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Matérias / França

Jeanne Pouchain: a turbulenta saga da francesa que há anos tenta provar que está viva

No ano de 2017, Pouchain viu sua vida mudar por completo após uma conturbada jornada nos tribunais

Giovanna Gomes Publicado em 27/01/2021, às 11h26

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Jeanne Pouchain foi declarada morta pela Justiça - Divulgação
Jeanne Pouchain foi declarada morta pela Justiça - Divulgação

Jeanne Pouchain, uma francesa de 58 anos, está vivíssima. Contudo, foi declarada morta pela justiça de seu país no ano de 2017, após uma longa batalha judicial com uma ex-funcionária de sua empresa.

Assim, a moradora da cidade de Saint-Joseph, tenta provar que não está morta, tendo recorrido até mesmo à imprensa para que seu caso fosse conhecido.

Antecedentes

A decisão da Justiça de considerar Pouchain uma mulher morta se deu após uma disputa com uma ex-funcionária de sua empresa de limpeza, que acabou resultando numa dor de cabeça de mais de uma década.

No ano de 2004, um tribunal industrial determinou que a francesa deveria pagar uma quantia de 14 mil euros como indenização à ex-funcionária, que teria sido demitida quando a empresa perdeu um grande contrato, conforme alegou Jeanne.

A justiça determinou que fosse paga uma indenização / Crédito: Pixabay

Contudo, como se tratava de um processo envolvendo seu negócio e não seu próprio nome, ela nunca cumpriu a determinação da Justiça. Dessa forma, a ex-funcionária a processou novamente em 2009, o que não deu em nada. 

Anos mais tarde, em 2016, a justiça estabeleceu que o filho e o marido de Jeanne deveriam pagar a indenização no lugar da mulher, já acreditando que ela estaria morta. No entanto, foi em 2017 que o verdadeiro caos ocorreu.

A ex-funcionária disse ao tribunal que sua ex-chefe nunca havia respondido as cartas ao longo do processo e que ela havia morrido. Assim, em novembro daquele ano, Pouchain foi declarada morta e todos os seus registros como sua carteira de identidade, conta bancária e carteira de motorista foram invalidados.

Todos os documentos de Jeanne perderam a validade / Crédito: Divulgação

“Procurei um advogado que me disse que a situação seria resolvida rapidamente, pois eu havia consultado meu médico, que atestou que eu ainda estava viva. Mas como existe uma decisão (legal), isso não foi suficiente ”, declarou a mulher a jornalistas locais. “Não tenho documentos de identidade, nem seguro saúde, não posso provar aos bancos que estou viva... Não sou nada”, disse Pouchain.

Na justiça

Sylvain Cormier, o advogado dela, também ficou extremamente surpreso com o caso: “É uma história maluca. Não pude acreditar. Nunca pensei que um juiz declararia alguém morto sem um certificado. Mas o querelante alegou que Pouchain estava morta, sem fornecer qualquer prova e todos acreditaram nela. Ninguém verificou ”, declarou à AFP.

Imagem ilustrativa  / Crédito: Pixabay

“É hora de alguém dizer 'pare'. Se eu não lutar, ninguém vai lutar por mim. A avó do meu marido tem 102 anos... ela passou por muitas coisas, incluindo a guerra, mas diz que nunca sofreu nada tão duro quanto eu (estou sofrendo). ”

Ela chegou a acusar a mulher que a processou de inventar sobre sua morte com a intenção de obter indenização de seus familiares, o que foi rebatido pelo advogado da ex-funcionária.

Ele disse que a própria Jeanne era a culpada por sua "morte", já que havia se fingido de morta para não pagar o que devia à sua cliente. Ela nega a acusação. 


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