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Matérias / Personagem

Antes de Lampião, existiu José Gomes, o endiabrado Cabeleira

Considerado o primeiro "cangaceiro", o bandido sanguinário teve uma trajetória marcada por mortes, assaltos e invasões ao lado do próprio pai

André Nogueira Publicado em 26/11/2019, às 10h39

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O cangaço foi um fenômeno de banditismo social que atingiu seu máximo no século 20, com Lampião e Corisco - Getty Images
O cangaço foi um fenômeno de banditismo social que atingiu seu máximo no século 20, com Lampião e Corisco - Getty Images

Nascido em 175, na zona da mata pernambucana, José Gomes é considerado como um dos principais precursores do cangaço nordestino, ou até mesmo o primeiro cangaceiro, apesar de o termo nem ter existido na época em que viveu.

O sanguinário foi um dos mais notórios bandidos do fim do século 18, e era famoso por causar mortes e realizar assaltos no estado de Pernambuco ao lado do pai.

Na sua vida de bandoleiro, recebeu o apelido de Cabeleira, em possível referência às mechas compridas. Filho de mameluco, ele era descrito com olhos escuros, corpo lânguido, lábios delgados e nariz curto.

Utilizava métodos consideravelmente violentos que resultavam em mortes, como o caso do ataque que fez a Recife em 1773, onde roubou um armazém em detrimento da morte de um soldado e de um civil.

Durante o ataque, além do pai, esteve presente o bandoleiro que acompanhou as principais missões de Cabeleira, Teodósio. Homem de sua confiança, ele esteve ao lado de Cabeleira em diversos crimes e até no momento de sua execução.

Os principais relatos sobre o criminoso provêm dos escritos do escritor e folclorista Franklin Távora, que foram lançados em 1876. Depois, sua vida se tornou poesia nas mãos de João Cabral de Melo Neto.

Os crimes de Cabeleira chegaram aos ouvidos das autoridades portuguesas, que foram contatadas pelo governador José César de Menezes em comunicado oficial sobre a situação social de Pernambuco.

Sua trajetória de crimes acabou em 1786, quando, fugindo da polícia, se esconde num canavial em Paudalho, na zona da mata, e foi capturado. Na justiça, foi condenado à forca pelos assassinatos e roubos, sendo executado no dia 28 de março daquele ano, no Largo das Cinco Pontas, dentro da capital.


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