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Matérias / Personagem

Karlee Kosolofski: a criança que ficou congelada por seis horas e sobreviveu

A garota só queria seguir seu pai até o trabalho, porém, o que aconteceu foi trágico: ela enfrentou sozinha uma baixa temperatura, quando ficou presa para fora de casa

Penélope Coelho Publicado em 22/09/2020, às 12h52

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Fotografia de Karlee quando criança - Divulgação
Fotografia de Karlee quando criança - Divulgação

Era uma manhã congelante na província de Rouleau, Saskatchewan, no Canadá, o dia 23 de fevereiro de 1994, marcou a data em que a vida de todos os membros da família Kosolofski estava prestes a mudar para sempre. Trata-se da história de sobrevivência de Karlee Kosolofski, que desafiou a medicina.

Horas desesperadoras

Como revelou o jornal canadense National Post, em matéria publicada em fevereiro de 2014, tudo seguia normalmente na madrugada daquele fatídico dia, quando Robert Kosolofski estava se preparando para ir trabalhar em um turno longe de sua residência.

Na ocasião por volta das 2 horas da manhã, sua filha de dois anos, Karlee, desceu as escadas insistindo em acompanhar seu pai, que por sua vez, ordenou que ela voltasse para o quarto para dormir com a mãe.  

O que aconteceu depois mudaria o rumo da história dessa família. Em um momento de distração, Robert não percebeu que a filha o seguia. A porta da casa se fechou e a criança não conseguiu retornar para dentro. A pequena menina se viu em um cenário de desespero, vestindo apenas uma jaqueta, botas de esqui, uma camisola e fralda, ela enfrentaria sozinha uma temperatura de - 22° graus.

“Ainda me lembro da luz da garagem que não tinha apagado e me lembro claramente que pensei que poderia esperar até mais tarde, provavelmente uma das piores decisões que já tomei”, revelou Robert para o National Post. Já que o homem não voltou para conferir, Karlee foi encontrada somente seis horas depois pela mãe Karrie.

Karlee em cadeira de rodas após ter sobrevivido ao incidente / Crédito:  Divulgação / Tom Hanson

Lutas constantes

Quando encontrou a filha naquela situação desesperadora, a mulher ligou para o marido para avisar o ocorrido e logo se prontificou a chamar uma equipe médica. A rapidez com que os profissionais agiram foi considerada vital para que Karlee sobrevivesse.

Enfermeiras chegaram ao local e começaram a aquecer o corpo da criança com toalhas quentes, após a chegada dos paramédicos um tubo de respiração foi colocado na garganta da menina, além de um remédio para o coração.

Na corrida contra o tempo, a garotinha foi colocada em uma ambulância a caminho do hospital mais próximo que já contava com uma equipe de prontidão para atender o caso. “Contanto que eles não diminuam a velocidade, há uma chance”, recordou Robert.

Na época, a temperatura corporal de Karlee foi registrada em 14ºC, 23 graus abaixo do que é considerado normal. Em uma sala de cirurgia com 20 profissionais, seu caso entrou para a história, após ter sobrevivido a uma temperatura tão baixa.

Consequências

A canadense permaneceu viva e na época, era a única pessoa no mundo que havia conseguido tal feito após ter passado tanto tempo congelada, porém, era claro que algumas sequelas permaneceriam.

Na ocasião, os médicos acharam que a menina perderia as duas pernas. Apesar de todas as tentativas, reanimar a criança era o foco dos especialistas. Em decorrência do congelamento, Karlee sofreu ulcerações graves nas pernas. Poucos dias depois de ser reanimada, sua perna esquerda teve de ser amputada abaixo do joelho.

Fotografia de Karlee em 2014 / Crédito: Divulgação / Leader-Post / Bryan Schlosser

Desde então as cirurgias não pararam e 26 anos após o ocorrido, a jovem revela que convive diariamente com a dor. Em diversos procedimentos, incluindo uma segunda amputação no joelho é muito provável que Kosolofski ainda tenha que enfrentar mais cirurgias. Atualmente, a mulher procura um cirurgião para consertar o coto da perna que amputou. 

Apesar de ter recebido uma prótese, ela não consegue usá-la já que sente muita sensibilidade naquela região que ficou extremamente dolorida: “Estou tentando anestesiar a dor primeiro e depois ser capaz de usar uma prótese”, revelou a sobrevivente.

Apesar de toda a tristeza, a jovem se considera sortuda e sobre o incidente que mudou para sempre sua vida, ela comenta “eu sempre fui uma filhinha do papai e foi assim que eu congelei, eu estava tentando sair e vê-lo”, finalizou Karlee.


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