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Matérias / Bizarro

Manuscrito de Voynich: o livro mais misterioso da história

Com 240 páginas de textos indecifráveis, a obra já foi estudada por dezenas de especialistas que nunca a compreenderam

Pamela Malva Publicado em 06/09/2020, às 10h00

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Detalhe de uma das páginas do Manuscrito de Voynich - Wikimedia Commons
Detalhe de uma das páginas do Manuscrito de Voynich - Wikimedia Commons

Quando comprou um livro misterioso em meados de 1912, o livreiro polonês Wilfrid Voynich não imaginava que estaria adquirindo uma as obras mais instigantes de toda a humanidade. Trata-se do curioso e indecifrável Manuscrito de Voynich.

Junto de diversas outras produções, como o Codex Seraphinianus, o manuscrito faz parte de uma coleção de livros que nunca foram compreendidos pelas pessoas. Escritos em línguas desconhecidas, são verdadeiras peças de museu.

Grande parte da história do Manuscrito de Voynich é um mistério, desde sua criação até sua trajetória e significado. Dessa forma, desde que foi encontrado pela primeira vez, ele vem sendo estudado por dezenas de cientistas ao redor do mundo.

Wilfrid Voynich com alguns de seus livros / Crédito: Wikimedia Commons

Capa e segredos

Antes de ser comprado por Wilfrid Voynich, o manuscrito foi propriedade de outros 6 homens, sendo que o primeiro registro surgiu no século 17. Em 2009, contudo, a Universidade do Arizona comprovou que o livro foi escrito em meados do século 15.

Isso quer dizer que não existem registros da obra por pelo menos dois séculos de sua existência. Ainda mais, para o desespero daqueles que procuram por respostas, ninguém sabe quem criou o manuscrito. Entre diversas teorias, nenhuma foi fortemente comprovada pelos estudos feitos na peça.

Sem qualquer tipo de assinatura aparente e redigido em uma língua indecifrável, a autoria da obra permanece em segredo. Estudiosos afirmam que o livro pode ter sido escrito por Roger Bacon, John Dee ou Giovanni Fontana. Por outro lado, existem ainda aqueles que defendem que o manuscrito é de autoria do próprio Voynich.

Algumas das páginas do Manuscrito de Voynich / Crédito: Wikimedia Commons

Mensagem escondida

Como tudo sobre o manuscrito permanece um mistério, com sua estrutura não poderia ser diferente. Ainda que, em 2014, cientistas tenham revelado que o pergaminho do livro é feito de pele de bezerro, não se sabe ao certo quantas páginas ele tem.

Atualmente, sob os cuidados da Universidade de Yale, a obra conta com 240 páginas. Quando seu tamanho e peso são analisados, no entanto, alguns estudiosos defendem que o manuscrito original contava com, pelo menos, 272 folhas.

Não é surpresa para ninguém dizer que pouco se sabe sobre as partes perdidas do livro. Com relação às páginas que realmente podem ser consultadas, todavia, o mistério permanece, já que nunca ninguém compreendeu uma frase sequer.

Algumas das ilustrações do Manuscrito de Voynich / Crédito: Wikimedia Commons

Palavras ao vento

A língua usada no livro é uma das maiores questões e estudiosos se dividem entre algumas teorias mais prováveis. De um lado, acredita-se que o manuscrito não possui qualquer significado aparente, ainda que sejam páginas e mais páginas de textos.

Segundo outro ponto de vista, o livro, na verdade, é composto por códigos que ainda não foram decifrados. Nesse sentido, vários alfabetos foram criados a fim de traduzir a linguagem usada na obra, mas nenhum foi completo, desde 1940.

Por fim, outro mistério presente no livro são as ilustrações feitas à mão. Com uma caneta de pena e tintas coloridas, o autor anônimo criou diversas gravuras que se dividem entre temas como astronomia, cosmologia, anatomia, medicina, gastronomia e herbologia.

Diferentes de tudo que já se viu, os desenhos aparentemente traduzem o livro como uma forma de enciclopédia da medicina medieval. De todas as páginas presentes na obra, apenas 5 delas não contam com qualquer ilustração.

Algumas das páginas do Manuscrito de Voynich / Crédito: Wikimedia Commons

Tentativas frustradas

Ao longo dos anos, diversos estudiosos afirmaram ter decifrado o livro. O mais recente deles foi o linguista Gerard Cheshire, da Universidade de Bristol. Em 2019, ele publicou um artigo afirmando que o idioma utilizado na obra era o proto-românico.

Segundo o acadêmico, o livro teria sido escrito com essa linguagem porque, na época, o latim era restrito às pessoas da igreja, da realeza ou do governo. Dessa forma, o manuscrito seria o único documento redigido dessa forma encontrado até hoje.

Para Lisa Fagin Davis, diretora executiva da Academia Medieval da América, no entanto, a teoria de Gerard não faz sentido. “Desculpem pessoal, 'a linguagem proto-românica' não é uma coisa", ela escreveu, na época da publicação.

Junto de Gerard, mais nove especialistas tentaram decifrar o Manuscrito de Voynich e todas as teorias foram refutadas. Ninguém nunca conseguiu criar uma teoria que não fosse contestada e, aparentemente, o mistério irá persistir por mais alguns anos.


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