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Matérias / Personagem

Lavrenti Beria, o executor do Grande Expurgo de 1930

Lembrado como executor do Grande Expurgo de 1930, esse político foi responsável por inúmeras mortes e crimes de estupro

Joseane Pereira Publicado em 03/04/2020, às 10h00

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Lavrenti Beria, 1899-1953 - Getty Images
Lavrenti Beria, 1899-1953 - Getty Images

O passado do político russo Lavrenti Beria é conhecido por poucos. Filho de camponeses, ele nasceu em 1899 na Abecásia, região da Geórgia pertencente ao Império Russo. Ingressando no Partido Comunista aos 18 anos, Beria se tornou chefe da polícia secreta na Geórgia com a idade de 20. Durante os anos trinta, ele supervisionou pessoalmente os expurgos políticos na região.

Em junho de 1937, na época do Grande Expurgo, ele teria dito a seguinte frase em um discurso: "Que nossos inimigos saibam que quem tentar levantar a mão contra a vontade de nosso povo, contra a vontade do partido de Lenin e Stalin, será impiedosamente esmagado e destruído".

Terrível assediador

Muito próximo de Stalin, Beria era chamado pelo chefe comunista de “meu Himmler”, em comparação com um dos líderes do partido Nazista. Dirigindo a rede soviética de trabalhos forçados, ele era conhecido por sentir um prazer sádico na tortura, e gostar de espancar e violar mulheres e garotas.

Beria com Stalin (ao fundo), a filha de Stalin e Nestor Lakoba / Crédito: Getty Images

Segundo Simon Montefiore, biógrafo de Stalin, a comprovação dos estupros cometidos por Beria em 1953 concluíram que ele era um “predador sexual que usou seu poder para se entregar à depravação obsessiva”. Tanto sua esposa Nina quanto seu filho Sergo acusaram-no de abuso sexual e estupro, após o seu falecimento.

Segundo o coronel Sardion Nadaraiadois, importante oficial do NKVD na época, em noites de guerra Beria era visto dirigindo pelas ruas de Moscou em seu blindado, indicando jovens para serem detidos e enviados até sua mansão, onde um vinho e banquete os esperavam. Após o jantar, ele os levava para um quarto à prova de som e os estuprava.

Ao sair da mansão, as jovens recebiam um buquê de flores. Aceitá-lo implicava que o sexo tinha sido consensual. Recusa significava prisão. Como o autor britânico Martin Sixsmith afirmou em um documentário sobre o assediador na BBC, "Beria passou suas noites sequestrando adolescentes nas ruas e trouxe aqui para ele estuprar. Aqueles que resistiram foram estrangulados e enterrados no jardim de rosas de sua esposa".

Na época da morte de Stalin, em 1953, ele era uma das pessoas mais odiadas do país. Detido e processado por "atividades criminosas contra o partido e o Estado", ele foi condenado à pena máxima, sendo executado no dia 23 de dezembro.


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