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Homossexualidade e renascentismo: a vida sexual de Leonardo Da Vinci

A sexualidade de um dos maiores gênios da humanidade ainda é objeto de estudo de inúmeros pesquisadores ao redor do mundo

Isabela Barreiros Publicado em 12/04/2020, às 10h00

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Leonardo Da Vinci - Wikimedia Commons
Leonardo Da Vinci - Wikimedia Commons

“O maior gênio da história era filho ilegítimo, gay, vegetariano, canhoto, muito disperso e, às vezes, herético”, alegou Walter Isaacson, jornalista e autor de inúmeras biografias, entre as quais a mais recente Leonardo da Vinci. Usando 30 diários do gênio italiano como referência, com mais de 7.200 páginas, essas foram as conclusões tiradas por Isaacson.

A orientação e vida sexual de um dos maiores artistas e inventores da Renascença ainda são questões debatidas por pesquisadores. Mesmo assim, é possível observar indícios de algumas particularidades em suas relações de com dois de seus aprendizes.

Gian Giacomo Caprotti, posteriormente conhecido como Salaì, chegou ao ateliê do pintor em Milão por volta de 1490, com 10 anos. Ele foi aprendiz na oficina de Leonardo. Caprotti se tornaria seu discípulo preferido, deixando um sinal indelével em sua vida. Tanto que o gênio toscano lhe deu o nome de Salaì, em referência ao sultão Saladino, líder islâmico nas cruzadas, que era tão sanguinário quanto sedutor.

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Desenho de Da Vinci que pode ser Salaì / Crédito: Wikimedia Commons

Leonardo ficou fascinado pela beleza do garoto e o retratou em diversos desenhos. Ele virou modelo de pinturas como San Giovanni Battista e alguns estudiosos até analisam como a famosa Mona Lisa pode ter sido inspirada no rosto de Salaì.

Mas em 1505, outro aprendiz junta-se ao ateliê de Leonardo. Francesco Melzi passou a ser uma espécie de “secretário particular” para o mestre e, a partir disso, os dois desenvolveram uma certa proximidade. 

Ainda com essas especulações, é preciso analisar também como era o contexto de Florença, na Itália. Segundo o professor Vezzosi, ser homossexual na Florença da Renascença não era algo tão raro. “A cidade era muito mais tolerante e liberal do que outras cidades-estados italianas da época. Especialmente com os artistas. Tanto que se dizia que a homossexualidade era a ‘doença florentina’”, explica.

A expressão “florenzer” tornou-se uma gíria alemã que fazia referência a relação de pessoas do mesmo sexo.

As autoridades da cidade tentaram controlar essa “prática”, pedindo aos seus habitantes que denunciassem caso avistassem alguma possível relação homossexual. Leonardo foi vítima desse cenário — aos seus 23 anos, ele se tornou um dos maiores acusados de sodomia.

“Há alguns indícios, que vão da denúncia por sodomia em 1476 ao fato de que nunca se casou nem teve filhos, a completa ausência de relatos de suas amantes ou namoradas e seus comportamentos efeminados”, explica o professor Vezzosi. “Ao mesmo tempo, entre os escritos de Leonardo aparecem vários desenhos de órgãos genitais femininos e referências ao orgasmo da mulher. Ele devia saber do que estava falando para escrever isso com tanta precisão.”

Elizabeth Abbott, no livro, A History of Celibacy (História do Celibato, em tradução livre), analisa que a denúncia por sodomia foi um trauma na vida do artista, que passou a praticar o celibato até o fim de sua vida, embora ainda fosse homossexual.


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