Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Crimes

Maior suicídio em massa: O que aconteceu com Jonestown, 41 anos depois?

Palco do massacre ordenado por Jim Jones, o terreno da mata amazônica localizado na Guiana passou por alterações para apagar o passado macabro

Wallacy Ferrari Publicado em 24/08/2020, às 10h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Visão área do local que foi palco para o insólito episódio - Getty Images
Visão área do local que foi palco para o insólito episódio - Getty Images

Em 11 de novembro de 1978, o assassinato do deputado Leo Ryan e outras 4 pessoas após uma visita ordenada pelo governo americano para avaliar as condições da seita de Jim Jones mobilizou a movimentação que, dias depois, ocasionaria no maior suicídio em massa da história da humanidade.

Jonestown, cidade utópica do Templo do Povo — organização religiosa do missionário Jim Jones — seria palco para uma organização de família autossustentável instalada no oeste da Guiana, construída para ser uma comunidade rural, mas com solo infértil e água doce escassa.

Além de todas as adversidades, a alienação religiosa do líder surtiu efeito em 18 de novembro do mesmo ano, quando mais de 900 pessoas tomaram o veneno diluído em suco-em-pó oferecido pelos organizadores da seita, com apenas 35 sobreviventes. 

Fotografia aérea registra buraco de desmatamento deixado por Jonestown / Crédito: The Jonestown Report

Revisitando Jonestown

Buscando reabilitar a memória das vítimas com respeito às famílias e ao governo local, a San Diego State University administra o The Jonestown Report com o Departamento de Estudos Religiosos da Instituição, sendo uma espécie de jornal com um extenso acervo e contato direto com pessoas que estiveram presentes na seita. Com isso, organizam encontros e pesquisas relacionadas ao fenômeno social.

Por isso, são responsáveis por visitas de frequência anual até a Guiana, onde reproduzem trajetos ordenados por Jim Jones aos membros do Templo do Povo. O reencontro mais recente, realizado em 2018, relembrou o aniversário de 40 anos do trágico suicídio em massa com duas cerimônias — uma realizada em Orlando, na Flórida, homenageando sobreviventes, e outra, em viagem de familiares e estudantes para o local do templo.

Logo na chegada, é possível observar o território que antes era ocupado pela Jonestown já tomado pela floresta; mesmo estimulado pelo governo por movimentar a economia local de Port Kaituma, a seita foi instalada em uma zona de reserva ecológica, tendo estruturas como casas e galpões derrubados por agentes do meio-ambiente após o episódio.

Estudantes e familiares se reúnem em memorial de vítimas, em Jonestown, Guiana / Crédito: The Jonestown Report

O que ainda há

A área desmatada hoje é pequena, sendo de fácil observação aérea pelo buraco deixado na sequência de árvores. Para evitar o acesso, as placas que orientavam a chegada em Jonestown foram retiradas no início da década de 2010. Mesmo assim, os caminhos de terra ainda estão disponíveis até cerca de 1 quilômetro da área onde as casas foram montadas, possibilitando o prosseguimento do trecho a pé.

Durante a trilha, era possível localizar itens relacionados aos mortos, porém, ao longo dos anos, os mesmos foram recolhidos para estudos e devoluções para familiares. Um dos poucos artefatos da época que ainda estão presentes é uma enferrujada caminhonete, justo a diversas engrenagens espalhadas pela mata.

O memorial, instalado logo após a tragédia, é higienizado a cada visita, de maneira que permaneça polido e legível, entretanto, já está sendo tomado pelo matagal ao seu redor. A pedra contém a inscrição “Em memória das vítimas da tragédia de Jonestown”, em inglês.


+Saiba mais sobre o massacre de Jonestown em obras disponíveis na Amazon:

The Jonestown Massacre: What We Must Not Forget, de Mel White (2018) - https://amzn.to/2pcQW1i

The Strongest Poison - How I Survived the Jonestown Guyana Massacre, de Mark Lane (2014) - https://amzn.to/2Ndokgt

Raven: The Untold Story of the Rev. Jim Jones and His People, de Tim Reiterman e John Jacobs (2018) - https://amzn.to/2MP8Z6R

The Road to Jonestown: Jim Jones, de Jeff Guinn (2017) - https://amzn.to/344a8gM

Jim Jones and the Peoples Temple: The History of the Most Notorious Cult and Mass Murder-Suicide in American History, de Charles River Editors (2015) - https://amzn.to/2MLpuRe

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W