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Matérias / Estados Unidos

Kathy Fiscus, a tragédia da menina que caiu em um poço e entrou para a história da TV nos EUA

Em 1949, então aos 3 anos, Fiscus brincava com outras crianças em Los Angeles quando sofreu o acidente

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/01/2021, às 12h13 - Atualizado em 11/10/2023, às 19h32

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Kathy Fiscus tinha apenas 3 anos - Divulgação
Kathy Fiscus tinha apenas 3 anos - Divulgação

Era 8 de abril de 1949 e um grupo de crianças brincava em um campo localizado no bairro de San Marino, em Los Angeles, quando uma menina de 3 anos chamada Kathyrin AnneFiscus acabou caindo em um poço com 30 metros de profundidade. O caso foi acompanhado pela mídia e moveu esforços de muitas pessoas durante as tentativas de resgate.

Era sexta-feira. Kathy, sua irmã mais velha e os primos brincavam em um campo acompanhados do cachorro da família Fiscus, até que, em determinado momento, a mãe da menina se deu conta de que ela não estava mais entre as crianças presentes. Foi Gus, o primo de cinco anos de Kathy, quem ouviu seus gritos vindos de um profundo poço.

Desesperados, os adultos logo tentaram retirá-la do local com um pedaço de fio elétrico, o que não adiantou porque era curto demais para alcançá-la. Assim, a polícia local foi acionada e enviou o corpo de bombeiros.

O pais de Kathy, David e Alice Fiscus / Crédito: Divulgação

Difícil resgate

Uma hora após a queda, chegou o primeiro repórter, chamado Bill Johnston. “Vi alguns carros estacionados e donas de casa em frente às suas casas, de avental, olhando na direção do campo”, recordou, conforme noticiado pelo Alta Online. Mais tarde chegaram muitos outros, além de voluntários e vizinhos, uma verdadeira multidão passou a acompanhar o resgate.

De tudo foi feito. As equipes tentaram amarrar homens pequenos para descer no poço. Foi realizada até mesmo uma chamada para pessoas com nanismo. Para se ter ideia, Johnny Roventini, famoso ator com menos de 1,20 m de altura foi até o local para ajudar.

Muitas outras pessoas se ofereceram para descer, mas elas ou não eram pequenas o suficiente ou desistiam da missão. David Fiscus, o pai de Kathy, porém não quis permitir que alguém entrasse no poço.

Johnnny Roventini se voluntariou para o resgate / Crédito: Divulgação

Os jornais noticiaram as inúmeras sugestões que chegavam até a equipe, como a de um médico que propôs que um vácuo fosse estabelecido no poço para que Kathy pudesse ser sugada para fora. No entanto, como muitas outras ideias, essa acabou não dando certo. Enquanto isso, um grande buraco era escavado ao lado do poço. 

A transmissão

A tecnologia de transmissão de televisão da época permitia apenas transmissões a curta distância. Por isso, apenas quem estava em Los Angeles conseguiu acompanhar a operação ao vivo. Quem se encontrava em outras localidades soube das informações pelo noticiário.

Foi quando o repórter do Los Angeles Cecil Smith viu um imenso número de pessoas em frente às lojas de eletrodomésticos acompanhando o caso que era transmitido - nem todo mundo contava com o aparelho em casa na década de 1940. Foi assim que ele percebeu "o potencial da televisão". Dessa forma, a história de KathyFiscus acabou entrando na história do jornalismo televisivo moderno.

Equipes de rádio e televisão transmitindo o resgate ao vivo / Crédito: Divulgação

Momentos finais 

Na manhã do Domingo de Ramos, o poço atingiu 27 metros de profundidade, já se aproximando do local onde Kathy estava presa. Os trabalhadores se dedicavam incansavelmente. De início, cerca de 5.000 pessoas estavam no local acompanhando a cena, entretanto, horas depois, o número teria dobrado, segundo o Alta Online. 

No final da tarde, dois homens desceram pelo poço que haviam cavado, e fizeram um buraco para o lado para que pudessem resgatar a menina. Eles a encontraram logo abaixo da abertura, mas ela infelizmente já não estava mais viva.

A notícia abalou a todos. “E agora é noite de domingo, provavelmente a transmissão de televisão mais longa da história. E lamentamos que seja assim que tenhamos que terminar, porque sempre esperamos ter um final feliz. Queremos agradecê-lo por ter ficado conosco durante essas longas, longas horas e por estar conosco. Sei que a família sente o mesmo e aprecia a tristeza que você expressou. E assim, senhoras e senhores, deixamos San Marino... na esperança de ter prestado o serviço que desejávamos. E agora nós o devolvemos ao nosso estúdio", afirmou o repórter Stan Chambers


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