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Matérias / Maníaco do Parque

24 anos depois dos crimes brutais, caso Maníaco do Parque vai virar série

Francisco de Assis Pereira, que matava suas vítimas no Parque do Estado, recebeu mais de mil cartas de amor na prisão

Redação Publicado em 16/01/2020, às 15h55 - Atualizado em 26/10/2022, às 10h04

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Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque - Reprodução/Vídeo/Youtube
Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque - Reprodução/Vídeo/Youtube

Os direitos da obra 'Caçada ao maníaco do parque' foram adquiridos pela Floresta, produtora da Sony no Brasil. Com isso, tem sido desenvolvida uma série sobre os crimes de Francisco de Assis Pereira, serial killer brasileiro. 

Em negociação com canais de televisão e streaming, conforme repercutido pela Coluna de Patrícia Kogut no O Globo, o livro foi escrito pela jornalista Luísa Alcalde e Luís Carlos dos Santos, investigador da polícia. 

Teremos todo o cuidado para realizar a série com sensibilidade, priorizando e tratando os fatos com o devido respeito às vítimas", disse Flavia Morete, diretora de conteúdo da Floresta. 

Mas quem é o Maníaco do Parque?

Quase todos os brasileiros já ouviram falar do Maníaco do Parque. Abordando jovens de classes baixas com a promessa de ensaios fotográficos, dinheiro e fama, Francisco de Assis Pereira estuprou e matou pelo menos dez mulheres no Parque do Estado, localizado na zona sul de São Paulo.

Em depoimento, ele disse que fora molestado pela tia materna quando criança, conforme repercutido pela Folha em 1998. Todavia, a familiar negou que isso tenha acontecido: 'Só pode ser um louco. Se existir, o rabo do satanás bateu na vida dele', contestou ela quando questionada. 

Por volta dos 30 anos, Francisco passou a atuar nas linhas atreladas à estação Jabaquara do metrô de São Paulo. Trabalhando como motoboy, ele parava sua moto próximo às estações e abordava jovens mulheres, geralmente de classes baixas, se identificando como caça-talentos.

Ele convencia as mulheres a subir na sua garupa em direção ao Parque do Estado, para fazerem sessões fotográficas em ambiente ecológico.

Os crimes

Após ser preso, em interrogatório policial, Francisco afirmou que convencer suas vítimas era muito simples: bastava falar o que elas queriam ouvir, conforme registrado no trabalho 'Considerações sobre o agir perverso e o modus operandi: o caso “Maníaco do Parque”. De janeiro a agosto de 1998, os corpos das moças foram sendo encontrados de joelhos e com sinais de violência sexual.

Reprodução/Vídeo

Admitindo ter matado mais de 11 mulheres, Francisco, entretanto, negava tê-las estuprado. Em entrevista ao Fantástico da Rede Globo em novembro de 1998, quando acusado de ter molestado sexualmente suas vítimas, ele afirmou: “Levava para matar. Era uma coisa que era para matar, não era para estuprar. Isso é um absurdo na minha vida”. Oficialmente, 16 vítimas foram confirmadas: nove acabaram estupradas e sete foram mortas.

Mas a prisão e culpa comprovada não dissuadiu dezenas de brasileiras de enviar cartas de amor ao maníaco. Em um mês de detenção, ele já colecionava mais de mil cartas e pedidos de casamento. Em 2002, rolou até pedido de casamento.

Liberdade

Apesar de ter sido condenado a mais de 280 anos por homicídio, estupro, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver, Francisco deverá ser liberado em 2028, conforme repercutido pelo g1 em 2018.

Afinal, segundo a Legislação Brasileira, a pena máxima de reclusão de um detento é 30 anos. Paulo Argarate Vasques, psiquiatra responsável pelo laudo do condenado na época, contou ao g1 que Francisco sabia da gravidade dos crimes, contudo, não tinha controle a respeito de suas ações.

“Após 20 anos ainda sustento que ele é semi-imputável e precisa de tratamento médico”, disse Paulo em 2018, após falar com o Maníaco do Parque, parentes e autoridades. “Uma das coisas que Francisco via na infância era um matadouro. E ele ficava lá sentando. Para uma pessoa nova é um trauma terrível ver bois sendo mortos”.