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Matérias / Personagem

Lee Harvey Oswald: o que aconteceu com o homem que matou Kennedy há exatos 57 anos?

Desertor do Exército, Oswald era socialista e admirador do Marxismo. Apesar das acusações, no entanto, jamais admitiu ser o responsável pelo assassinato. "Sou apenas um bode expiatório"

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 22/11/2020, às 08h00

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Lee Harvey Oswald - Wikimedia Commons
Lee Harvey Oswald - Wikimedia Commons

A manhã de 24 de novembro de 1963 começou eufórica para os moradores de Dallas. Afinal, em poucas horas a comitiva do então presidente John Fitzgerald Kennedy desfilaria pelas ruas da cidade.  

Kennedy visitava o Texas para aplacar divergências internas ao partido democrata. Além do mais, como nas eleições passadsa ele ganhou os votos do Estado por uma quantidade apertada, o momento também se tornaria importante para convencer o eleitorado a apoiá-lo em um número maior em uma futura reeleição.  

JFK no momento em que é atingido por um tiro (cena mostrada no filme JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar) / Crédito: Divulgação/ Warner Bros

Tudo parecia seguir conforme o planejado, mas o clima de êxtase logo se transformou em momentos de terror e desespero. Kennedy havia sido baleado. O presidente estava morto. O principal suspeito? Lee Harvey Oswald

A vida de um assassino 

Nascido em Nova Orleans em 1939, o pai de Oswald morreu de ataque cardíaco dois meses antes de seu nascimento. Depois de viver intermitentemente em orfanatos quando menino, ele se mudou com sua mãe para Nova York, aos 12 anos, onde foi enviado a um centro de detenção juvenil por evasão escolar.  

Foi nessa época que ele se interessou pelo socialismo. Depois de voltar para Nova Orleans, Lee Harvey se juntou aos fuzileiros navais em 1956, onde se qualificou como atirador de elite e descobriu o marxismo. 

Ao receber uma dispensa honrosa dos fuzileiros navais em 1959, desertou para a União Soviética por dois anos e meio, onde teve a cidadania negada, mas teve permissão para ficar no país — sendo monitorado pela KGB. 

Ao saber que Oswald queria desertar, os fuzileiros navais rebaixaram sua dispensa de “honrosa”, em 1959, para “indesejável”, em 1962. Mais tarde, naquele ano, ele voltou ao Texas com sua esposa soviética e sua filha.  

Mugshot de Lee Harvey Oswald / Crédito: Wikimedia Commons

Um ano depois, compraria, pelo correio, um rifle com mira telescópica e um revólver calibre 38. Naquele ano, supostamente tentou atirar no major-general aposentado dos Estados Unidos Edwin A. Walker, que havia sido um crítico ferrenho do comunismo.  

Mais tarde, em 1963, Oswald teve sua passagem negada para Cuba e a URSS durante uma viagem à Cidade do México. Assim, voltou para o Texas e começou a trabalhar no Texas School Book Depository, em Dallas. 

Em uma entrevista ao Frontline, o jornalista investigativo Gerald Posner disse que o ódio de Oswald não era por Kennedy. “O que ele odiava era o sistema e o que Kennedy representava”, disse Posner ao programa da PBS. “Ele desprezava a América. Ele desprezava o capitalismo. Quando ele finalmente teve a oportunidade de atacar Kennedy, foi esse símbolo do sistema que ele estava perseguindo”. 

A prisão e a investigação 

Às 12h30 Kennedy havia sido baleado. Cerca de duas horas depois, 14h15, Oswald era preso não só pelo assassinato de JFK, como também pelo tiro fatal que desferiu no patrulheiro JD Tippit. Segundo a versão oficial, ele atirou com um rifle Carcano modelo 91/38, de origem italiana, da janela do sexto andar de um prédio.   

"O homem é Lee Oswald, 24 anos, defensor de causas esquerdistas, membro ativo do Comitê de Fair Play por Cuba, admirador declarado da Rússia e de Fidel Castro de Cuba, um homem que viveu na Rússia", disse Dan Rather relatado pela CBS News na época. 

Lee Oswald sendo preso / Crédito: Wikimedia Commons

De acordo com a investigação oficial, Lee Harvey agiu sozinho. Kennedy foi atingido uma vez na parte superior das costas e uma vez na cabeça, e caiu sobre sua esposa. John B. Connally Jr. foi atingido nas costas, mas ele logo se recuperou do atentado. Durante seu interrogatório, Harvey negou qualquer culpa. “Eu não atirei em ninguém, não senhor ... Sou apenas um bode expiatório”, disse aos repórteres. 

O assassino é assassinado 

Até hoje, Lee Harvey Oswald é considerado o assassino de John Kennedy, embora não tenha sido julgado e também não tenha ficado claro seus verdadeiros motivos. Apesar de todos os apontamentos feito pela Comissão Warren, que foi estabelecida em 29 de novembro de 1963 pelo presidente dos Estados Unidos Lyndon B. Johnson para investigar o assassinato de JFK

Isso ocorreu, entretanto, porque no dia 24 de novembro, dois dias depois do crime, Oswald foi assassinado a sangue frio, e ao vivo na televisão, quando era transferido da delegacia para prisão. O responsável pelo disparo foi Jack Ruby, dono de boates envolvido com exploração sexual. Na ocasião, Ruby se aproximou de Lee e lhe deu dois tiros fatais.   

Aquele foi o primeiro assassinato transmitido ao vivo na História. Ruby disse que cometeu o crime por razões passionais. Além do mais, acreditava que seria visto como herói nacional. Jack foi indiciado, em 26 de novembro, e condenado pelo assassinato de Oswald.

Momento em que Jack Ruby atira em Lee Harvey Oswald / Crédito: Wikimedia Commons

Condenado à morte por cadeira elétrica, a decisão foi anulada na apelação, mas Ruby morreu de embolia pulmonar decorrente de câncer de pulmão em 1967, antes que um novo julgamento pudesse ocorrer. 

Lee Harvey Oswald foi enterrado no cemitério Fort Worth, no Texas, ao lado da sua mãe — que faleceu em 1981. Anos depois, seu corpo foi exumado quando muitos investigadores e parte da mídia duvidaram que a pessoa enterrada em sua cova fosse de fato ele. Porém, as dúvidas logo foram sanadas por exames que comprovaram sua identidade. 


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