sete mulheres na Áustria, todas estranguladas com seus sutiãs. Inicialmente, nenhuma prova concreta foi encontrada e Jack não foi indiciado.

Em 1991, ele foi contratado por uma revista austríaca para escrever sobre os crimes e o cenário de prostituição em Los Angeles. Durante o tempo que ficou na cidade, três mulheres foram espancadas, estupradas e estranguladas com os seus sutiãs.

Segundo as investigações, Jack teria se hospedado no emblemático Hotel Cecil enquanto trabalhava na matéria. Mais tarde, foi comprovado que Jack ainda tinha um quarto reservado no local quando cometeu o homicídio das três prostitutas.

Graças aos novos crimes, Jack foi finalmente ligado ao caso. Com as provas em mãos, a polícia de Graz emitiu um mandado de prisão e, por um tempo, os agentes procuraram por Jack e sua namorada, Bianca Mrak. Johann finalmente foi preso nos Estados Unidos, quando passava pela Flórida, em fevereiro 1992.

Foto do polêmico Hotel Cecil, em 2013 / Crédito: Wikimedia Commons

Em maio do mesmo ano, Jack foi extraditado para a Áustria, onde foi acusado de 11 homicídios, incluindo os crimes cometidos em Praga e em Los Angeles. Durante os julgamentos, o serial killer foi diagnosticado com transtorno de personalidade narcísica.

No fim, o júri considerou Jack culpado por nove assassinatos. Em julho de 1994, ele foi condenado à prisão perpétua, sem possibilidade de condicional. O assassino teria que cumprir sua pena na prisão de Graz-Karlau, mas decidiu seguir por outro caminho.

Assim que chegou à entidade penitenciária, a terceira maior da Áustria, Jack cometeu suicídio, enforcando-se com cadarços. Para tirar a própria vida, o criminoso usou o mesmo nó encontrado em todos os sutiãs usados para estrangular suas vítimas.

A vida e os crimes cometidos por Johann serviram de inspiração para diversas peças da cultura pop, incluindo um documentário baseado em sua autobiografia. Seu nome ainda foi citado em diversas investigações sobre o Hotel Cecil, que segue objeto de muitas histórias misteriosas e sem qualquer solução.


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