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Matérias / Personagem

Juan Requesens, o opositor de Maduro que passou 751 dias em cárcere

Conhecido por seus discursos fervorosos contra o regime, o político se tornou um símbolo para os jovens insatisfeitos com as condições na Venezuela

Redação Publicado em 09/12/2020, às 13h25

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Juan Requesens, em 2017 - Wikimedia Commons
Juan Requesens, em 2017 - Wikimedia Commons

Juan Requesens é conhecido na política venezuelana. O homem ganhou notoriedade após ser um dos líderes dos protestos contra o governo de seu país, em 2014. No ano de 2015, ele foi eleito deputado da Assembleia Nacional da Venezuela.

Em oposição ao presidente Nicolás Maduro, o jovem político afirma que seu lema é "transformar a rebelião estudantil em um movimento social mais amplo". Ele chegou a ser preso em uma polêmica envolvendo manifestações no ano de 2018, mas, foi solto recentemente, em agosto de 2020.  

A saga

Nascido em 17 de março de 1989, em Caracas, Venezuela, Juan Requesens, de 31 anos, se envolveu desde a época da faculdade na política em seu país de origem. No ano de 2011, o jovem foi eleito como presidente estudantil da Universidade Central da Venezuela e foi assim que sua carreira teve início.

Enquanto estudava ciências políticas, Juan se envolveu em uma série de manifestações contra o governo da Venezuela, com o auxílio de outros estudantes o homem iniciou um conjunto de protestos contra Maduro.

Já no ano de 2014, Requesens foi intitulado como o líder das manifestações que dominaram as ruas do país naquele período. Nessa época, o homem afirma que enfrentou diversas ameaças.

Contudo, o venezuelano decidiu continuar seus planos e usou até mesmo as redes sociais para promover debates sobre as condições econômicas, políticas e sobre a crise humanitária na Venezuela.

Requesens conversando com um policial durante um protesto em 2014 / Crédito: Wikimedia Commons

Eleito deputado em 2015, o político passou a se dedicar no projeto de Lei da Educação, que estava parado há mais de 10 anos, a fim de aumentar o salário de profissionais da educação.

Polêmicas e protestos

Em 2016, o ativista veio a público pedindo a renúncia de Maduro. Como era de se esperar, suas atitudes passaram a incomodar cada vez mais a oposição. O deputado tentou se candidatar a governador de Táchira, mas, a comissão eleitoral não aceitou pré-candidatos nas urnas e os votos a seu favor não foram contabilizados.

Com o aumento da tensão entre o opositor e o governo, mais uma série de protestos começava no país. Entretanto, dessa vez, as coisas não terminaram bem para Juan.

Requesens em um protesto no ano de 2017 / Crédito: Wikimedia Commons

Em 4 de agosto de 2018, durante um discurso de Nicolás realizado na capital do país, Caracas, um drone carregado de explosivos detonou no ar. Na ocasião, Maduro e seus oficiais não ficaram feridos e saíram ilesos, mas, o pânico se espalhou na Venezuela. No dia 7 de agosto daquele mesmo ano, Requesens foi detido como suspeito de ser o mandante do ataque.

Prisão

Desde que foi levado para a prisão, as circunstâncias de sua detenção são consideradas controversas por apoiadores. Alguns dias após o ataque com o drone, o Ministro da Informação, Jorge Rodríguez, veio a público para apresentar um vídeo onde Requesens confessava a autoria do crime.

Contudo, o ativista alega que foi torturado e coagido para que confessasse o ocorrido. Além disso, o processo de Juan foi atrasado algumas vezes, atrapalhando o andamento das audiências.

A prisão do opositor causou revolta no país. Nas redes sociais a hashtag #YoMeNiegoARendirme (Recuso-me a Desistir, em tradução para o português), foi muito usada pela oposição e se tornou um slogan de apoio ao deputado preso.

Após passar 751 dias em cárcere, Requesens foi solto em 28 de agosto de 2020. O Membro do partido Primeiro Justiça, saiu da prisão em decorrência uma medida cautelar. Sua irmã, Rafaela Requesens, deixou claro que a luta de Juan continua — já que outros políticos da oposição continuam presos.

"Os últimos dois anos foram um desafio enorme para mim e para a minha família. Um desafio que nenhuma pessoa deveria viver, porque ninguém deve ter um ser querido preso apenas por exigir que seu país viva em liberdade", disse o ativista após ser liberado.


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