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Matérias / Espaço

Longa Marcha 5B: O que se sabe sobre o foguete chinês que está prestes a cair

Lançado no mês de abril, o veículo tem o tamanho de um prédio de 10 andares e mais de 185 toneladas

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Alana Sousa Publicado em 06/05/2021, às 12h00

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O foguete Longa Marcha 5B durante decolagem em abril - Divulgação / YouTube / SciNews
O foguete Longa Marcha 5B durante decolagem em abril - Divulgação / YouTube / SciNews

Desenvolvido pela Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento, o foguete Longa March 5 está chamando a atenção do planeta, mas de maneira bem diferente do que o usual: ao invés de ter a subida acompanhada, a principal pauta relacionada ao veículo é sua volta à Terra.

Lançado em 3 de novembro de 2016 em Wenchang, na China, suas viagens e adaptações permaneciam sendo feitas sem muitos destaques até o dia 29 de abril de 2021, quando foi novamente lançado com o prefixo 5B-72 para levar um módulo para fora da órbita, auxiliando na construção da futura estação espacial Tiangong 3.

Desta vez, no entanto, o lançamento não foi bem-sucedido. Apesar de conseguir deixar o módulo, a reentrada está se tornando um temor mundial, visto que já está na órbita terrestre baixa — última camada antes da superfície, podendo cair a qualquer momento, como informa o jornal britânico The Guardian.

O que se sabe

O foguete não volta para a Terra com o mesmo peso da partida; isso se deve porque apenas o primeiro estágio do foguete já conseguiu deixar o módulo no espaço. De acordo com o portal G1, ele ainda pode proporcionar uma grande tragédia, possuindo cerca de 30 metros de comprimento, 5 metros de largura e 187 toneladas.

Seu volume e massa seria comparável ao de um prédio de 10 andares, resultando em duas possibilidades; retornar caindo na água e gerando um descompasso de ondas, consequentemente dificultando a navegação de navios e outras embarcações marítimas, ou atingindo o solo e podendo alterar a atividade humana na região.

Contudo, o editor-chefe da revista espacial Aerospace Knowledge, Wang Ya'nan, acrescentou ao China’s Global Times que os destroços podem ter o impacto diminuído em decorrência da pressão proporcionada pela gravidade: "A maior parte dos destroços queimará durante a reentrada, deixando apenas uma pequena porção que pode cair no chão, e provavelmente pousará em áreas longe de atividades humanas ou no oceano", afirmou.

Mapa de portal de rastreio de satélites mensura área de alcance do foguete / Crédito: N2YO.com

Como será a queda

A previsão de descida do foguete ou, pelo menos, dos destroços visto que há possibilidade de carbonizar e desintegrar ao atingir tamanha velocidade em direção ao solo do planeta, é estimada no dia 8 de maio, próximo sábado, por volta das 23h34. Apesar de contar com uma margem que abrange diversos países, a queda é atribuída geograficamente a um dos principais rivais comerciais da China.

O portal de geolocalização espacial Aerospace acredita que o veículo tem maiores possibilidades de atingir o solo do oeste dos Estados Unidos, sem ter um ponto exato da queda dos destroços, mas estimando que, com as voltas que dá, a reentrada deve estar próxima da região.

O perigo chama a atenção de moradores do país norte-americano pela possibilidade de atingir locais populosos e importantes, como os estados do Colorado e Califórnia, a capital Washington. Por isso, além de torcer para a queda atingir algum ponto deserto — como há no estado do Arizona — o 18° Esquadrão de Controle Espacial da Califórnia estará de prontidão para recolher e tentar realizar alertas no momento da reentrada.


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