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Matérias / Personagem

JFK enviou carta sobre Ovnis à CIA 10 dias antes de morrer?

Teoria aponta que este fato teria motivado o assassinato do presidente americano em 22 de novembro de 1963, mas tem falhas

Fabio Previdelli | @fabioprevidelli_ Publicado em 12/12/2021, às 10h00

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O ex-presidente americano Jonh Fitzgerald Kennedy - Domínio Público via Wikimedia Commons c/ background via Pixabay
O ex-presidente americano Jonh Fitzgerald Kennedy - Domínio Público via Wikimedia Commons c/ background via Pixabay

O assassinato de John Fitzgerald Kennedy, executado durante um desfile em carro aberto na cidade de Dallas, em 22 de novembro de 1963, segue sendo um dos maiores mistérios dos Estados Unidos. 

Diante da falta de respostas da polêmica Comissão Warren, que apontou apenas Lee Harvey Oswald como o responsável pelo ato, e não como parte de uma conspiração, diversas teorias sobre a morte de JFK surgiram. 

Lee Harvey Oswald, acusado de assassinar o presidente norte-americano Kennedy / Crédito: Getty Images

As hipóteses populares vão desde uma retaliação de grupos castristas à tentativa de Invasão da Baía dos Porcos, até ao possível envolvimento do ex-vice-presidente Lyndon B. Johnson. Assuntos que a equipe do site do Aventuras na História já abordou recentemente

Entretanto, os dias finais do 35º presidente dos Estado Unidos podem ter relação com outro assunto que também gera uma certa curiosidade popular: Objetos Voadores Não Identificados, os populares Ovnis.

O homem que queria saber demais?

Entre 2006 e 2007, conforme apontam matérias publicadas pelo Yahoo e pelo portal do History Channel, uma série de documentos oficiais americanos foram desclassificados pela Freedom of Information Act (FOIA). 

Foi através da FOIA, inclusive, que descobriu-se que o presidente Kennedy teve influência no Golpe Militar de 1964 aqui no Brasil. O conhecimento desses documentos desclassificados fizeram com que os restos mortais de João Goulart fossem exumados em novembro de 2013 para analisar um possível envolvimento da Operação Condor em sua morte — algo que não foi provado e tampouco desmentido. 

Prosseguindo no assunto Kennedy x Ovnis, as informações divulgadas foram obtidas pelo pesquisador William Lester, autor da obra ‘A Celebration of Freedom: JFK and the New Frontier’ (‘Uma Celebração da Liberdade: JFK e a Nova Fronteira’, em tradução livre. 

Lester explica que, segundo os documentos obtidos, JFK havia encaminhado duas cartas — uma para um diretor da CIA e outro para a NASA — com assuntos bem semelhantes: ele queria arquivos relativos à Ovnis e afirmou que faria um balanço sobre todas as "incógnitas" que tinha levantado até fevereiro do próximo ano (1964).

Além do mais, JFK solicitou a criação de um programa espacial em cooperação com a União Soviética. As missivas foram enviadas em 10 de novembro de 1963, ou seja, apenas 10 dias antes de sua morte.

Uma de suas preocupações era que muitos dos óvnis estavam sendo avistados na URSS e ele estava preocupado que os russos interpretassem esses objetos não identificados como uma agressão norte-americana, acreditando que fosse parte de nossa tecnologia”, explica o pesquisador. 

O documento reacendeu uma antiga teoria da conspiração que contesta a existência de um suposto memorando da CIA que continha respostas ás carta de Kennedy não só sobre esse assunto, mas também sobre questões envolvendo alienígenas, segundo aponta o History. 

O documento, no entanto, jamais foi comprovado, pois teria sido queimado. A existência de tal arquivo foi levantada por Robert Wood, ex-diretor de uma das maiores empresas de aeronáutica contratadas pelo governo americano.

Wood diz que ele não só teve acesso ao memorando como o mesmo fazia parte de uma série de arquivos do Majestic-12 — um suposto grupo de elite americano responsável por tratar de assuntos referentes a extraterrestres. 

Em 1999, um suposto trecho desse memorando foi enviado à mídia por uma fonte anônima que dizia ter trabalhado na CIA entre 1960 e 1974. O sujeito teria recuperado o arquivo quando a agência queimava alguns de seus documentos tidos como mais sensíveis. 

Memorando citado por William Lester/ Crédito: William Lester

No memorando, um diretor da CIA, cujo nome está apagado no documento, se refere a John Kennedy com o codinome Lancer. “Como você deve saber, Lancer fez algumas perguntas com relação às nossas atividades, o que não podemos permitir. Por favor, me diga sua opinião. Sua ação nesse assunto é crítica para a continuidade do grupo”.

Documento verídico?

Apesar da possível bomba revelada por William Lester, o suposto memorando ultrassecreto não apareceu em nenhum outro lugar além de seu livro. Além do mais, alguns arquivistas questionam a autenticidade do documento. 

Um técnico de pesquisa da Biblioteca JFK em Boston, que pediu para não ser identificado, não conseguiu encontrar uma cópia do memorando no arquivo presidencial. Segundo explicou a NBC News,Kennedy fazia uma cópia em carbono de todos os documentos que redigia — até mesmo os confidenciais. 

"Fizemos algumas pesquisas nos papéis presidenciais para tentar encontrar qualquer evidência da carta de 12 de novembro de 1963 ao diretor da CIA, John McCone", disse o funcionário.

Ao pesquisar os arquivos do gabinete do presidente — CIA, NASA e arquivos de Segurança Nacional — não encontramos evidências desse memorando ou algo parecido".

Outro ponto que o especialista diz é que o suposto documento não se parece com outros memorandos ultrassecretos que Kennedy escreveu durante sua presidência. "Algo está um pouco estranho nisso". 

"É higienizado em lugares muito estranhos: o nome do diretor, o título superior do documento (que geralmente distingue qual agência o está gerando) e a minúscula impressão  ‘ultrassecreta’ no início da carta. Itens ultrassecretos geralmente são carimbados em tinta grande e escura na carta”, completa.


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