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Matérias / Crimes

Lisa Montgomery, a primeira mulher que deve passar por uma execução federal nos EUA, em quase 70 anos

No ano de 2004, a norte-americana matou uma mulher grávida e roubou seu bebê, atualmente, ela espera no corredor da morte

Penélope Coelho Publicado em 04/01/2021, às 16h05

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Lisa Montgomery - Wikimedia Commons
Lisa Montgomery - Wikimedia Commons

Nas últimas semanas, um caso que chocou os Estados Unidos no início da década de 2000, voltou à tona. Trata-se de um crime brutal cometido por uma mulher chamada Lisa Montgomery — que pode ser executada no próximo dia 12 de janeiro.

De acordo com uma reportagem publicada no último sábado, 2, pelo portal Jovem Pan, um tribunal federal nos EUA abriu o caminho para a execução de Montgomery, antes que Joe Biden assuma a presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro.

Caso a execução aconteça, Lisa será a primeira mulher executada pelo sistema federal norte-americano, desde o ano de 1953, quando Bonnie Heady foi morta numa câmara de gás no estado do Missouri.

A execução de Montgomery estava marcada para 8 de dezembro do ano passado, mas, foi adiada algumas vezes. Contudo, ao que tudo indica, deve acontecer ainda em janeiro.

Imagem ilustrativa de um corredor de prisão / Crédito: Divulgação/ Unsplash

Antes de tudo

Nascida em 27 de fevereiro de 1968, nos Estados Unidos, Lisa Marie Montgomery, cresceu em um lar abusivo, onde afirmou ter sido violentada sexualmente pelo próprio pai.

Para conseguir sair de casa, a mulher se submeteu a casamentos onde também vivenciou abusos. A partir dessas relações, Montgomery teve quatro filhos e decidiu fazer uma laqueadura (processo que resulta na esterilização) para não engravidar mais, na década de 1990.

Ao longo dos anos, seus parceiros afirmavam que a mulher mentia constantemente sobre uma gravidez, mesmo depois de ter realizado o procedimento cirúrgico. O que parecia ser somente uma ‘mentirinha’ se transformou numa verdadeira obsessão, que levou a um terrível assassinato.

O crime

No ano de 2004, então aos 36 anos, Lisa usou a internet para encontrar a vítima para executar seu plano. Na ocasião, a criminosa entrou em um fórum para donos e criadores de cães da raça rat terrier, com o nome falso de Darlene Fisher.  

Nesse site, a norte-americana começou a conversar com Bobbie Jo Stinnett, uma jovem de 23 anos, que esperava um bebê. Montgomery mentia dizendo que também estava grávida e com o tempo, as duas começaram a trocar ‘experiências’ sobre a gravidez.

Memorial feito em homenagem para Bobbie Jo Stinnett no centro de Skidmore, Missouri, EUA / Crédito: Wikimedia Commons

Lisa então sugeriu um encontro com Bobbie com o falso pretexto de comprar um cachorro. Com o evento marcado, a mulher viajou de sua casa em Melvern, no estado do Kansas, até o Missouri.

No dia 16 de dezembro de 2004, Lisa chegou a residência de sua vítima. Inicialmente brincou com os cães, até surpreender Stinnett enforcando-a por trás, quando colocou uma corda em volta do pescoço da jovem. Quando percebeu que Bobbie estava sem vida, a criminosa usou uma faca para cortar a barriga da mulher e roubar seu bebê.

Consequências

Uma hora depois do ocorrido, a mãe da vítima encontrou sua filha morta em um verdadeiro cenário de horror. Na ocasião, um fio de cabelo loiro foi encontrado nas mãos da grávida, iniciando então uma investigação. Não demorou muito para que a polícia chegasse até a autora do crime, após verificar que a tal compradora de cães, Darlene Fisher, não existia.

Além disso, Montgomery causou alarde em seu bairro após chegar em casa inesperadamente com uma criança nos braços. 24 horas após o crime, a mulher fora detida.

O bebê acabou sendo entregue para a família de sua mãe e Lisa confessou o crime. No ano de 2007, após uma longa deliberação do júri, saiu á condenação: culpada por homicídio, a mulher deverá sofrer a pena de morte.

A defesa tentou alegar que a assassina passou por estresse pós-traumático após os abusos sofridos na infância, resultando em pseudociese, um transtorno que faz a paciente acreditar que está grávida. Contudo, foi em vão.

Atualmente, aos 52 anos, ela espera no corredor da morte para receber a injeção letal.  


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