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Matérias / Holocausto

Kazimierz Piechowski: O fugitivo de Auschwitz

No dia 20 de junho de 1942, o polonês escapou com outros três prisioneiros do campo. O plano, embora arriscado, teve um desfecho surpreendente

Joseane Pereira Publicado em 20/06/2019, às 10h00 - Atualizado às 10h04

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Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

No dia 20 de junho de 1942, o polonês Kazimierz Piechowski escapou com outros três prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz. Vestidos como membros da SS-Totenkopfverbände, os quatro judeus roubaram um carro e protagonizaram uma ousada fuga que hoje completa exatos 77 anos.

Piechowski tinha 19 anos quando as forças alemãs invadiram a Polônia e começaram a matar padres, intelectuais e membros da organização escoteira do país em setembro de 1939, temendo que os escoteiros ajudassem a formar as sementes de resistência do país.

Apesar das tentativas de fuga, ele foi capturado, aprisionado e enviado em 1940 para Auschwitz, que havia sido aberto um mês antes pelas SS para agrupar criminosos e presos políticos.

A Fuga

Piechowski organizou seu improvável plano de fuga em 1942, dois anos após sua chegada em Auschwitz. Nesse tempo, ele já havia presenciado muitas fugas serem detidas pelo arame farpado e torres de vigia, e sabia que a cada prisioneiro que tentasse escapar 10 pessoas seriam forçadas a morrer de fome.

Piechowski era o número 918 dos prisioneiros de Auschwitz /
Créditos: Wikimedia Commons

Mas o jogo virou quando um amigo, Eugeniusz Bendera, soube que estava na mira das tropas e sugeriu que eles fugissem em um carro da SS. Bendera, um mecânico, tinha acesso ao veículo, e Piechowski, que trabalhava no depósito, sabia onde encontrar um estoque de uniformes e armas que lhes permitisse se disfarçar de oficiais da SS.

Piechowski criou um plano no qual ele, Bendera e outros dois - Stanislaw Gustaw Jaster, ex-escoteiro, e Jozef Lempart, um padre - deixariam a área principal do acampamento fingindo ser parte de uma unidade de trabalho com quatro pessoas. Se eles fossem pegos, atirariam em si mesmos.

Entraram num rápido Steyr 220, que pertencera ao comandante Rudolf Höss, e dirigiram em direção ao portão principal do acampamento cumprimentando os oficiais da SS com um Heil Hitler!

“Acordem!”, Piechowski gritou em alemão para os homens que cuidavam do portão. "Abra ou eu vou abrir vocês!" O portão se abriu e os fugitivos foram de encontro à liberdade.