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Matérias / Brasil imperial

Leopoldina e Teresa Cristina: descubra o que aconteceu com as "Mães do Brasil"

Seguindo estratégias bem diferentes para lidar com o Império, as duas figuras femininas conquistaram a mesma fama entre o povo brasileiro

Giovanna de Matteo Publicado em 12/09/2020, às 09h00

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À esquerda foto de Dona Leopoldina; À direita foto de Tereza Cristina - Wikimedia Commons
À esquerda foto de Dona Leopoldina; À direita foto de Tereza Cristina - Wikimedia Commons

Maria Leopoldina da Áustria se entrelaça com a história do Brasil a partir do momento que foi escolhida, em um casamento arranjado, para se tornar a companheira de Dom Pedro I. Assim, ela se tornou a Imperatriz oficial do primeiro Império brasileiro, título que carregou até a sua morte, em 1826.

Leopoldina, como ficou conhecida após chegar ao Brasil, teve uma educação excepcional. Seguindo as normas da família Habsburgo, cresceu sob uma profunda fé e moral cristã; também teve uma formação científica e cultural, tendo aprendido até mesmo política internacional e noções governamentais. A arquiduquesa fora preparada desde cedo para a vida da realeza, fato esse que mais tarde levaria a Imperatriz a ganhar certa importância nas questões imperiais do Brasil.

Registro da imperatriz Leopoldina / Wikimedia Commons

Ela, além da fama de esposa recatada e exemplar, considerando sua paciência e disciplina perante o casamento e a tolerância perante as traições de D. Pedro I, também é considerada por muitos historiadores como uma personagem importante do processo de Independência do Brasil, ocorrido entre 1821 e 1822.

Segundo o pesquisador Paulo Rezzuti, a imperatriz “abraçou o Brasil como seu país, os brasileiros como o seu povo e a Independência como a sua causa”, se tornando uma das únicas vozes femininas no campo político brasileiro da época, muitas vezes tomando o papel de conselheira do imperador. Acredita-se que muitas decisões políticas que moldaram o futuro do Brasil foram tomadas a partir de suas propostas, como o Dia do Fico.

Seu envolvimento com a política brasileira foi um fator definitivo que a levou à adoção de um discurso liberal, deixando de lado as pretensões absolutistas da qual foi ensinada e se aproximando da causa brasileira, desempenhando enfim um papel fundamental na independência, se tornando uma figura amada pelos brasileiros e reconhecida como "mãe dos brasileiros". 

No caso da soberana, a morte ocorreu em 11 de dezembro de 1826, aos 29 anos de idade, por conta da evolução de um quadro infeccioso. A sua morte comoveu toda uma nação e deixou legados. Hoje seu corpo pode ser encontrado e visitado na Capela Imperial, preservado num sarcófago de granito verde e ornado de ouro, localizado sob o Monumento do Ipiranga, no Parque da Independência em São Paulo.

A graciosidade de Teresa Cristina 

Pertencente à Casa de Bourbon, Teresa Cristina casou por procuração com Pedro II em 1843, recebendo o título de Imperatriz do Brasil. Diferente da primeira imperatriz do Novo Mundo, preferia passar sua vida cuidando da família e da realeza, mantendo uma distância da vida política.

Apesar de seu não envolvimento nas noções de governo, isso não prejudicou seu status entre o povo brasileiro. Na verdade, até a ajudou nesse ponto, já que desse modo conseguiu resguardar sua imagem.

Tornou-se uma parte vital da família e da Corte. Seu caráter intelectual era formado principalmente por sua paixão pelas artes e ciências, particularmente em arqueologia, sendo famosa por ter patrocinado diversos estudos arqueológicos na Itália, e incentivar a imigração italiana para o Brasil, trazendo profissionais qualificados em saúde, educação e ciências.

Dom Pedro II e Teresa Cristina / Wikimedia Commons

Nas terras brasileiras, foi muito amada e adorada, tanto em vida quanto após sua morte, sendo respeitada. Teresa Cristina é bem vista por historiadores por conta de sua personalidade humilde, comportamento irrepreensível e pelo patrocínio da cultura brasileira, sendo apelidada de "Mãe dos Brasileiros".

Após a queda do Império, Teresa Cristina e a família real brasileira foi deposta e obrigada a viver em exílio. Acredita-se que esse fato tenha abalado muito a imperatriz, que morreu apenas algumas semanas depois da ação republicana, no dia 28 de dezembro de 1889, aos 67 anos.


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