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Matérias / Estados Unidos

James Buchanan, o possível primeiro presidente gay da História dos EUA

Sucedido por Abraham Lincoln, a sua vida pessoal ainda divide opiniões de historiadores

Fabio Previdelli Publicado em 22/03/2020, às 09h00

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James Buchanan, o 15º presidente dos Estados Unidos - Wikimedia Commons
James Buchanan, o 15º presidente dos Estados Unidos - Wikimedia Commons

James Buchanan foi o 15º presidente dos Estados Unidos entre 1857 e 1861 e frequentemente é citado com um dos piores governantes da história do país, tanto por sua incapacidade de sacramentar a paz e evitar uma guerra civil, quanto por sua inoperância em acometer os defensores da escravidão e aqueles que eram contra um princípio unificador.

Porém, outro ponto pode reinventar sua fama nos livros de história. Isso porque, vários pesquisadores acreditam que Buchanan pode ter sido o primeiro presidente gay dos Estados Unidos.

Apesar dele ter ficado noivo, muito brevemente é verdade, de uma mulher rica chamada Anne Coleman, o casamento nunca chegou a se concretizar, o que fez com que muitas pessoas especulassem que união era muito mais por um vínculo financeiro do que por um afeto genuíno.

Coleman suspeitava que Buchanan estava tendo um caso além da relação, o que a levou a interromper o noivado. Pouco tempo depois, ela cometeu suicídio e seu pai, que nunca aprovou a união do casal, o impediu de comparecer no funeral de sua filha.

Presidente Buchanan e seu Gabinete / Crédito: Wikimedia Commons

Fora Anne, James também teve outros poucos breves envolvimentos românticos, o que inclui sua própria sobrinha, Dolley Madison. Apesar dos enlaces, ele nunca se casou, sendo o único presidente dos Estados Unidos a permanecer solteiro durante toda sua vida.

Durante sua estadia na Casa Branca, foi sua sobrinha Harriet Lane que assumiu a função de primeira-dama americana. Muitos dizem que ele só não teve uma união estável com alguém pois o casamento entre pessoas do mesmo gênero não era permitido no século 19.

O sociólogo Jim Loewen e o historiador John Howard, autor de Men Like That, são dois dos que defendem que Buchanan desenvolveu um relacionamento muito próximo com seu parceiro político William Rufus King — senador do Alabama e vice-presidente de Franklin Pierce.

A dupla, que estudou a fundo a vida do político, dizem que as evidências estão claras: Buchanan e King moravam juntos e eram abertamente próximos um do outro, fazendo com que outros colegas os alcunhassem de “Miss Nancy” e “Aunt Fancy”. Eles também se referiam a King como “a metade da laranja” de Buchanan.

Em 1844, quando King foi enviado para Paris, para servir como embaixador americano na França, James lamentou o distanciamento em uma carta enviada ao amigo. “Agora estou solitário e sozinho, sem companhia em casa comigo. Cortejei vários cavalheiros, mas não tive sucesso. Sinto que não é bom um homem ficar sozinho; e não deveria se surpreender se eu me casar com uma velha empregada que pode cuidar de mim quando estou doente, proporcionar bons jantares para mim quando estou bem, mesmo sem esperar de mim qualquer afeto muito ardente ou romântico”.

No entanto, a idéia do presidente cortejando cavalheiros não era tão chocante para o público americano como hoje, pois a sociedade americana naquela época era bastante liberal quando se tratava de sexualidade.

De fato, Buchanan parece ter feito pouco esforço para manter seu relacionamento em segredo. Apesar de suas breves interrupções devido à viagem de King, os dois permaneceram próximos até a morte do embaixador, em 1853 — que pereceu de tuberculose.

Embora um relacionamento sexual não possa ser estabelecido de maneira conclusiva, especialmente porque Buchanan solicitou que toda a sua correspondência fosse destruída após sua morte, não há dúvida de que os dois homens tinham um forte apego e carinho um pelo outro que durou por toda a vida de William.


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